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terça-feira, outubro 30, 2007

A Copa do Mundo é nossa


Que medo. O Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e até lá só vão falar nisso. Vamos ser realistas: não temos condições de sediar uma Copa, mas ao mesmo tempo temos obrigação como país pentacampeão do esporte. E foi assim, na base da obrigação, empurrando garganta abaixo, que ganhamos o direito de sediar a Copa e agora ninguém segura esse país! Vai ser um festival de obras sem licitação, dinheiro por baixo do tapete, superfaturamento, ingressos caríssimos, cambistas e arquibancadas vazias. Um caos. Isso sem falar na disputa explícita de Rio, São Paulo e Belo Horizonte para sediar a final, além de abrigar a seleção canarinho.

Claro que eu acho que a final tem que ser no Maraca. Mas acho também que, caso isso ocorra, a seleção pode ter seus jogos da primeira fase em outra cidade, e depois fazer uma perigrinação pelo país, até a final apoteótica no Maracanã. Imagina se o duelo pelo hexa – ou, quem sabe, hepta – for com a Argentina?

Acho que tudo isso vai ser uma loucura divertida. Meu pai contava sobre a Copa de 50, que ele viu ainda pequeno. Espero estar viva até 2014 para escrever aqui as minhas (más) impressões do evento – e um dia contar para meus filhos como foi cobrir a Copa do Mundo no Brasil.



Janaina Pereira

sexta-feira, outubro 26, 2007

Saindo do anonimato




Errar é humano. Vírgula entre sujeito e o verbo é burrice.


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Um dos melhores ditados populares para reflexão: a pressa é inimiga da perfeição.



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Curioso que os textos mais polêmicos sempre são os que atingem as esquisitices acadêmicas.



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Como eu digo sempre, estou cuidando da minha saúde porque da minha vida você já fica de olho, né? Ontem, por exemplo, fiquei uma hora e meia no dentista para manter perfeito esse lindo sorriso que tanto te incomoda.


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Se estivesse mesmo querendo me ajudar revelaria sua identidade secreta, certo, Clark?


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E eu sempre preferi as fragilidades amorosas do Clark Kent ao heroísmo do Superman. Até porque meu herói preferido ainda é o Batman, o único que não tem superpoderes e não quer salvar o mundo: apenas deseja se vingar de todos que causaram sofrimentos a ele.


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Graças as doces anônimos o blog continua em alta, subindo para os 50 mais lidos, e com direito a curiosos Ips sendo revelados.


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Porque a identidade pode ser secreta, mas o IP não.


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Como diria o garoto prodígio, Santa Ignorância, Batman!



Janaina Pereira

quinta-feira, outubro 25, 2007

Alguma coisa está fora de ordem


Outro dia a Rosângela – minha ex-professora de Antropologia e atual professora
de Jornalismo Social e Comunitário – falou que as pessoas não sabem usar
vírgulas. Então, para quem são usa a vírgula no lugar certo, ela aconselhou
encurtar as frases.

Concordo com ela. Tenho verdadeiro horror quando vejo textos – em matérias da
faculdade, em blogs e outros lugares por aí – repletos de vírgulas fora de
ordem. Mas o que mais me irrita é a vírgula entre o sujeito e o verbo. Eu
morro um pouco quando vejo isso.

Que muita gente quer ser jornalista e não sabe escrever, isso é fato. Pior é
que o mercado aceita, e eu nem vou entrar nesse mérito. Assim como existem
muitos redatores publicitários que não sabem escrever – mas têm idéias
geniais para anúncios criativos – existem outros tantos jornalistas que não
conseguem soletrar o próprio nome. Já vi cada coisa tão absurda que não vou
perder meu tempo comentando, mas vírgula entre o sujeito e o verbo é o fim da
picada.

“João, é o garoto mais legal da rua.”

“Hamilton, jogou a corrida fora.”

“Eu, adoro beijar meu namorado.”

“Peguei, o metrô lotado.”

“A velhinha, morreu de ataque cardíaco.”


Ai, fala sério. Poupe-me desses assassinatos diários da língua portuguesa. Vai
comprar um livro com regrinhas básicas urgente. Pelo amor de Deus, parem de
colocar a vírgula onde não deve.

Sujeito e verbo não se separam nunca.

Não sabe o que é sujeito?

Desconhece o que é verbo?

Pois é. E no final eu ainda pago a faculdade para aturar isso.


Janaina Pereira

terça-feira, outubro 23, 2007

Tá demais

Excesso. Sei lá. Está tudo sobrando em mim. Não, não estou gorda. Não tenho excesso de peso, as gordurinhas não pulam da minha cintura, nem uso batinhas para disfarçar uma eventual barriga. Está sobrando o que está faltando. Sacou?

Falta esperança. De sobra. Eu não acredito mais na humanidade, no futuro, nem no presente. As pessoas estão vivendo em seus mundinhos, falando pelos outros, calando os outros, 'secando' a vida dos outros. A global salva, afinal, num mundo globalizado... ela salva mesmo.

Falta paciência. De sobra. Não aguento mais gente metida, gente que se acha, gente que não presta e fica posando de íntegro.

Falta credibilidade... nos outros. De sobra. Como vou acreditar em pessoas que sempre estão remendando os buracos que os outros abrem?

Falta silêncio. De sobra. Continuo falando demais. Reclamando demais. Expondo meus pensamentos de mais.

Tá sobrando algo por aqui.

Preciso de uma dieta em meus sentimentos.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 17, 2007

Meme

Ontem fui surpreendida com um comentário do Fábio para participar de um meme.

Pois é. Eu nem perguntei o que era, mas gostei da brincadeira.

A tarefa é a seguinte:

1) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2) Abrir na página 161;
3) Procurar a 5ª frase completa;
4) Postar essa frase em seu blog;
5) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6) Repassar para outros 5 blogs.

Simples? Nem tanto.

Em primeiro lugar, o livro mais próximo, Ninguém Escreve ao Coronel, do Gabriel Garcia Márquez, não chega nem perto da página 161 – acaba na 95. O segundo livro mais perto, idem – Comédia para se ler na escola, do Luis Fernando Veríssimo acaba na página 145.

Tive que esticar o braço e achar uma terceira opção. E não é só isso. Eu ia repassar para 6 blogs e quebrar a ‘corrente’, mas acabei deixando a Diana para o Will.

Bem, eles vão entender que tive que fazer uma escolha, e o Will foi para o Rio no feriado, então ele – e o blog dele – tiveram preferência hoje.

O livro: Cem anos de solidão (Gabriel Garcia Márquez)
A frase: "Chegou na calada, sem escolta, embrulhado numa manta apesar do calor, e com três amantes que instalou numa mesma casa, onde passava a maior parte do tempo estendido na rede.”

Agora é com vocês!
Vou convidar para participar o Jorge, a Elisa, a Karina, o Fabinho e o Will.


Janaina Pereira

segunda-feira, outubro 15, 2007

A aurora de Autran


Eu sempre disse que precisava ir ao teatro para ver dois atores: Fernanda
Montenegro e Paulo Autran. Ela, eu nunca vi ao vivo. Ele, eu vi em 2002,
quando Autran completou 80 anos e fez o monólogo “Quadrante” no teatro.

Lembro que fiquei profundamente emocionada ao vê-lo no palco. E para sempre
vou recordar da cena em que ele diz 'vou declamar um poema que representa um
olhar diferente em minha vida. Li pela primeira vez aos 8 anos, e agora, aos
80, ele tem outro significado.' E Autran, com lágrimas nos olhos, recita
Casimiro de Abreu.

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Paulo Autran era um ator maior do que a televisão poderia conceber. Por isso o
palco sempre foi o seu lugar.


Janaina Pereira

quinta-feira, outubro 11, 2007

Praia

As flores são belas, as árvores são lindas, mas o único lugar do mundo que eu
tenho paz é na praia. E por isso agradeço a Deus por ter o privilégio de ter
nascido pertinho do mar.

Enquanto isso, no litoral norte – ou seria no litoral sul? Nunca sei – as
saliências do excesso de peso desfilam em biquínis de lacinho e modelitos
sexies.

É, o verão promete.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 10, 2007

Cenas dos próximos capítulos


Acho que nunca escrevi aqui sobre novela. Pois é, eu assisto. Não muito, mas volta e meia estou dando uma olhada. Faz muitos anos que não acompanho as novelas das 18h e 19h... mas as das 21h – que, um dia, já foram das 20h – eu até vejo.

Recentemente eu também queria saber quem matou a Thaís. Ora, ora, Gilberto Braga é o melhor quando o assunto é assassinato. Gilberto matou Odete Roitman – o maior case novelístico da melhor de todas as novelas, a insuperável Vale Tudo – e, antes de Thaís, matou o Lineu – que não era parente do Nereu, o pai do Fábio Assunção em ‘Paraíso Tropical’.

Gilberto também é bom no quesito vilania. Alguns dos meus vilões preferidos – adoro vilões! – foram escritos por ele. Além da já citada Odete Roitman, não podemos esquecer a Maria de Fátima, da mesma novela ‘Vale Tudo’ e a Laura Prudente da Costa de ‘Celebridade’ – uma novela tosca, que foi salva graças ao talento de Cláudia Abreu e sua vilã loira.

Manoel Carlos, o rei do Leblon, já encheu o saco com as histórias de tantas Helenas. Mas ele presta algum serviço de cidadania ao colocar a Síndrome de Down, a violência contra a mulher e a leucemia no horário nobre. Aguinaldo Silva adora os tipos nordestinos que se dão bem no Sudeste, mas também sabe criar tipos antológicos, como a Nazaré de ‘Senhora do Destino’. Mas ninguém é tão inverossímil e criativa como Glória Perez. Falar de clonagem, coiotes, ciganos e árabes não é para qualquer um. Poxa, bateu até saudades do pastel da dona Jura.

A novela pode ser piegas, clichê e filhote da indústria cultural. Mas é divertida, quase sempre. E, cá entre nós, ver a Suzana Vieira como a versão loira da Lady Godiva é de morrer de rir. Uma boa válvula de escape para a rotina intensa e cansativa que nos atinge.


Janaina Pereira

domingo, outubro 07, 2007

Os conformados


Ainda bem que levou meu celular, e não minha vida. Porque mais vale minha vidinha, meus filhos, minha jovem esposa, do que meu celular que eu parcelei em 12 vezes nas Casas Bahia. Os bandidos até que foram educados. Apontaram a arma levemente para a minha cabeça, e nem arrancaram meu braço, quando levaram o celular que estava no meu ouvido. Do outro lado da linha, minha esposa ouviu os berros do meliante, mas depois eu liguei para ela – de um orelhão, é claro – e avisei que foi só um assalto e estou bem. Estou vivo. Isso é o que importa.

Oba, não tem aula na sexta. Eu não estava mesmo a fim de ir. Eu pago a facul com meu dinheirinho suado, mas aquela aula é devagar ... melhor ficar em casa vendo "Duas Caras". Para que ter aula? Vou continuar sustentando as Torres de Babel que a faculdade constrói por São Paulo. Ah, é, o dinheiro nem é meu, é do otário do meu pai, que acha que eu vou para a aula. Eu fico é no bar. E daí, o problema é meu. Imbecil é aquele CDF que fica lá assistindo uma puta aula chata com um professor meia-boca. Eu não pago mesmo a facul. E no final a média global me salva.

Finalmente saiu meu aumento. Até que enfim! Puxa, nem sabia que meu salário era abaixo do piso. Mas isso não importa. O que vale é a graninha extra que vai entrar na minha conta. Vou poder trocar minha TV por um modelo de 29 polegadas com tela plana. Uau!!! Meu filho vai querer que eu coloque speedy lá em casa, mas é melhor agradar a esposa, né? Ela merece, afinal, atura meu mau humor quando chego de madrugada do trabalho, após virar uma noite inteira na labuta... e no fim do mês... nada de hora extra. Mas agora tudo mudou: esses reais a mais vão fazer uma diferença enorme!

Baseado em histórias reais: relatos de como estamos rodeados, cada vez mais, de um conformismo generalizado.

Pára o mundo, meu Deus. Quero descer.


Janaina Pereira

quinta-feira, outubro 04, 2007

Dia Santo


Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Úmbria, Itália, em 1182.
Pertencia à burguesia, e dessa condição tirava todos os proveitos. Como seu
pai, tentou o comércio, mas logo abandonou a idéia por não ter muito jeito
para isso. Sonhou, então, com as glórias militares, procurando desta maneira
alcançar o status que sua condição exigia. Contudo, em 1206, para espanto de
todos, Francisco de Assis abandonou tudo, andando errante e maltrapilho, numa
verdadeira afronta e protesto contra sua sociedade burguesa. Entregou-se
totalmente a um estilo de vida fundado na pobreza, na simiplicidade de vida,
no amor total a todas as criaturas. Com alguns amigos deu início ao que seria
a Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos. Com Santa Clara, sua dileta
amiga, fundou a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a
inspiração de seu estilo de vida nasceu a Ordem Terceira para os leigos
consagrados. O pobrezinho de Assis, como era chamado, foi uma criatura de paz
e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza.
Poeta, cantava o Sol, a Lua e as Estrelas. Sua alegria, sua simplicidade e
sua ternura fizeram dele um dos santos mais populares da atualidade.

Eu adoro São Jorge. Mas São Francisco é o cara.

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.



Janaina Pereira

terça-feira, outubro 02, 2007

Pílulas


Finalmente o SBT resolveu exibir a sexta temporada de Smallville. E, de quebra, a terceira de Cold Case. Mas cadê Supernatural e Without a trace?

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Não achei Heroes tudo isso. Eu acompanho todas as séries pela internet, e quando chegam á TV aberta, vou conferir... mas Heroes não foi paixão à primeira vista. Com o tempo, quem sabe, né?

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Sou uma pessoa quase evoluída. Os meus cisos inferiores não existem, e os superiores estão inclusos. Nunca senti dor de dente, mas luxação no maxilar, ninguém merece.

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A pior coisa da vida é sentir dor. E sentir fome. E não comer porque estou sentindo dor. Não acredito que com overdose de antiinflamatórios e analgésicos isso não passa. Socorro!


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Como diria minha avó... por fora, bela viola. Por dentro, pão bololento.



Janaina Pereira

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