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sábado, agosto 01, 2009

Seis anos depois


Lá se vão seis anos de Veneno da Gata. Um blog que nasceu para arquivar meus textos de 'publicitária que escrevia para sites de publicidade' - em especial o saudoso Trampolim, do André Gola e do Paulo Lisboa. Foi ali que comecei a expressar minhas ideias e - que surpresa! - as pessoas gostavam.

Escrevi tanto por aí que o Veneno surgiu para arquivar estes textos. Com o tempo, fui soltando a mão e largando o tema publicitário para falar da vida. Como boa observadora, escrevia, especialmente, sobre a difícil experiência de ser uma carioca em São Paulo.

Aos poucos, o blog ganhou fama. Fico impressionada com a quantidade de pessoas que acessam isso aqui. Até emprego já consegui graças a ele - devo ter perdido alguns também. Não sei o que faz as pessoas voltarem a este espaço, onde eu sempre sou muito cruel - comigo e com a vida. Raramente escrevo quando estou feliz. Quase sempre é um desabafo, um momento para xingar o mundo.

De qualquer forma, agradeço a todos os leitores que, ao longo destes seis anos e quase mil posts, fizeram do Veneno da Gata um lugar de inspiração. Ainda que seja para me achar insana, ou para dar apoio às minhas crises, ou para ter certeza que sou chata. Por aqui já passaram várias pessoas, homenageadas merecidamente na ocasião - e, a maioria, virou apenas um nome neste blog. Ainda bem que alguns sobrevivem, como meu querido amigo David Sales, o meu leitor mais fiel e uma das pessoas que mais me incentivam a continuar escrevendo.

Então tá, vamos para mais um ano de textos ardidos como pimenta. Mas de uma sinceridade que machuca e corta. Eu sou assim: falo o que quero, escrevo o que penso e sempre me ferro no final. Mas não vou mudar nunca, porque se eu não gritar, eu vou morrer. E o Veneno da Gata continua existindo pura e simplesmente para me manter viva.

Que venham outros seis anos. Por mim isso aqui vai ser eterno. Obrigada pelo carinho, sempre!


Janaina Pereira
Sempre atualizando o veneno :)

E aí está um dos meus poemas preferidos (e inspiração diária), que resume o que é este blog.


Eu fui à floresta porque queria viver deliberadamente
Queria viver profundamente
E sugar toda essência da vida
Acabar com tudo que não fosse vida
para que, quando minha morte chegasse,
Eu não descobrisse, que não vivi


(Thoreau)

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