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sexta-feira, novembro 17, 2017

Pec 181

O ano era 2006. Na entrevista de emprego para ser redatora do site de uma ONG pelos direitos da mulher, me perguntaram se eu era a favor do aborto. Minha resposta foi: depende. Essa resposta me fez conseguir o emprego que, tempos depois, me ajudou a enfrentar um ex-namorado que me ameaçou de morte; e me deu também a oportunidade de acompanhar de perto a aprovação da Lei Maria da Penha.

Dito isso, o meu 'depende' daquela época permanece até hoje - e ele foi dito por um motivo muito óbvio: a mulher tem o direito de abortar em caso de estupro. Eu sei que é uma vida que está ali, porém filhos devem ser frutos de amor, não de violência. Dar a mulher a chance de decidir se deve ou não ter esse filho é o mínimo que se pode fazer. Entendo que existe questões religiosas envolvidas, e não julgo ninguém, mas minha opinião permanece a mesma: estupro é crime, e ter um filho a partir de um ato violento como esse não pode fazer bem a ninguém.

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