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segunda-feira, janeiro 28, 2013

Spielberg e eu


Minha história de amor com o cinema começou quando eu tinha 4 anos, e fui ver Os Trapalhões no Planeta dos Macacos. Lembro daquela sala lotada no cinema Madureira 1, e eu encantada com a tela grande e o que vinha dela. O ano era 1978 e minha vida nunca mais seria a mesma.

Minha mãe sempre incentivou o meu gosto pelo cinema. Ficava horas na fila comigo para ver os filmes dos Trapalhões - coqueluche na época da minha infância - e foi ela quem me obrigou a ver um filme legendado logo que eu aprendi a ler. O filme era ET, do Steven Spielberg, e esse sim mudou definitivamente a minha vida.

Toda aquela mágica que ET proporcionava fez com que eu quisesse ir ao cinema sempre. O sempre era toda semana mesmo. Descobri, pelas colunas do Bonequinho do Globo, quem era o diretor de ET e queria ver todos os filmes que ele dirigia e/ou produzia. Assim, passei os anos 1980 devorando tudo que Steven Spielberg lançava nos cinemas.

Fui crescendo e descobrindo outros diretores. Tive uma identificação imediata com os filmes de Hitchcock, passei a admirar Scorcese e tantos outros, descobri que não consigo curtir Woody Allen, fiquei fascinada pelas cores de Almodóvar, mas Spielberg sempre foi o mais querido para mim.

Foi ele que me fez ser fã de cinema, que me ajudou a ter aquela sensação incrível de ver a luz apagar, e a telona abrir uma nova porta na nossa vida. Foi Spielberg que me transformou em cinéfila, com seu cinema de entretenimento, seu jeito de contar histórias mágicas que alcançam qualquer um. Mesmo quando tentou se mostrar 'um diretor sério', fazendo dramas épicos como Império do Sol - um dos meus filmes de guerra preferidos - ou O Resgate do Soldado Ryan, eu nunca o abandonei.

Hoje vejo claramente seus defeitos, essa mania de filme com final feliz, o jeito às vezes piegas e melodramático demais, mas que não apagam seu talento de fazer do cinema a diversão e a arte, como tem que ser. Não foi Fellini, nem Visconti, nem Kubrik, nem nenhum outro diretor lendário que me fez gostar de cinema. Foi o Spielberg mesmo, o cara que tem o talento sempre questionado, que faz filme para as massas, filhote da indústria cultural, pai do Indiana Jones e meu diretor favorito desde os meus 8 anos de idade.

Se hoje escrevo sobre cinema é unica e exclusivamente por causa dessa paixão que ele ajudou a cultivar, que os anos - e os outros diretores que me encantaram - só fizeram aumentar... Spielberg, para mim, sempre será o cara. Sem mais.

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