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quarta-feira, novembro 09, 2016

O mundo de Trump


Nunca fui fã dos EUA. Meus amigos mais próximos sabem disso: não acho NY encantadora, Los Angeles é a terra do cinema mas nem por isso me agrada, jamais escolheria férias nos States se posso ir para outros países da América do Sul, Ásia, África, América Central e Europa. 

Sem generalizar, a empáfia, a soberba e o gosto pela guerra sempre me incomodaram nos americanos (e peço desculpas aos meus amigos americanos, sei que nem todo mundo faz parte dessa estatística). Em meu twitter, faz semanas que descrevo a vitória de Donald Trump - e meu post de ontem não era profético, e sim uma visão realista dos fatos.

Não só os americanos, mas o mundo está assumindo sua face conservadora, machista, misógina, racista. Sempre digo que o ser humano é branco, magro, alto e heterossexual - qualquer pessoa que fuja disso será vítima de preconceito. Minha timeline está indignada, mas eu vivo além das redes sociais, e o que vejo (faz muitos anos), é exatamente isso. 

Sim, a coisa vai piorar. O direito de ir e vir é algo que incomoda muita gente, e aquela máxima 'vou morar fora e ser mais feliz, mesmo tendo subemprego' é algo que já foi captado pela ala política conservadora em todo o universo - e, para eles, é um 'mal' a ser eliminado. 

Também falo sempre 'me tratam bem porque sou turista, se um dia eu for morar, serei a latina roubando o emprego deles'. É assim que a maioria pensa. É assim que o mundo é. Sejam bem-vindos à realidade. O mundo está ao contrário faz tempo e só agora estão reparando. Olhando além da internet, estava tudo muito óbvio. As pessoas só tinham vergonha de assumir. Os americanos não são diferentes dos brasileiros, ou do povo do Reino Unido que votou para sair da União Europeia. 

Sinceramente, não acho que vivemos um retrocesso: a gente nunca evoluiu. Não como um todo, não como povo, não como planeta. Pessimista? Não, eu acredito ainda no ser humano, em uma minoria que deseja realmente algo melhor. Talvez a gente não vença o jogo no final, mas isso não significa que vou parar de lutar. Nasci na época da censura, sobrevivi até hoje aos preconceitos e não é um mundo conservador que vai me impedir de qualquer coisa. Provavelmente a vida ficará mais difícil, mas eu vou continuar fazendo a minha parte. Boa sorte, mundo (e a todo mundo, com trocadilho). A gente vai precisar.

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