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quinta-feira, outubro 30, 2008

Naquela manhã de domingo


Hoje faz 20 anos que Ayrton Senna ganhou seu primeiro título na Fórmula 1. Lembro perfeitamente daquela longa madrugada. Meu pai ficou acordado para ver a corrida. Eu bem que tentei, mas dormi depois da largada. Quando acordei, Senna já tinha vencido. Depois, vi a reprise bem cedinho. Eu já era fã do Ayrton, desde os meus 9 anos e a corrida em Mônaco 1984 - a que ele ganhou mas não levou. Mas aquele ano de 1988 se desenhava como o ano em que ele deixava de ser promessa para ser campeão.

Logo na largada do GP do Japão de F-1, em Suzuka, no dia 30 de outubro de 1988, o pole position Ayrton Senna, que só precisava de mais uma vitória para ser campeão, restando duas provas para o final, viu seu carro morrer. Ele fez sua McLaren “pegar no tranco” e chegou a cair para a 14ª posição.

Situação complicada? Para Senna, nada era complicado. A recuperação foi fantástica. Ele guiou seu carro de número 12 subindo de posição volta a volta, ultrapassando os carros um após o outro. Sensacional era pouco. A garra, a perseverança, a vontade de vencer eram imensas. E a sorte também.

A chuva, ainda que fraca, veio. Ela era a eterna aliada de Senna. Foi o suficiente para molhar a pista e fazer com que a vantagem de Alain Prost, seu rival direto na disputa pelo título e que estava na liderança, diminuísse. Na 27ª volta, o francês se atrapalhou com alguns retardatários. Senna deu o bote, assumiu a ponta e de lá não saiu mais.Era o início de uma nova era na F-1.

Aquela corrida em Suzuka era só o começo de muitas alegrias que ele daria aos fãs do esporte e da Fórmula 1. Era o início das minhas manhãs de domingo em frente a TV. Meu pai, que era fã do Piquet, dizia que o Senna era único. Naquela madrugada de 1988 estávamos todos aqui: eu, Senna, meu pai... quanta coisa mudou.

Eu tinha só 14 anos. Eu nem tinha ídolos, nem sabia direito o que era Fórmula 1. Só sabia que, todas as vzes que parava em frente a TV para ver aqueles carrinhos, era para ver, mais do que a corrida, o Ayrton correr. Ele era o cara. Ele era o meu ídolo.

Foi ali, naquela manhã de domingo, que eu que determinação faz toda a diferença. Que a vida é feita de sacrifícios, dificuldades, mas, sobretudo, de luta. Que a gente não pode desistir. Que o mais importante é ser vitorioso na vida, e não apenas naquilo que se escolheu como modo de vida. Foi naquela manhã que descobri que os heróis vão sobreviver. Sempre.



Janaina Pereira

Comentários
Nossa, até arrepiei!

Senna é um nome que quando lido ou escrita me faz sentir um certo carinho que eu não sei dizer de onde vem porque nunca o vi correr...

Acho que por causa do meu irmão, que ficou tão abatido com a morte dele que me dá a impressão de que esse nome é poderoso!

Além do que a mída também não poupa elogios quando se lembram dele!

Beijos
 
menina, que memória... eu nem lembro o que eu comi ontém, kkkkkk


É há muitos anos q o Brasi lnão torcia por uma Fórmula 1, como nessse último domingo.

Que pena que apesar de ter ganho a corrida, Massa, não ganhou o título.
 
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