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terça-feira, abril 17, 2018

Adiante


Quando eu tinha 16 anos, minha melhor amiga descobriu que era portadora de uma doença rara. Na época ela me pediu para não contar a ninguém da nossa escola, e eu mantive a promessa. Durante dois anos eu a visitei semanalmente, na casa dela, em hospitais, sem nunca faltar. Nas visitas conversávamos sobre muitas coisas, menos sobre sua doença. Na última vez que nos vimos ela me pediu desculpas por não poder conversar muito. Dias depois ela morreu.

Muitos anos se passaram e ainda sou aquela garota que se preocupa com os outros. Não espero nada em troca, eu sou desse jeito mesmo. Solidariedade e gratidão são palavras que sempre fizeram parte da minha vida - e quando eu realmente precisei, tive poucas, mas boas pessoas ao meu lado. O fardo é muito pesado, e o peso eu talvez já não consiga mais suportar - mas serei capaz de aguentar mais essa, porque eu sou assim. É da minha natureza.

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