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quinta-feira, junho 22, 2017

Crespa


Quem me conhece desde o Rio sabe que eu adorava fazer escova no cabelo no dia do meu aniversário. Uma vez, em um salão perto da casa da minha mãe, o cabeleireiro disse que era impossível fazer escova no meu cabelo. "Seu cabelo é muito ruim", falou o cara, com desdém. Indignada, fui em um salão na Rua Santa Luzia, no Centro, perto de onde eu trabalhava, e fiz a melhor escova da minha vida.
Essa é só uma das histórias que tenho para contar sobre ter cabelo crespo/cacheado. O preconceito é visível aos olhos. Já não faço escova, porque não curto mais. Porém, quando era moda o alisamento japonês e todas as minhas amigas cobravam isso de mim, só uma se manteve fiel aos cachos junto comigo. Danny Reis, minha querida amiga que divide vários inboxs sobre onde e como cortar nossos cabelos. Porque, sei lá, o Brasil é um país de gente de cabelo liso e escorrido. Até parece.
Para concluir o textão, sempre que me perguntam 'você nunca pensou em fazer jornalismo na TV' minha resposta é a mesma: "Não vou alisar meu cabelo para aparecer na TV". Maju e Zineide, sobreviventes, mas cadê a juba da Fátima Bernardes, né? Se a pessoa alisa o cabelo e é feliz com isso, que bom. Mas não sou obrigada. Não quero. Não vou fazer. E sim, o texto no link diz muito sobre essa sina de ter 'cabelo ruim'. Já passei por tudo aquilo. Com o tempo, muitos cremes e bons profissionais consegui dar um jeito de olhar a minha cara e gostar dos meus cachos. Aí o agradecimento é para Kelly Casarin que me indicou um ótimo profissional em SP que revolucionou minha vida. Depois disso, nunca mais escova. Aqui está o texto que mostra todo o preconceito com os cabelos 'fora do padrão'. Leiam e vamos aprender que a dona do cabelo merece que ele seja respeitado como é. 



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