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quarta-feira, janeiro 26, 2011

Esse meu jeito estúpido de ser


Ah, tolinhos são aqueles que dizem: “mas você é muito boazinha.” Boazinha, eu !!?? Bem, se existe alguém no mundo – e pior que existe – que me acha boazinha, engana-se redondamente. Eu não nasci para ser heroína de novela das oito. Nem estrela de filme romântico. Jamais seria a mocinha de uma peça de teatro melodramática. Nunca.

Bom mesmo é ser vilã. É ser um tipo maquiavélico, cruel, mordaz. É por isso que não sou engraçada. Sou irônica. A ironia é muito mais divertida. Todos os vilões da história ganharam em charme de qualquer mocinha ou herói. Taí Odete Roitman em reprise no canal Viva fazendo o maior sucesso 22 anos depois! E Maria de Fátima não fica para trás, arrebentando novamente.

Os melhores heróis não são cheios daquele verniz da perfeição que tanto irrita. Luke Skywalker nunca teve 1% do carisma do interesseiro, irônico e imperfeito Han Solo. E o maior herói de todos os tempos, Indiana Jones, vivia sujo, maltrapilho, cheio de veneno na língua e destilando ironia e atitude. Até James Bond, hábil e conquistador, desfilava um humor cruel. Nenhum deles era vilão, mais fugia do estereótipo de heróis perfeitinhos.

Portanto, longe de mim ser heroína, mocinha romântica ou a garotinha boazinha que existe para alguns olhares desatentos. Minha língua é afiada e minhas garras também. Afinal, sou leonina. E nunca, nunca mesmo, fui um leão manso.



Janaina Pereira

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