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quinta-feira, outubro 30, 2008

Naquela manhã de domingo


Hoje faz 20 anos que Ayrton Senna ganhou seu primeiro título na Fórmula 1. Lembro perfeitamente daquela longa madrugada. Meu pai ficou acordado para ver a corrida. Eu bem que tentei, mas dormi depois da largada. Quando acordei, Senna já tinha vencido. Depois, vi a reprise bem cedinho. Eu já era fã do Ayrton, desde os meus 9 anos e a corrida em Mônaco 1984 - a que ele ganhou mas não levou. Mas aquele ano de 1988 se desenhava como o ano em que ele deixava de ser promessa para ser campeão.

Logo na largada do GP do Japão de F-1, em Suzuka, no dia 30 de outubro de 1988, o pole position Ayrton Senna, que só precisava de mais uma vitória para ser campeão, restando duas provas para o final, viu seu carro morrer. Ele fez sua McLaren “pegar no tranco” e chegou a cair para a 14ª posição.

Situação complicada? Para Senna, nada era complicado. A recuperação foi fantástica. Ele guiou seu carro de número 12 subindo de posição volta a volta, ultrapassando os carros um após o outro. Sensacional era pouco. A garra, a perseverança, a vontade de vencer eram imensas. E a sorte também.

A chuva, ainda que fraca, veio. Ela era a eterna aliada de Senna. Foi o suficiente para molhar a pista e fazer com que a vantagem de Alain Prost, seu rival direto na disputa pelo título e que estava na liderança, diminuísse. Na 27ª volta, o francês se atrapalhou com alguns retardatários. Senna deu o bote, assumiu a ponta e de lá não saiu mais.Era o início de uma nova era na F-1.

Aquela corrida em Suzuka era só o começo de muitas alegrias que ele daria aos fãs do esporte e da Fórmula 1. Era o início das minhas manhãs de domingo em frente a TV. Meu pai, que era fã do Piquet, dizia que o Senna era único. Naquela madrugada de 1988 estávamos todos aqui: eu, Senna, meu pai... quanta coisa mudou.

Eu tinha só 14 anos. Eu nem tinha ídolos, nem sabia direito o que era Fórmula 1. Só sabia que, todas as vzes que parava em frente a TV para ver aqueles carrinhos, era para ver, mais do que a corrida, o Ayrton correr. Ele era o cara. Ele era o meu ídolo.

Foi ali, naquela manhã de domingo, que eu que determinação faz toda a diferença. Que a vida é feita de sacrifícios, dificuldades, mas, sobretudo, de luta. Que a gente não pode desistir. Que o mais importante é ser vitorioso na vida, e não apenas naquilo que se escolheu como modo de vida. Foi naquela manhã que descobri que os heróis vão sobreviver. Sempre.



Janaina Pereira

terça-feira, outubro 28, 2008

Quatro coisas sobre mim

Pode ser que você saiba ou não, em nenhuma ordem especial.

As instruções estão no final:

- QUATRO TRABALHOS QUE TIVE EM MINHA VIDA
1. Redatora em milhares de agências de propaganda cariocas e paulistas (fazendo anúncio de remédio a carro, de motel a escola, atendendo de BMW a Mercedes, de Unibanco a Santander)

2. Assessora de imprensa da exposição do Goya, no Masp (uma experiência bem bacana)

3. Redatora do site do jornal Primeira Hora, na Rádio Bandeirantes (meu sonho de criança, trabalhar em rádio... amei)

4. Repórter e pauteira na revista Meu Próprio Negócio (eu nunca imaginei trabalhar numa redação, muito menos na área de economia... e não é que deu certo?)


- QUATRO LUGARES EM QUE VIVI
1. Rio de Janeiro

2. Bahia (viagem de mochila nas costas, percorrendo o Estado do sertão ao litoral, indo da Chapada Diamantina as praias)

3. Porto Alegre (foram tantas viagens para lá que eu sempre vou ter a sensação que morei um pouco em POA; isso sem falar nos muitos amigos que tenho na cidade. Porto Alegre sempre será meu segundo lar.)

4. São Paulo


- QUATRO PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTIA QUANDO CRIANÇA
1. Balão Mágico

2. Desenhos (Pica pau, Os Jetsons, Caverna do Dragão, Os Flinstones, Mister Magoo, Scooby Doo... nossa, todos!!!)

3. Seriados (muitos! Ilha da Fantasia, As Panteras, O Incrível Hulk, Casal 20, Caras e Caretas, Anos Incríveis)

4. Sessão da Tarde (da época dos filmes do Elvis... ao imbatível Curtindo a vida adoidado. Eu amoooo o Ferris Buller!)


- QUATRO PROGRAMAS DE TV QUE ASSISTO
1. Seriados (Supernatural, The Closer, CSI, Grey's Anatomy, Ugly Betty, Without a trace, Smallville, House e as reprises do The OC e Veronica Mars)

2. Bom dia Brasil (eu acordo e ligo a TV para sair de casa informada)

3. Filmes (quando tem algum realmente bom)

4. Telejornais (Jornal da Globo ou do SBT, porque só vejo na madrugada mesmo)


- QUATRO LUGARES EM QUE ESTIVE E VOLTARIA
1. Paraty (RJ)

2. Trancoso (BA)

3. Gramado/Canela (RS)

4. Floripa (SC)


- QUATRO FORMAS DIFERENTES QUE ME CHAMAM
1. Jana

2. Janis

3. Jane

4. Janíssima


- QUATRO PESSOAS QUE TE MANDAM CORREIOS SEMPRE

1. Valéria

2. Mariana

3. Guilene

4. Elis


- QUATRO COMIDAS FAVORITAS
1. Italiana

2. Árabe

3. Mexicana

4. Mineira


- QUATRO LUGARES EM QUE DESEJARIA ESTAR AGORA
1. Na praia - qualquer uma!

2. No Rio - na casa da mamãe

3. No cinema

4. Comendo crepe de chocolate com sorvete de creme no Chez Minchou - o de Búzios, né? rs...


- QUATRO AMIGOS QUE CREIO QUE ME RESPONDERÃO
1. Luciana

2. Valéria

3. Guilene

4. Karina


- QUATRO AMIGOS QUE CREIO QUE NÃO ME RESPONDERÃO
1. Mariana

2. Camila

3. Bárbara

4. Gisele


- QUATRO COISAS QUE ESPERO QUE ESTE ANO EU POSSA:
1. Terminar a faculdade!

2. Viajar!

3. Saltar de asa delta!

4. Voltar para a academia!!!


Aqui está o que você tem que fazer:
E por favor não estrague a diversão.
Apague todas as minhas respostas e escreva as tuas.Depois, envie isto a um montão de gente, incluindo a mim. Na teoria, você ficará sabendo um pouco mais sobre as pessoas que você conhece. Lembre-se... devolva à pessoa que te mandou.


Quando eu recebi este e-mail achei interessante descobrir algumas coisinhas que eu não sabia das pessoas que eu amo...por isso estou mandando para você !!!

domingo, outubro 26, 2008

Meus amores


Quero dedicar este texto as quatro pessoas mais especiais dos meus quatro anos de faculdade. Quatro pessoas que eu amo, do fundo do meu coração. Meus companheiros fiéis, amigos verdadeiros, gente da melhor e mais alta qualidade. Gente fofa, querida, que vai morar eternamente no meu coração.

O que seria de mim sem vocês? Eu os amo, amo com tanta intensidade que vai doer muito cada noite longe de vocês. Vai doer porque amar também dói. Eu vou sentir saudades. Muitas. Porque o dia que Deus me colocou no caminho de cada um, foi para me abençoar com amizades sublimes e sinceras, com pessoas maravilhosas.

Cada um do seu jeito. Um mais calmo, outro mais arisco, outro mais teimoso, outro mais inquieto. Mas todos, dentro de suas vidas, souberam me acolher com carinho e respeito. Souberam me apoiar. Souberam - e ainda sabem - me amar.

Val, Mari, Camilinha e Edson.

Muito obrigada por tudo.

Que Deus dê em dobro o que vocês fizeram e ainda fazem por mim.

E desculpem. Pelas broncas, pelo mau humor, pela irritação, pelo estresse, pelos chiliques... mas... se não fosse assim não seria eu!

Mas eu sei que hoje sou uma pessoa melhor graças a vocês. Continuo chiliquenta, chata, brava... mas aprendi que a gente pode viver em harmonia e tornar um grupo de pessoas tão diferentes, um grupo que realmente deu certo.

Amo vocês.

Para sempre, para toda a minha vida, para onde quer que eu vá.



Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 22, 2008

Quarta


Toda quarta era a mesma correria: hora de almoço mais cedo para ir ao atendimento de texto do curso que estou fazendo, na Oboré. Um sufoco. Chegava cansada, estressada e ansiosa, como não poderia deixar de ser. Toda quarta era dia do João Paulo Charleaux olhar aquela reportagem que eu fizera com palavras, suor e lágrimas. Nunca sofri. Eu fazia o que tinha que ser feito e deixava o resto nas mãos dele.

Algumas quartas foram melhores que outras, mas todas, sem exceção, foram especiais. Um puxão de orelha ali, outro acolá, e na minha cabeça as coisas iam se encaixando. No meu coração, a ansiedade se tornava maior. De repente, tudo fazia sentido.

Se aos sábados eu ficava angustiada nas coletivas - falar no começo ou no fim, a pauta, a notícia, a vergonha, o cansaço, o sono, o estresse, a ansiedade, o gravador, o bloquinho, a caneta que falha... tudo ao mesmo tempo agora! - quarta-feira era o dia de entregar nas mãos de Deus e aproveitar a opinião de alguém que não sabia quem eu era, de onde eu vinha, muito menos o que eu passei para estar ali.

Quarta era o dia de ser mais uma na multidão, mas ao mesmo tempo de não querer ser mais uma na multidão. Quarta era o dia de agradecer a Célia pela paciência e carinho, de lanche no metrô voltando para o trabalho enquanto a cabeça fervilhava e eu me perguntava: 'e agora?'

Quarta era o dia de saber em que parte da minha vida o jornalismo se encaixava. E não importa mais o que eu faço, porque o que faço é apenas um reflexo do que sou.

Sentirei saudades das quartas, mas elas nunca fizeram tanto sentido como agora, quando o final do ciclo se aproxima e eu precisarei tomar decisões que mudarão minha vida para sempre. Mais uma vez, aliás, porque mudar minha vida para sempre eu faço quase toda semana.

Quarta foi, durante um mês, o dia mais importante, o dia mais angustiante e o dia mais reflexivo da minha vida insana. E quando eu olhar para trás, vou ter a certeza de que valeu a pena.

A partir de amanhã tudo será diferente. E só me resta dizer: obrigada.


Janaina Pereira

terça-feira, outubro 21, 2008

Teatral


Sempre preferi cinema, mas ultimamente tenho ido bastante ao teatro. Em agosto assisti "Os monólogos da vagina", do Miguel Falabella, um clássico da comédia brasileira. A peça está em cartaz faz tantos anos que já perderam as contas. O texto do Falabella, de fato, é muito bom. A peça diverte e o elenco, liderado pela Vera Setta e pela Cacau Mello, se sai muito bem. E temas pesados como o estupro são abordados com impressionante delicadeza.

Mês passado foi a vez de assistir "Os homens são de marte... e é para lá que eu vou!", com a Mônica Martelli. Simplesmente sensacional. Além de ótima atriz, a Mônica tem uma luminosidade no palco incrível. O texto é muito bem amarrado, com histórias comuns vividas por qualquer mulher com mais de 25 anos – as com menos de 25ainda viverão algum dia! O cenário e a iluminação são show, e o figurino – um vestido que muda meia dúzia de vezes – é um caso a parte. A peça lota toda semana o teatro Procópio Ferreira – e vale a pena comprar com semanas de antecedência para ver do melhor lugar.

Na última quarta eu vi "Machado 3x4", adaptação do grupo Nós do Morro, do Rio, para o clássico "O Alienista", do Machado de Assis. O espetáculo é muito bom, com destaque para o cenário e as músicas e, claro, as atuações viscerais. Adorei ver o trabalho do Nós do Morro de perto.

De vez em quando é bom fugir da insanidade do meu dia-a-dia e me sentir viva fora da concha jornalística. Até porque eu sou uma apaixonada pelo que faço, mas não uma obsessiva, e o jornalismo é só uma parte da minha vida - que anda me tomando muito tempo, é verdade, mas estou colocando este moço em seu devido lugar.


Janaina Pereira

segunda-feira, outubro 20, 2008

Teclando


Cheguei a parte mais legal do meu TCC - o capítulo da cultura do medo. Eu sabia que ia gostar. Por causa do curso que faço - Jornalistas em Situações de Conflito Armado e Violência - eu passei a gostar mais ainda.

A pesquisa é apaixonante. Claro, cansa, cansa muito, é burocrático, meticuloso, trabalhoso... mas nunca chato. Eu gosto do tema, especialmente porque ele vem se desenhando como eu queria: vou comprovar minha tese.

Algumas vezes cheguei a me emocionar com minhas palavras. Eu lia e me convencia de que eu realmente tinha pesquisado,estudado,aprendido. De repente eu queria mais citações, mais livros, mais força nas palavras.

Estão todos lá: Morim, Durkheim, Hannah Arendt, Marx, Pecheux, Foucalt. Todos os caras que admiro, todas as palavras que fazem sentido.

Não há suposições.

Só a minha vontade de gritar para o mundo que sim, vale a pena cada noite de sono perdida, cada almoço trocado por um computador, cada festa recusada, chopp esquecido, viagem cancelada.

Vale a pena estar aqui, agora, correndo contra o tempo para não perder o prazo da entrega.

Está perto do fim e de um novo começo da experiência mais gratificante da minha vida.

Estou com a Guilene: é um prazer e um orgulho imenso fazer o tcc com o tema que eu escolhi, que eu gosto, que eu acredito.

O tema que representa os quatro anos da minha vida acadêmica.


Janaina Pereira

domingo, outubro 19, 2008

Loucura, loucura, loucura



TCC – Tese de Conclusão de Curso. Alguns dizem que é monografia, mas não é bem assim. Não tem banca. Tem só muita chateação. Não é difícil, pelo contrário. Se você não trabalha, ou trabalha meio expediente, tira de letra. Mas, se você, como eu, passa oito horas na redação – fazendo de tudo, muito – pode esquecer as noites de sono. Se quiser levar a sério o negócio, esqueça a vida social. Esqueça a vida. Esqueça Paris, Texas, Rio. Esqueça os amigos, o namorado, a família. Esqueça que o mundo não gira em torno de você.

Eu me organizei mas de nada adiantou. As coisas foram acumulando, e a desorientação é tanta que eu escrevo dois capítulos ao mesmo tempo. Embora eu saiba que não existe a menor chance de ser reprovada – até porque ser reprovado na Uninove é ridículo – estou muito ansiosa. Talvez porque o mundo espere de mim algo que não sei se sou capaz de oferecer.

Eu já estou fugindo das pessoas pelos corredores da faculdade. Todo professor que eu encontro pergunta: "E o TCC?" Não aguento mais. Pior é quando dizem: "Está acabando." Eu já sei disso. Não precisam me falar. Mas, enquanto não acaba, eu vou ficar ansiosa, tensa, irritada. Então me deixa quieta! Preciso de concentração. Já perdi algumas semanas de sono por causa de expectativas frustradas. De que adiantou? Só me enrolei. Mas foi bom para ver que a prioridade nessa história sou eu. O resto que se exploda!

Apesar de ter que ler muito – e dormir em cima dos livros é lugar-comum – o mais legal do TCC – sim, no final das contas é mesmo legal – são os momentos intermináveis de pesquisa. Por isso é preciso paixão pelo tema, é preciso gostar demais do objeto estudado. É preciso, antes de tudo, acreditar que sua tese será comprovada. Talvez seja isso que me deixa angustiada: eu sei o final da história, mas até chegar ao final, demora muito.

Enquanto o capítulo sobre as teorias do jornalismo (meu preferido!) eu escrevi em duas noites (cerca de seis horas no total), o capítulo da história da imprensa eu levei... dois meses. Pois é. A Marcela, minha orientadora, reprovou o capítulo três vezes – sempre faltava alguma coisa. No final, eu consegui reduzir de 30 para 17 páginas os 200 anos de imprensa. Sim, 200 anos!!!! Eu sei até o dia que o Samuel Wainer vendeu a Última Hora. Um saco, mas no final ficou realmente bom.

Tenho orgulho de tudo que fiz até agora, e do que ainda vou fazer. O curso do Oboré, fundamental para concluir meu TCC, está sendo um aprendizado e tanto. E eu sei que devo ser a única que faz um curso especialmente para o TCC. Não é pouca coisa. Aliás, é muita coisa: muita angústia, ansiedade, cansaço, loucura.

Estou enlouquecida mas ainda não quero minha vida de volta. Foram quatro anos esperando por este dia. Então vou fazer valer a pena cada último momento da minha vida acadêmica.




Janaina Pereira

sábado, outubro 18, 2008

Pílulas


Último dia do curso VII Jornalistas em Situações de Conflito Armado. Tá, último dia de conferência, coletiva, etc. Ainda restam textos, avaliações e conclusões. Estou só o pó. Mas muito, muito feliz.


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Farei todas as considerações sobre o curso por aqui. Agora, só quero colocar a cabeça no lugar. Foi muita informação, muito aprendizado, muita correria, muita vontade de dar certo.


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Algumas pessoas foram marcantes. O Serjão é único. O João nem se fala. A Célia é a mais querida. E na turma, acho que algumas amizades podem ser duradouras. Já gosto de trocar e-mails com a Camila, a Mari e a Diana. E já sinto saudades dos papos com a Daiana e o Rafa.


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Começou a Mostra de Cinema de Sampa. O Wilson Saiki, meu colega de curso do Oboré, participa de um site que está cobrindo este megavento, já tradicional para os cinéfilos como nós. Acessem O Fino da Mostra e fiquem ligados nas críticas, notícias, entrevistas e informações sobre o que está rolando.


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Mas este ano não vou à Mostra, eu tenho um TCC me esperando. Por falar nisso, ele vai bem, obrigada.


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Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim. (Millor Fernandes)




Janaina Pereira

sexta-feira, outubro 17, 2008

Meme (Hein?)

Fui intimada pela Karina Tiemi (Nikki Chan) a participar do tal Meme. É uma brincadeira em que você tem que listar oito coisas que gostaria de fazer antes de morrer (ou, pensando positivamente, que você quer fazer antes de morrer).

Eu já fiz essa brincadeira antes, mas como adoro a Karina, vou reprisar por aqui!! Não é fácil viu? Mas é bom para saber que eu não quero coisas tão impossíveis assim!

Seguem meus itens:

1- Viajar pelo mundo - Itália e Espanha são fundamentais
2- Ganhar o suficiente para pagar minhas contas e minhas viagens, sem me preocupar se estou gastando demais
3- Aprender espanhol, italiano, francês e todas as línguas que eu puder
4- Morar fora do Brasil
5- Trabalhar escrevendo só sobre cinema
6- Morar em uma casa/apartamento perto da praia
7- Ter uma criança por perto, ainda que não seja minha
8- Conhecer alguém que realmente me faça acreditar que o amor existe

A brincadeira continua, e eu tenho que intimar oito pessoas também. Os sortudos foram:

1- Danny Reis (Na carreira)
2- Diana (Várias Coisas pra fazer)
3- Will (Páginas em Branco)
4- André (André Ricardo)
5- Eliane (Zaneira)
6- Lísia (Falando Sério)
7- Fábio Davidson (Doxa Brasil)
8- Erik (Mesa Eletrônica)

As regras (do tal do MEME):

• Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de ir embora daqui;
• Passar o meme para oito pessoas;
• Comentar no blog de quem lhe passou o meme;
• Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da "intimação";
• Mencionar as regras.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Para Janaina

Uma pessoa muito querida escreveu esse poema para mim. Fiquei surpresa e emocionada. A pessoa querida não quer bser identificada. Será um segredo nosso. Mas a poesia, tão singela e profunda, ah, essa eu divido com o mundo.


A Janaina é um caso a parte.
A parte porque ela foge do padrão.
Ela é linda demais pra ser inteligente daquele jeito,
Inteligente demais pra ser descolada daquele jeito,
Descolada demais pra ser engajada daquele jeito.
Mas ela é.
Preconceito meu ?
Tudo bem, pode ser, mas ela esta além até dos padrões preconceituosos que nos cercam.
Lá vem Janaina, cachinhos ao vento, longos caracóis.
O que se passa debaixo daqueles caracóis ?
Não posso saber tudo, posso supor tudo, mas uma coisa eu sei.
Ela é “made in Rio”.
E tem debaixo dos caracóis negros o atestado de procedência tatuado na pele.
E quando sorri então ?
Quando a Janaina sorri a gente entende porque ela cativa tanto.
Porque aquele sorriso faz sentido em tudo.
Em todo final de frase, em todo início de conversa, em qualquer despedida.
Ela sorri e pronto.
Quando vai contar “causos” puxa o “s”, como todo bom carioca, e enche qualquer historinha boba de espirituosidade.
Vê o mundo com os olhos de uma criança, com inocência e fome. E coragem, muita coragem.
Coragem de ser quem ela é, significar algo num mundo indecifrável, falar quando todos se calam.
Mas eu sei o segredo da Janaina,
Sei que lá do fundo daqueles olhinhos arregalados e sapecas tem um brilho triste.
De uma tristeza que não nos cabe. Nem a ela.
Mas lá esta.
Eu finjo que não vejo e se fica muito aparente eu desvio o olhar.
O segredo afinal, é da Janaina.
E ela ocupa tanto espaço por onde passa, que não sobra espaço pra dúvida nenhuma.
Eu prefiro pensar na Janaina assim, como uma certeza.
Certeza de, coisa rara na vida real, um final feliz.

terça-feira, outubro 14, 2008

Páginas em branco


Eu tenho algumas páginas que serão escritas. Ainda não sei se em Arial 8, 12 ou 24. Não sei se as letras estarão em preto ou vermelho. Não sei se as linhas serão tortuosas. As páginas, as tais páginas em branco, vão ser escritas de alguma forma. Serão histórias boas e ruins, alegres e tristes, mas serão as minhas histórias.

Cansei de esperar... por quem não vem, por quem não precisa de mim. Cansei de esperar pelo futuro mais justo, pela vida mais justa, pelas coisas mais justas. Cansei de esperar por aquilo que nunca terei. Eu não espero mais. Eu não tenho nada nem ninguém a perder. Eu quero buscar novos caminhos, novos desafios, novos ares, novos olhares.

Infelizmente nada me cai do céu. Nunca tive a sorte de um amor tranquilo, de um trabalho tranquilo, de uma vida tranquila. Nunca tive a sorte de me abrirem as portas onde eu queria entrar. Eu sempre precisei correr atrás e provar meu valor até as portas serem abertas.

Eu preciso mudar o rumo porque não quero cair na rotina. Não quero fazer o que já fiz, não quero esperar o que não vem.

As páginas em branco serão escritas. Terei que deixar algumas coisas para trás... mas isso faz parte da história que eu pretendo escrever.


Janaina Pereira

domingo, outubro 12, 2008

Relacionamentos


Recebi este texto da minha querida amiga Luiza - e a gente não sabe se é mesmo do Arnaldo Jabor ou não. A Danny Reis acha que é da Marta Medeiros - faz sentido... tem a cara da Marta. Mas, de qualquer forma, o texto é - como diria o Will - pertinente.


Relacionamentos


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:

- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...?

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.

E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo,como cobrar cem por cento do outro?

E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.

Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.

Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.

Às vezes ele é malhado, mas não é sensível.

Tudo nós não temos.

Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro.

Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.

O outro tem o direito de não te querer.

Não lute, não ligue, não dê pití.

Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama.

Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,recessão de família?

O legal é alguém que está com você por você.

E vice versa.

Não fique com alguém por dó também.

Ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.

E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro.

Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói.

Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.

Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.

E nem sempre as coisas saem como você quer...

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.

Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.

E nem todo sexo bom é para namorar.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.

Nem todo beijo é para romancear.

Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.

Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?

sexta-feira, outubro 10, 2008

Se tudo tem que terminar assim...


Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais
Que terminar...



Herbert, de novo. Uma frase que explica o inexplicável. Se é para acabar, que seja de uma vez, que não tenha volta, que não tenha perdão.


Não é preciso apagar a luz
Eu fecho os olhos e tudo vem



Vem as cenas boas, as palavras ruins, a dor que é necessária, o sofrimento que não precisa. Vem a ilusão do que não foi vivido, a vida que não foi vivida, o amor que não foi vivido, o desejo que não foi vivido... tudo que não vivemos.



Me trazer à tona prá respirar
Vai chamar meu nome
Ou te escutar...



Talvez você não queira ser ouvido, nem queira me chamar. Eu só sei que já não consigo mais respirar, essa sensação de não ter vivido algo me sufoca.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 08, 2008

Não Vou Me Adaptar

Nando Reis
Composição: Arnaldo Antunes

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Não vou!

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou!
Não vou me adaptar! Eu não vou me adaptar!
Não vou! Me adaptar!

segunda-feira, outubro 06, 2008

O mundo está ao contrário... e você nem reparou


Foram muitas dores, muitas vezes o coração despedaçado. Muitas desilusões, muitas frustrações, muitos desapontamentos. Muitos erros, muitos medos, muitos devaneios. Foi tanta coisa junta que eu não sei bem o que fazer com tudo isso. Jogar tudo fora, pensei num primeiro momento. Que nada. Guardei tudo ali no canto, ali no cantinho do coração. Volta e meia remexo e lá vem tudo de novo: a dor, o medo, a insegurança. O despertar da ilusão. A sensação de que nunca vai ser diferente. Sempre vai ter alguém para enganar, para mentir, para tentar passar a perna.

Sempre vão ter os aproveitadores. Aqueles que acham que podem abusar do sentimentos alheios.

Ainda bem que algumas cicatrizes são eternas. E algumas feridas ainda estão abertas. E as lágrimas não secaram. Porque algumas dores são para sempre e algumas feridas não cicatrizam nunca. Melhor assim. Não há risco de repetir o erro quando a gente vê que a ferida ainda está aberta.


Janaina Pereira

sábado, outubro 04, 2008

A vida sem freio


A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver


Tudo bem, o Chico Buarque é o máximo, mas quem realmente acerta em cheio nas suas letras, para mim, é o Herbert Viana. E olha eu lá, no fundo daquele poço, novamente coberta de lama, e lá vem o Herbert com suas letras poderosas para explicar o que não tem explicação.


O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou



Pois é, desmoronou rápido. Ainda sinto a areia embaixo dos meus pés. Eu tentei, juro que tentei. E me pergunto: por quê? Por que eu tenho que passar por isso? Por que fazer um desvio no caminho? Por que eu preciso ser o alvo? O que foi que eu fiz para ser testada de maneira tão cruel?


Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz



Pois é, estava em paz. Uma paz perseguida, uma felicidade intensa, imensa, verdadeira. Mas alguma coisa foi dita, alguma coisa saiu errado, foi a mão de Deus que resolveu interferir. E o que eu tenho a ver com isso? Por que não me deixar seguir meu caminho sem olhar para trás? Por que não me dar momentos de sossego ao final desta tortuosa jornada?


Cuide tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for passar



Se não vai passar, para que tentar? Para que mexer em alguém que estava quieto, que só queria ser gentil e generosa? Por que os meus testes precisam ser tão difíceis e as lágrimas tão fáceis?


Cuide bem do seu amor
Seja quem for...



Porque se não é para ser o amor de ninguém, deixe-me em paz com minha solidão.



Janaina Pereira

sexta-feira, outubro 03, 2008

Blue Eyes


Paul Newman sempre foi meu ator americano preferido. Ainda criança, eu assisti Butch Cassidy e Golpe de Mestre, dois dos seus melhores filmes, ambos em parceria com Robert Redford. Newman, além de carismático, dava voz e vida a personagens intrigantes. Tinha um ar de sofisticação, uma inteligência refinada e fazia ações de filantropia bem diferentes das de Angelina Jolie – nunca apareceu as custas disso. Era, sem dúvida, um gentleman.

Sua marca registrada eram os magnéticos olhos de um profundo azul, um olhar tão forte e tão poderoso que ninguém ficava imune. Da sua filmografia ficam clássicos como o filme-catástrofe Inferno na Torre – em que contracenava com outro astro inesquecível, Steve McQueen - , Gata em Teto de Zinco Quente (fazendo dupla romântica com outros olhos poderosos de Hollywood, os de Elizabeth Taylor), Ausência de Malícia (atuando ao lado de Sally Field) e A Cor do Dinheiro (dirigido por Martin Scorcese, que lhe rendeu seu único Oscar).

Newman também era querido pela nova geração hollywoodiana. Sam Mendes, depois do avasslador Beleza Americana, dirigiu o ator, ao lado de Tom Hanks, no ótimo Estrada para Perdição. Anos antes, Newman fez parceria com Tim Robbins, sob a direção dos irmãos Cohen, no também excelente A Roda da Fortuna. Em ambos os casos, ele estava longe de ser o galã que conquistou o mundo: atuava como vilão, sempre com elegância ímpar.

A morte faz parte da nossa história, todos temos que passar por isso, mas confesso que fiquei profundamente triste ao saber que Paul Newman havia morrido. Para sempre ficarão seus filmes e sua história de homem de caráter, que sempre se posicionou na vida – era democrata convicto e fez parte da 'lista negra' de Richard Nixon, nos anos 1970. E, claro, a lembrança dos olhos azuis mais marcantes do cinema.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 01, 2008

Movimento estudantil faz campanha ilegal

Órgãos estudantis admitem ser ilícita a campanha do DCE e do CA dentro da Uninove

Por Erik Bernardes*

O movimento estudantil na Uninove mostrou sua cara nos últimos dias. Infelizmente quando tirou sua máscara o que pôde ser visto foi uma cara aparelhada a candidatos ao cargo de vereadores na cidade de São Paulo. Uma cara lavada, que quando questionada usou justificativas não convincentes para explicar o ato ilegal de fazer campanha política dentro da instituição de ensino.

O DCE – Diretório Central dos Estudantes – e o CA – Centro Acadêmico – de comunicação resolveram apoiar os candidatos Clairton Ferreira e Gustavo Petta, respectivamente. Esses órgãos estudantis, que deveriam representar os interesses de todos os alunos ligados à instituição e aos cursos relacionados, optaram por privilegiar os objetivos dos poucos dirigentes que compõem suas diretorias.

Ambos colocaram suas equipes de campanha no portão da Universidade. Com carros de som e "bonecões", – eles usam de todos os artifícios para tentar se aproximar do povo e forçar a identificação – empurram goela abaixo seus nomes e números, na expectativa de receberem votos da massa que consideram manipulada por suas ações eleitoreiras – o uso de alto falantes deve ser feito a, no mínimo, 200m das instituições de ensino, de acordo com o parágrafo 1º, inciso III, da resolução 22.178/2008 do TSE.

Em carta distribuída durante apresentação de uma colação de grau supostamente gratuita para os alunos da Uninove, parceria do DCE com uma empresa privada, o órgão declarou que as lideranças resolveram lançar seu ex-presidente, Clairton Ferreira, ao cargo de vereador. Disse ainda que "o candidato é advogado, ambientalista e grande defensor das causas sociais, dos animais e do meio-ambiente saudável", por isso "considera que sua vitória ampliará grandemente o nome dos alunos da UNINOVE, já que deixariam de ser lembrados como DEZ somente pelo marketing televisivo para serem lembrados como profissionais que despontam nas diversas profissões". Para finalizar, a carta do DCE pede uma reflexão: "Se é de votar num estranho, que vote em quem sempre nos defendeu" e pedem a indicação para amigos e familiares.

O CA não ficou atrás. Em visita à sala 203 do campus Vergueiro, no último dia 17, expôs as propostas de campanha do candidato Gustavo Petta, ex-presidente da UNE – União Nacional dos Estudantes. Solicitou ainda que os alunos assinassem uma declaração de apoio a tais propostas. Assim, sem nenhum debate sobre os reais benefícios dessas propostas àqueles estudantes de jornalismo, queriam uma declaração de apoio. Aproveitaram o momento também para divulgar uma cervejada e distribuir um jornal informativo que acabara de ser impresso com o apoio de terceiros.

Nestes três anos em que freqüento aulas no curso de jornalismo da Uninove, nunca antes havia recebido a ilustre visita dos colegas militantes do movimento estudantil, incluem-se aí os representantes do DCE ou do CA. Nunca houve um chamado para debates sobre as ações dos órgãos, nunca houve uma convocação de assembléia para definir prioridades de lutas, nunca houve nada. Nem ao menos a convocação para inscrição de chapas interessadas em disputar eleições para a diretoria dos órgãos, no sentido de ampliar e enriquecer o debate político estudantil na Universidade, foi feita com a peregrinação e vontade que demonstram no pré-eleições.

Quando questionados sobre a legalidade da campanha e do aparelhamento político dos órgãos, ambos os representantes reconheceram ser ilegal, mas tentaram tirar o corpo com a justificativa de serem apoios pessoais. Entretanto, quando usam o nome do órgão para chegar ao estudante com sua mensagem não representam pessoas, que não só podem como devem ter um posicionamento político, mas sim os próprios órgãos. Ou seja, segundo eles próprios, estão cometendo ato ilícito na campanha.

Considerando a atual conjuntura do movimento estudantil na Uninove, a responsabilidade dos estudantes dentro desse movimento e na esfera pública, já que está envolvida, e aproveitando o período de eleições, convido os que lêem esse texto à seguinte reflexão. De que forma um cidadão, ou seria indivíduo, que nunca convidou seus representados para o debate político na Universidade poderia ser "a pessoa certa" para a vereança na cidade de São Paulo? Qual o verdadeiro papel dos órgãos estudantis, debater a política com os estudantes e propor mudanças estruturais e acadêmicas nos cursos que representam ou fazer política municipal para determinado partido ou candidato? Como nós, estudantes e cidadãos, estamos contribuindo para que façam o que bem entendem com nosso nome quando nos omitimos à participação nas discussões sobre política?

Pensarei sobre isso antes de decidir apoiar determinado candidato. Pensarei nas propostas e questionarei essas propostas. Fiscalizarei não só o meu candidato, mas todos, durante os quatro anos que seguirão após as eleições. Mesmo que quatro anos seja muito tempo.


*Erik Bernardes é aluno do 6º semestre de jornalismo da Uninove.

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