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sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Só por ele


Ontem assisti Milk, a voz da igualdade (Milk), filme que deu o segundo Oscar ao Sean Penn. Não, não vi o filme porcausa disso. Faz tempo que aprendi a gostar - e respeitar - o Sean Penn como ator. Mesmo que ele não ganhasse o Oscar, eu iria ver o filme. Mas ele ganhou e, claro, Milk tem mais valor agora por conta disso.

É bom deixar claro que Penn mereceu - e muito - o prêmio, porque, vamos combinar, Mickey Rourke renascendo das cinzas é demais. E o Brad Pitt - apesar de ótimo em Benjamim Button - ainda é Brad Pitt por melhor que seja sua atuação. Você olha o personagem e vê Brad, lindo e loiro. Sean Penn não. Você esquece que ele é um ator e vê o personagem vivo, em carne e osso. Ele é bom pacas, bom demais da conta, e ele - só ele - vale o filme.

Mas por que será que Milk é apenas um filme de um grande ator? Com seus primeiros trabalhos (Drugstore Cowboy, de 1989, e Garotos de Programa, de 1991), o diretor Gus Van Sant levantou polêmicas e arrebatou um público que via em seus personagens uma realidade crua e dolorosa, mas necessária. Em Milk, Sant volta a tratar de um tema explosivo, mas o filme é 'feijão com arroz'. O roteiro oscarizado não tem nada de original, afinal, foi baseado em história real. Como bem disso meu amigo Léo, do Planeta Disney, biografias nem deveriam concorrer a roteiro.

A história? Bem, se você ainda não sabe, é a cinebiografia de Harvey Milk (1930-1978), político norte-americano que assumiu sua homossexualidade publicamente nos anos 1970, interpretado brilhantemente por Penn. Milk foi o primeiro homossexual assumido a ser eleito a um cargo público nos Estados Unidos. O ativista foi assassinado por um de seus concorrentes políticos, Dan White (interpretado por Josh Brolin - que concorreu ao Oscar como coadjuvante - depois de Matt Damon desistir do papel).

Sant já vinha tentando rodar a vida de Milk desde o início dos anos 1990 - na época, para o papel, havia pensado em nomes como Robin Williams, Richard Gere, Daniel Day-Lewis e James Woods. Valeu a pena esperar tantos anos para fazer Milk agora. O personagem merecia o corpo, a alma e a voz de Sean Penn. E Penn merecia mesmo sua segunda estatueta dourada.


Janaina Pereira

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Penn, Kate, Slumdog e o Oscar


Pela primeira vez na minha vida não vi o Oscar. Sem TV a cabo aqui no Rio, e com a Globo transmitindo os desfiles das escolas de samba, só me restou acompanhar pela internet. Fiz a cobertura online para o Herói e estou de coração partido por não ver meus queridos Sean Penn e Kate Wisnlet arrasarem e levarem as estatuetas para casa.

Paciência. Meu amigo Léo, do Planeta Disney, depois vai me emprestar a gravação. E estou muito feliz, diria radiante, porque o Sean Penn ganhou - embora admita que o Mickey Rourke estava bem em O Lutador, não torcia por ele - e também minha atriz preferida, Kate Winslet, merecedora faz tempo da estatueta.

E Slumdog Milionaire é um filme muito gracinha, super do bem, que mereceu o prêmio, embora eu tenha um sentimento especial por Benjamim Button e, claro, por Brad Pitt - que espero, um dia, ainda leve seu Oscar para casa.

No mais,Ledger e Penélope Cruz entram para a história e os outros vencedores você lê aqui.


Janaina Pereira

domingo, fevereiro 22, 2009

É carnaval!

Neste exato momento desfilo ma Marquês de Sapucaí com o mais belo samba-enredo - reedição do carnaval de 1976, quando eu tinha apenas dois anos. Lenda das Sereias não é uma música da Marisa Monte. É um samba belíssimo do Império Serrano, neste momento, no Sambódromo do Rio.

E olha eu lá, em verso, prosa e ao ritmo de uma poderosa bateria - adoro bateria de escola de samba, aliás.


Lenda das Sereias

Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê
Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar

Mar, misterioso mar
Que vem do horizonte
É o berço das sereias
Lendário e fascinante

Olha o canto da sereia
Ialaó, oquê, ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com as doces melodias
Os madrigais vão despertar

Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz, ela semeia
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz, ela semeia

Toda a corte engalanada
Transformando o mar em flor
Vê o Império enamorado
Chegar à morada do amor

Oguntê, Marabô
Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê
Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar




JANAINA Pereira

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

O vencedor do Oscar?


Domingo de carnaval vai rolar o Oscar. Aposto - e torço - em Kate Winslet e Slumdog Milionaire. Mas, se Benjamim Button ganhar, até que seria legal também.

Slumdog Milionaire - ou Quem quer ser milionário? - estreia só em 6 de março. Mas tem várias pre-estreias pipocando por aí. Eu vi e gostei. Aliás, amei. Precisava de um filme que me trouxesse esperança...e esse é perfeito.

Quer ler a crítica?

Já está no Herói.



Janaina Pereira

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Pílulas



Hoje vi Slumdog Milionaire, ou Quem quer ser milionário? em português, mas ainda não deu tempo de escrever a crítica para o Herói. Porém, volto aqui para falar nisso. Adianto que o filme é sensacional. Acho que uma das histórias mais oportunas que vi nos últimos tempos. Adorei.

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E Prison Break? Amo de paixão a primeira temporada. Michael Scofield é tudo.


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Odeio gripes.


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E o carnaval vem aí. Destesto. Ainda mais que tem o Oscar no meio e eu nem vou poder ver direito.


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Embarco rumo ao trabalho. Mas eu volto.


Janaina Pereira

sábado, fevereiro 14, 2009

Família... família...


Fui com minha colega de redação, a Ju, à pré-estreia de O casamento de Rachel, de Jonatham Demme – diretor de O silêncio dos inocentes e Filadélfia, que não fazia um bom filme faz tempo. Encontrei no cinema – nestes acasos adoráveis - os queridos Janis e Lakes, e partimos para a sala escura para assitirmos a um drama familiar. Mas não foi bem assim.

A história é recorrente em qualquer lugar, até no cinema: Kym (Annie Hataway, ótima e indicada ao Oscar) sai da clínica de reabilitação para o casamento da irmã Rachel. Com seu histórico de crises e conflitos familiares, Kym tem o dom de provocar grandes dramas em qualquer situação. E, pior que isso, ser o foco da atenção. Mesmo no momento mais importante da vida de sua irmã Rachel, não poderia ser diferente. E as feridas da família de Kym, e dela mesma, parecem estar ainda mais abertas neste dia.

Honesto, sem ser melodramático, O casamento de Rachel é um drama de fácil identificação, afinal, problemas familiares a gente tem aos montes. Fiquei surpresa com o filme, bem menos tenso e bem mais real do que pensei. E com a presença de Debra Winger (Laços de Ternura - 1983), atriz das antigas - ou do que eu considero 'antigas' - que eu adorava quando era criança.

Filmado com a câmera do ponto de vista do espectador, tremendo e balançando o tempo todo, O casamento de Rachel é a ótica de qualquer um de nós sobre o que aprendemos desde que nascemos: família é sempre complicado. Até no cinema.


Janaina Pereira

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Nascer velho, morrer jovem


Finalmente assisti, no último sábado, O curioso caso de Benjamim Button. Agora que sou cliente do maior banco do Hemisfério Sul, posso ir ao cinema com desconto – porque nem só de cabines vive o meu dia. Muita gente falou que o filme era bom, e quando há expectativa em excesso, a tendência é a gente se decepcionar. Não foi o caso. Benjamin Button vale o ingresso e todas as emoções que provoca.

A história você já deve saber. Benjamin (Brad Pitt, espetacular em todos os sentidos) nasceu velho e, com o passar dos anos, vai ficando mais jovem. A medida que rejuvenesce, vê as pessoas a sua volta envelhecerem – e, consequentemente, morrerem. Diante desta fato inusitado já dá para imaginar o que vem por aí... muita emoção, boas doses de humor e uma história muito bem contada, na direção preciosa de David Fincher, que volta a fazer dupla com Pitt depois de sucessos como Seven e Clube da Luta.

O filme – sabiamente – não explora a juventude nem a maturidade de Benjamin, e sim, seu corpo velho com alma de criança, sua beleza sexagenária, sua 'velhice' aguçada. E isso é o mais legal, ver Brad Pitt em todas as suas possibilidades, com uma atuação antológica – pena que o Mickey Rourke lhe roubará o Oscar.

A melhor cena é quando, no meio do caminho entre a juventude e a velhice, Daysi – a personagem de Cate Blanchett que é alvo da paixão de Button e representa todas os espectadores em seus momentos angustiantes sobre a perda da vivacidade – vira para Benjamim é diz: 'você é perfeito'. Preciso dizer mais alguma coisa?

Pitt é perfeito, o filme é perfeito e a história... é como a vida, imperfeita … mas emocionante e fantástica, daquelas que fazem você sair do cinema com o coração apertado.

Simplesmente lindo. Como Brad Pitt, aliás.


Janaina Pereira

terça-feira, fevereiro 10, 2009

MBA


Ontem comecei meu MBA de Economia na FAAP. Muito bom estar na sala de aula de novo, mas é tudo diferente da graduação.

Gente bem mais velha, muita mulher - o que prova que o jornalismo econômico é essencialmente feminino - e ar condicionado na sala. Coffee break. Perguntas sensatas. Gente que se aproxima de você e quer saber quem você é. Outro nível.

A primeira aula - sobre a economia americana e porque ela nos levou à crise mundial -foi superproveitosa. Lembrei muito do mestre Amaral - o que prova que a faculdade deixou aprendizado de fato.

O duro é que, quanto mais aprendo economia, menos esperança eu tenho no mundo. E mais eu sei que a realidade é extremamente cruel. Pelo menos consigo enxergar as coisas do ponto de vista financeiro, o que é bom e ruim, afinal, eu sei como não gastar embora eu queira gastar.

Agora é não olhar mais para trás e seguir em frente. O futuro ainda está sendo escrito e eu quero mais é fazer acontecer.




Janaina Pereira

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Pra você


Eu nem precisava ter respondido mas vou responder publicamente. Você sabe que o recadinho te pertence.

Você é um frouxo, sabia? Um perfeito idiota. Um otário, imbecil, paparicado e mal amado. Um cara que não largou a barra da saia da mãe e de todas as mulheres que cruzam a tua vida. Um ridículo. Patético. Capaz de pular fora de uma situação que você criou – e que, meu bem, ia continuar como sempre esteve, porque nunca soube conduzir o barco.

Você é tão infantil que me dá pena. E aí fico lembrando de todas as vezes que se lamentou, se encostou e veio com aquele discurso barato de que estava tentando mudar. Como é um fraco, prefere culpar o outro por coisas que não consegue assumir.

Quer saber de uma coisa? Vai à merda, antes que eu me esqueça.

Vá para o inferno, para o raio que o parta, para o colinho da mamãe. Vai ser paparicado, vai continuar encostado, vai ser carregado nos ombros porque não consegue andar com as próprias pernas.

O problema é que eu nunca achei você o máximo, nunca bajulei, nunca te dei a atenção que você merece. Pois é. Sabe por que? Porque eu sei enxergar o que tem embaixo da carcaça. Eu vejo que atrás dessa carinha que tantas acham bonita tem alguém incrivelmente cruel, traiçoeiro, imaturo e extremamente competitivo.

E eu jamais conseguiria dividir qualquer coisa na minha vida com alguém que só tem olhos para si, que lamenta de si mesmo, que não quer mudar, que prefere o caminho mais fácil.

Sinto pena de você e agradeço a Deus por ter vivido todas as minhas dores intensamente. Assim pude passar por mais essa sem um arranhão se quer.

Já vai tarde, frouxo. Covarde. Idiota.

sábado, fevereiro 07, 2009

Esforço


Odeio quando dizer que sou esforçada. Odeio mortalmente. Ser esforçado me passa a ideia de estar sempre no limbo e tentar sair dele; correr atrás com sacrifício; buscar uma saída para a mediocridade.

Eu não sou esforçada. Eu apenas tenho objetivos e faço com que eles aconteçam. Isso não me exige esforço, é o mínimo que posso fazer na vida. Não quero ser vista como esforçada, como se eu precisasse sempre fazer força para sobreviver.

Eu estou extremamente irritada, com o esforço, com a vida medíocre, com as coisas que simplesmente acontecem sem a menor pretensão de me fazerem feliz.

Eu não sou esforçada, eu apenas faço o que tem que ser feito. Eu conquisto o que mereço porque eu faço por merecer. Isso não deveria ser algo fora do comum. Mas é, pura e simplesmente porque a maioria dos seres humanos veio ao mundo a passeio.

Sorry, mas eu não estou aqui só para ver a vida passar. Ou eu faço a vida acontecer ou é melhor morrer de tédio.

Odeio gente esforçada, que se esforça para sair do limbo, que vive todo dia a sua mediocridade.

Não me chamem de esforçada porque eu não me esforço para nada. Eu apenas faço acontecer.


Janaina Pereira

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Oito anos depois


Hoje completo oito longos anos em São Paulo. Neste tempo, muita coisa mudou: eu, meus amigos antigos, meus novos amigos, meus empregos, minha profissão, minha vida. Sempre vou achar que mudei para melhor, porque pior do que está, não pode ficar. Mas esta data já foi bem mais forte para mim.

No começo, cada ano que eu passava aqui era uma vitória. Agora é só mais um ano e isso me incomoda. Não gosto da sensação de estagnação, de ver a vida passar, de deixar o barco correr. Detesto me sentir parada, sem perspectivas.

É fato que São Paulo já era em minha vida. Já foi o tempo, já foram as conquistas, já foi o momento. Passou. Agora eu só vivo aqui, como um dia eu vivi no Rio. É só o lugar que eu moro: não tem mais novidade, descoberta, prazer. Não faz mais sentido.

Exatamente por sentir que este ano é só mais um ano aqui, eu sei que preciso mudar. Aí vem todo mundo me encher o saco perguntando: 'vai voltar para o Rio?' E eu respondo logo: não vou voltar até porque nunca sai de lá. O Rio será sempre minha casa, mas voltar é dar um passo para trás, e apesar de sentir muito por tudo que ficou lá, eu não vou fazer isso. Não agora.

Para onde eu vou também não interessa. Agora estou aqui, tenho uma vida, e é isso que importa. E o que incomoda. Detesto não ter uma vida nova para descobrir.

Mas ainda preciso esperar antes de cair na estrada de novo.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

A menina da cabine


Como parte do meu trabalho - que todo mundo acha divertido mas não tem ideia do trabalho que dá - lá fui eu ontem para a sala escura, em dose dupla. Operação Valquíria (o filme que trouxe a Suri e seu pai Tom Cruise ao Brasil, ops, ao Rio)e O Lutador. Hoje, Coraline.

Quer saber como foi? Leia o site Herói.


Operação Valquíria


O lutador


Coraline e o Mundo Secreto


E, de quebra, O cavaleiro das trevas


Janaina Pereira

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Dois de Fevereiro

Dorival Caymmi



Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá

Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou

Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou


Salve, Janaina!!!

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