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sábado, outubro 31, 2009

Insônia


Que inferno. Estou tensa, cansada, preocupada. E com insônia. Depois de passar uma semana dormindo às 5h da manhã - porque fico trabalhando de madrugada - agora não consigo mais dormir num horário decente.

Estou podre, só o pó. E nada de sono. Meu estômago dói. Os olhos ardem. O corpo pede ajuda. E eu não consigo dormir.

Ah, eu tomei café. Algo que nunca faço. Ferrou. Não vou dormir.



Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 28, 2009

This is it


São Paulo, 23 horas, cinema Kinoplex Itaim. Duas salas reservadas para a pré-estreia de This is it, o filme que mostra os ensaios para aquele que seria o último show do Rei do Pop.

O silêncio é total na sala de cinema. Não há a mastigação de pipoca, canudinhos de refrigerante fazendo barulhinhos, suspiros, nada. Parece um minuto de silêncio pelo Rei. Na tela, a la abertura de Star Wars, explica-se que as cenas a seguir são imagens dos bastidores e dos ensaios de Jackson para a turnê de 50 shows em Londres.

Dedicado aos fãs, This is it já mostra, na primeira cena, que foi feito para chorar. A imagem de Michael, magérrimo mas sem o aspecto sombrio tão alardeado, dá arrepios. O Rei está vivo, pelo menos por 112 minutos de projeção.

O filme é uma colcha de retalhos que mistura imagens de Michael ensaiando com depoimentos de sua equipe elogiando o astro. Muitas vezes o que ouvimos são músicas gravadas, já que nos ensaios Michael poupa a voz. Mas quando canta… céus, o que é aquilo? A voz falha mas de repente lá vem ele fazendo dueto com a backing vocal em I just can´t stop loving you … e ele mostra que ainda está em forma.

O show seria um estrondo, isso fica bem claro. Muitos efeitos especiais, banda e dançarinos afiados, tudo da melhor qualidade. Michael é perfeccionista, dedicado, presente. E é curioso dizer que ele, hoje ausente, estava tão presente nos ensaios. É emocionante ver sua dedicação para que as músicas tenham os mesmos arranjos dos discos. Às vezes ele cansa, não acompanha o ritmo de suas canções mas não perde, jamais, o rebolado.

Lá pelas tantas Michael canta I’ll be there e fala que, naquele momento do show, citará o nome dos irmãos e pais. Fala que os ama. Pausa para a família Jackson mostrar que o rebento os adora. Então tá, a gente finge que acredita.

O trio de músicas eternas fica para o fim. E a sequência de Thriller, Beat it e Billie Jean é de pular da cadeira e dançar sem parar. Em Billie Jean, particularmente, ele mostra grande euforia. É minha música preferida dele e o meu momento de emocionação. Ai eu paro e penso: eu nunca vou ver isso ao vivo, ele morreu. Se o filme era para causar essa comoção nos fãs, conseguiu.

Tudo acaba com Man in the mirror, talvez a mais bela letra de MJ – como ele é chamado por sua trupe o tempo todo. A imagem do Rei do Pop, de braços abertos e a frase ‘Love lives forever’ é piegas mas funciona: lágrimas rolam entre o público. Aplausos não. Injusto: Michael merece todo respeito, embora o que fizeram com a imagem dele – velório-show e filme-retalho-show, não seja realmente justo.

This is it não é para qualquer um. É para quem admira o cara que revolucionou a música e se tormou uma das figuras mais importantes do mundo. Eu gostei sim, embora tenha saído do cinema com a tristeza e a frustração de que nunca mais vou vê-lo ao vivo e a cores.

O Rei está morto mas sua música, ainda bem, está mais viva do que nunca.

É isso. Salve, MJ!

* This is it entra em cartaz mundialmente nesta quarta, 28.


Janaina Pereira

sexta-feira, outubro 23, 2009

30 dias sem ele



E eu fiz o possível para não sentir saudades. Não senti. O coração não palpitou, não tive tempo para isso. Não sei se acabou, mas não é mais como era antes.

30 dias sem ele foi o suficiente para eu perceber que é melhor deixar para trás o que não se pode empurrar para a frente.

Odeio homem indeciso.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 21, 2009

Vai começar tudo de novo


Voltei a SP para cobrir a Mostra Internacional de Cinema. Nada como o pique grandioso do Rio, mas algo honesto e digno. Não senti saudades da cidade, só de algumas pessoas.

Mas estou cansada, muito cansada. Vamos ver até quando aguento essa maratona.


Janaina Pereira

sexta-feira, outubro 16, 2009

Viajo porque te amo, volto porque preciso



Um dos melhores títulos de filme foi o nacional Viajo porque preciso, volto porque te amo . Contado de forma singular, do ponto de vista do narrador, que é o protagonista que só ouvimos a voz, e não vemos o rosto, o filme explica, lá pelo meio, o porquê do título.

No meu caso, a situação é ao contrário. Eu viajo porque amo e volto porque preciso. Tá na cara que eu amo o Rio. E quando me perguntam se gosto de São Paulo a resposta é a mesma: 'me acostumei'. Não desgosto de Sampa, pelo contrário. A cidade tem mil defeitos, mas é um lugar de oportunidades. Apesar de tudo, São Paulo nunca desistiu de mim, sempre me deu chance de trabalhar e crescer profissionalmente. Isso é o que importa, não vou viver de brisa.

Outro dia, almoçando com um amigo carioca, ele perguntou como era minha vida em São Paulo. Respondi que os dois primeiros anos foram muito difíceis. E que ainda é complicado. Vejam bem, se passaram quase nove anos e o meu discurso é o mesmo. São Paulo ainda me causa enjoo às vezes. Tanta picuinha, tanta disputa, tanta ganância... isso não é para mim. Estou lá para trabalhar e fim de papo.

E onde o Rio fica nisso tudo? Hoje eu nem sinto saudades da família e dos amigos... as pessoas estarão sempre lá, a gente se fala ou se vê de alguma forma. Eu sinto falta da cidade. Da praia, dos dias de sol, dos lugares que amo. Das minhas referências de vida. Não tenho referências em SP. Lá eu sou mais uma na multidão, sozinha, perdida, sempre correndo. Não tenho tempo para nada, vivo cansada, apenas sobrevivo.

Ai vem a turma do 'volta para o Rio'. Ok, para fazer o que? Ficar dsempregada como sempre fiquei aqui? Não há mercado de trabalho e, desculpem, eu não me acostumo mais a trabalhar no Rio. As coisas não funcionam. É tudo muito lindo, mas... eu não vou viver na praia e no cinema. Há mais coisas em jogo, minha carreira, por exemplo. Eu não estou nesta vida a passeio. Eu já passei dos 30, não existem ilusões: é jogar o jogo e vencer.

Ficar uma temporada no Rio como fiquei agora é um sonho. E sim, aqui eu sou realmente feliz. Mas, ultimamente, ser feliz não tem sido importante. As portas que se abrem e as oportunidades que surgem não são aqui. Só quem sai do umbigo carioca para o mundo sabe o que estou dizendo. Há pessoas que valorizam a felicidade e outras que valorizam a realização de alguns objetivos de vida. Eu valorizo ser útil e para mim trabalhar é de muita utilidade.

Viajo para o Rio porque amo minha cidade. Volto para São Paulo porque preciso trabalhar. A vida, definitivamente, não é como a gente quer. Se Deus perguntasse 'e aí, quer nascer paulsita rica?', responderia 'não, quero ser carioca de novo, desde que você me dê a chance de morar em São Paulo outra vez'.

Sempre serei dividida, sem identidade, com sotaque para uns, sem sotaque para outros. Mas eu sou assim e não me sinto mal por isso. E, pensando bem, o título do filme pode fazer sentido sim.

Viajo para São Paulo porque preciso, volto para o Rio porque te amo. Porque eu sempre volto. Eu vou, mas eu sempre volto.


Janaina Pereira

quarta-feira, outubro 14, 2009

Saiam da toca, meninos


Conversando com meu amigo Léo Francisco, cheguei a conclusão que o mundo acabou. Ele argumentou que o homem sai de casa mais tarde que a mulher, não gosta de morar sozinho e depois de grudar na barra da saia da mãe, gruda na da esposa. Pronto, o mundo realmente acabou.

De fato, os homens estão cada vez piores. Lerdos, bananas, molengas. Affe. Morar com os pais, depois dos 30, não dá. Sair de casa para casar, pior. Tem que morar sozinho, mesmo que por pouco tempo. Tem que viajar sozinho. Tem que se virar sozinho - isso é impossível, eles sempre arrumam uma empregada.

Os homens hoje em dia são cada vez mais dependentes. Maldita hora que queimamos aqueles sutiãs. Para que? Hoje as mulheres estão bem sozinhas, livres, leves e soltas. Não precisam casar para sair de casa, se sustentam, fazem o que querem. Eu adoro odiar arrumar casa, lavar roupa, louça, fazer comida. Adoro odiar ser dona de casa. Adoro porque não tenho que dar satisfação para ninguém do que faço ou deixo de fazer. E, confesso, eu deixo de fazer mesmo.

A sensação de liberdade que uma mulher tem é única, coisa que um homem jamais vai sentir. Porque eles sempre serão presos à uma barra de saia. Mas a culpa disso tudo é das mulheres, das mães, que criaram eles assim, incapazes de decidirem seus destinos sozinhos.

Gostaria que os homens dessem um grito de independência e fossem à luta. Nem vão quebrar a unha se lavarem a louça. Já não aprenderam a cozinhar? Então vão em frente, rapazes. Força. Vocês conseguem. Não sejam palermas, por favor. Mulher gosta de homem de atitude. E quem não consegue (con)viver sozinho, não consegue (con)viver com ninguém.


Janaina Pereira

segunda-feira, outubro 12, 2009

Romaria

Elis Regina

Composição: Renato Teixeira

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras

Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de
Romaria e prece
Paz nos desaventos

Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida (2x)

sexta-feira, outubro 09, 2009

Campanha: Jana fica no Rio!

por Wanderson Awlis


Campanha: Jana, fica!

Vamos fazer um abaixo assinado online e uma passeata na orla em frente ao Copacabana Palace (isso é tendência). HuUAhUAhuHAuHA ¬ Vou passar no retiro dos Artistas. Aposto que muitos vão assinar. HAuAHUAhuHAU

Só assim a Paloma vai poder usar o tão sonhado chapéu Panamá dela debaixo de um sol de 35º. :P HUAHUAhuHAUHAU ¬ E depois vocês podem partir para um choppinho e eu para a uma mirinda (vou dirigir). HAuahUAUahuA

quinta-feira, outubro 08, 2009

A credencial nossa de cada dia


Sou jornalista e tenho o direito de pedir credenciamento para acompanhar eventos da área que eu cubro como, por exemplo, o Festival do Rio. Claro que há o direito dos organizadores do evento negarem. E eu tenho o direito de não cobrir o que me foi negado.

No Festival do Rio tive tratamento de primeira.Fui credenciada sem estresse, tive acesso a todos os grandes cineastas presentes, e até o Tarantino que não veio, eu ia entrevistar. E não consegui nada porque esse ou aquele me ajudou, é fruto do meu trabalho, de correr atrás, de ir em busca do que quero.

Fico indignada com o pessoal que consegue credencial e vai dar um rolê pela cidade, não vê os filmes, e ainda fala mal - dos filmes e do evento. Cada um faz o que quer da vida, mas tanta gente querendo... e quem consegue não dá valor.

Hoje,último dia do Fest Rio, completo 45 filmes em 15 dias. Podia ter visto mais se tivesse melhor localizada, mas fiz muito para quem estava em sua primeira cobertura. Tenho orgulho de não ser nada e ter feito tanto, ao contrário de gente que falou tanto e não fez nada.

Se meu trabalho não é digno para cobrir a Mostra em SP, paciência. Cada um escolhe o jornalista que merece para estar presente em seu evento. Valeu Festival do Rio. Obrigada pelo carinho, hospitalidade e força. Foi um prazer trabalhar aqui.


Janaina Pereira

terça-feira, outubro 06, 2009

Redenção


Faltam 48 horas para acabar o Festival do Rio e estou só o pó. Cansada é pouco para meu estado de espírito. Eu estou fisicamente esgotada. Poderia ter feito mais coisas se tivesse mais dinheiro, mais apoio, mais planejamento. Mas acho que, para primeira cobertura, eu até me sai bem.

Já que a hora de partir está chegando - e eu vou me sentir muito triste quando tudo isso acabar - quero deixar agradecimentos públicos. Primeiramente, para o pessoal da organização. A Lilíam, assessora que cuida dos jornalistas, sempre solícita e tranquila. Ao pessoal do Pavilhão do Festival: Léo, Paulo, Françoise e ao Flávio, que me arrumaram computador, entrevistas, telefones e toda estrutura para eu fazer minahs reportagens. Vocês são 10. A minha amiga Luiza, a cinéfila-cobaia das minhas sessões-testes. Aos meus companheiros de sessões, os jornalistas Paloma Ornelas e Wanderson Awlis, pois sem eles não teria a menor graça esse Festival. E, claro, aos anônimos e desconhecidos que eu conheci nestes dias, gente que virou "amigo de Festival".

Aproveito e deixo um abraço ao pessoal do Odeon e do Estação que me tratou com dignidade respeitando minha credencial e ao pessoal do Espaço de Cinema... mais cordialidade da próxima vez! Eu estou ali trabalhando, não vou para ver filme de graça, ok?

Talvez eu nunca mais tenha outra oportunidade como essa, talvez isso seja apenas o começo... sei lá. Não tenho como prever o futuro. O presente, no entanto, tá assim: o Festival do Rio foi a minha redenção. Nenhuma pessoa neste planeta é mais feliz do que eu hoje.

Eu vou sentir saudades, especialmente de chegar em casa depois de 14 horas de trabalho e ter comida pronta e uma garrafa de 300 ml de água de coco. Nunca tinha vindo ao Rio a trabalho e agora vai ser muito complicado voltar para SP. Não sinto saudades de lá, nem da minha casa, nem da minha vida - só de algumas pessoas.

Por mim, todo dia seria dia de Festival do Rio. Mas a vida continua. Vou viver o meu momento por mais 48 horas. E depois... bem, depois a gente vê no que dá.


Janaina Pereira

sábado, outubro 03, 2009

Rio 2016



A Olimpíada é nossa. Não me venham com esse papo que o Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos. Uma ova. A Copa do Mundo é brasileira, mas a Olimpíada é carioca, tem sotaque sim senhor.

Quero meus direitos, sou carioca e nem venham tentar tirar isso de mim. Estava dentro do Cine Odeon, vendo Natimorto - e a tentativa suicida do Mutarelli de ser ator - quando ouvi os gritos na Cinelândia. Imediatamente comentei com meu amigo Wanderson - o Rio ganhou!

Eu não levava muita fé, sempre apostei em Madri, jamais em Chicago. Mas como não moro na cidade, não participei da campanha - quando rolou a Rio 2004 eu era defensora ferrenha, agora faço minhas ressalvas, sei que vamos pagar a conta desse prejuízo mas, já que ganhou, vamos comemorar. Não sou do contra, apenas realista, mas meu amor pelo Rio está acima de tudo e de todos que ousam dizer qeu não tenho mais sotaque.

Por falar em sotaque, os paulistas convidados para o Festival do Rio debandaram para a praia de Copacabana para ver o anúncio da escolha da sede. Fiquei pasma, mas entendo porque eles nunca vão ter o privilégio de serem escolhidos como sede olimpica - e se algum dia forem, não vão comemorar na praia, claro.

Então é isso, Rio 2016, lá vamos nós. Com sotaque de carioca - da gema, marrento e matando o Brasil inteiro de inveja.

Sorry.


Janaina Pereira

quinta-feira, outubro 01, 2009

Enfim, Almodóvar

Ontem foi um dia cheio de surpresas no Festival do Rio. Pelo menos para mim. Era o dia que mais esperei, afinal, ia ver Almodóvar. Mas, antes do meu cineasta preferido, vi Como desenhar círculos perfeitos, um filme português muito, muito ruim. Odiei. A história era pesada – irmão apaixonado por irmã – mas até aí, eu já sabia que ia rolar um clima tenso. Só que a narrativa lenta, devagar quase parando, faz o filme ser um tédio.

Imaginem um filme que começa com uma cena de quase 10 minutos de dois irmãos aprendendo a beijar no espelho. Precisa ser uma cena tão longa assim? E que tal o irmão vendo a irmã com um cara e tendo uma crise: ele sai correndo pela rua, na chuva, e corre, corre, corre por uns cinco minutos. Para que tudo isso? A cena do incesto, então, nem se fala. Durou quase 15 minutos. Um exagero. No cinema, como na vida, menos é mais. Mas não posso reclamar: foi meu primeiro filme realmente ruim neste Festival.

Na sequência vi Distante nós vamos, do Sam Mendes. Filme legal, sem grandes pretensões, mostrando Mendes com sua hsitória de praxe – o casal americano de classe média – mas em versão doce. Bacana ele estar se reiventando. Mas nada se compara ao susto que levei ao ver Abraços Partidos, novo longa de Pedro Almodóvar estrelado pela musa Penélope Cruz (foto da dupla no lançamento em Festival de Cannes).

O diretor continua com seu jeitinho especial de ver o mundo e, especialmente, as mulheres. Mas algo mudou em Almodóvar. Está mais maduro, sereno, cicatrizando feridas sem tratar de assuntos polêmicos com sua habitual delicadeza. Fiquei chocada, quando o filme acabou me senti vazia, tentando entender porque a cena que eu jurava que ia acontecer… não aconteceu.

E Penélope Cruz? Os meninos que me perdoem, mas eu acho a atriz com cara de fiunha. Porém, tenho que admitir, é incrível como Almodóvar a transforma. Pelas lentes do diretor, ela vira mulherão, linda, absoluta, grandiosa. Penélope está deslumbrante. Sua personagem é fascinante e, tá, vou admitir, eu também queria ser uma personagem de Almodóvar: mulheres apaixonantes e apaixonadas.

Este Festival está marcado por grandes diretores mudando o rumo de suas carreiras, fazendo coisas diferentes sem deixar a essência que os marcou de lado. Almodóvar, mais uma vez, é um exemplo que a gente pode continuar sendo sempre o mesmo, mas acrescentando um olhar novo para a vida.


Janaina Pereira

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