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quinta-feira, março 24, 2011

Diva


Anne Hathaway, que está no Rio de Janeiro divulgando a animação Rio, de Carlos Saldanha, é fofa. Mas nem ela, nem nenhuma atriz de sua geração tem a força e a beleza das grandes divas de Hollywood. Com a morte de Elizabeth Taylor nesta quarta, dia 23, o cinema perdeu não só uma atriz engajada e solidária, como a sua última diva.

Liz Taylor e seus belos olhos cor de violeta fazia parte do seleto grupo de estrelas hollywoodianas que sabiam dar ao cinema o glamour e o charme que ele merecia. Por causa de sua incontestável beleza, Liz nunca teve seu devido valor como atriz. Ganhou dois Oscars, é verdade, mas as confusões fora das telas, os casamentos e a beleza arrebatadora pareciam maiores que sua capacidade de se transformar na telona.

Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Londres, seu primeiro papel no cinema foi em “There’s one born every minute”, de 1942. Tornou-se uma estrela de Hollywood em “A mocidade é assim mesmo” (1944), aos 12 anos. Liz fez filmes até com Lassie, a cachorra mais famosa do cinema.

Aos poucos, porém, a criança prodígio virou uma mulher linda e talentosa. Meus filmes preferidos com ela são “Gata em teto de zinco quente” (1958), ao lado de Paul Newman, e “Assim caminha a humanidade” (1956), último trabalho de James Dean. Acho que em ambos Liz sobressai de um jeito só seu: a beleza está lá, mas o talento também é visível aos olhos.

O filme mais famoso de Elizabeth Taylor é “Cleópatra”, de 1963, quando ela tornou-se a primeira atriz a receber um cachê de US$ 1 milhão. Pois é, em 1998 Julia Roberts tornou-se a primeira atriz a ganhar US$ 20 milhões. Que coisa, né?

Foi durante as gravações de "Cleópatra", considerado um dos filmes mais caros de todos os tempos, que Liz se envolveu com o ator Richard Burton, um dos seus oitos casamentos (com Burton foram dois). O cartaz do filme imortalizou seus olhos violeta, com aquela maquiagem pesada que realçava o olhar magnético da atriz.

Apesar de "Cleópatra" ser considerado tosco, o fiasco do longa não abalou a carreira de Liz Taylor. Ela, que já tinha um Oscar por “Disque butterfield 8″ (1960), foi consagradada definitivamente em “Quem tem medo de Virgina Woolf” (1966).

O último filme em que trabalhou foi “These old broads”, de 2001, uma produção para a TV dirigida por Matthew Diamond.Elizabeth Taylor morreu aos 79 anos de insuficiência cardíaca congestiva. Estava em uam cadeiras de rodas desde 2005, mas mantinha seus projetos sociais, especialmente ajudando os portadores do vírus HIV - ela era um dos grandes nomes na luta contra a AIDS, que matou seu grande amigo Rock Hudson, nos anos 1980.

Ainda bem que o cinema imortalizou os olhos cor de violeta de Liz. Ainda bem que no cinema o tempo nunca vai passar para ela. Assim como fiquei muito triste com a morte de Paul Newman, a morte de Elizabeth Taylor parece deixar o brilho que o cinema tinha realmente no passado. Sorry, Anne Hathaway, você é fofa. Mas o cinema nunca mais foi o mesmo depois que aquela geração maravilhosa dos anos 1950/1960 envelheceu.

Mas, pelo menos, sempre teremos os filmes para matar as saudades de você, Liz. Sempre e para sempre uma diva.



Janaina Pereira

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