<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, outubro 03, 2008

Blue Eyes


Paul Newman sempre foi meu ator americano preferido. Ainda criança, eu assisti Butch Cassidy e Golpe de Mestre, dois dos seus melhores filmes, ambos em parceria com Robert Redford. Newman, além de carismático, dava voz e vida a personagens intrigantes. Tinha um ar de sofisticação, uma inteligência refinada e fazia ações de filantropia bem diferentes das de Angelina Jolie – nunca apareceu as custas disso. Era, sem dúvida, um gentleman.

Sua marca registrada eram os magnéticos olhos de um profundo azul, um olhar tão forte e tão poderoso que ninguém ficava imune. Da sua filmografia ficam clássicos como o filme-catástrofe Inferno na Torre – em que contracenava com outro astro inesquecível, Steve McQueen - , Gata em Teto de Zinco Quente (fazendo dupla romântica com outros olhos poderosos de Hollywood, os de Elizabeth Taylor), Ausência de Malícia (atuando ao lado de Sally Field) e A Cor do Dinheiro (dirigido por Martin Scorcese, que lhe rendeu seu único Oscar).

Newman também era querido pela nova geração hollywoodiana. Sam Mendes, depois do avasslador Beleza Americana, dirigiu o ator, ao lado de Tom Hanks, no ótimo Estrada para Perdição. Anos antes, Newman fez parceria com Tim Robbins, sob a direção dos irmãos Cohen, no também excelente A Roda da Fortuna. Em ambos os casos, ele estava longe de ser o galã que conquistou o mundo: atuava como vilão, sempre com elegância ímpar.

A morte faz parte da nossa história, todos temos que passar por isso, mas confesso que fiquei profundamente triste ao saber que Paul Newman havia morrido. Para sempre ficarão seus filmes e sua história de homem de caráter, que sempre se posicionou na vida – era democrata convicto e fez parte da 'lista negra' de Richard Nixon, nos anos 1970. E, claro, a lembrança dos olhos azuis mais marcantes do cinema.


Janaina Pereira

Comentários Postar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?