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domingo, julho 26, 2009

Inimigos Públicos


Vários amigos queridos responderam agradecendo as citações no texto anterior. Quem me conhece sabe: eu sou assim mesmo. Conversando com a querida Parvati, concluimos que quando a gente gosta, releva muita coisa. Aí avaliei quantos pequenos atritos já tive com alguns amigos, e foi tudo superado por um simples motivo: eu gosto destas pessoas.

Mas algumas coisas não superei, algumas pessoas que um dia foram importantes ficaram para trás. Outras tentam conquistar meu coração, mas algo ainda impede que isso aconteça. Não sei explicar. Eu sou do tipo que faz amigos fácil, que gosta de todo mundo, que abre mente e coração para novas pessoas em minha vida. Aí vem alguém e abusa da minha boa vontade. Tenta fazer de mim um contato social, um trampolim para chegar a algum lugar - como se eu fosse importante para impulsionar alguém.

Eu não impulsiono, mas eu derrubo. Derrubo mesmo. Derrubo qualquer um que ouse magoar quem eu gosto, qualquer um que tenta me usar ou se aproveitar da minha boa vontade. Não gosto de gente picareta, que se faz de sonso e santo, que se acha, que anda por aí se exibindo. E odeio gente que se faz de meu amigo para me passar rasteira. Nem vem. Tenho cara de boba, mas boba eu não sou mesmo.

Por isso minha frase preferida é da Mae West - quando sou boa, sou muito boa, quando sou má, sou melhor ainda.

Quando eu gosto, eu amo mesmo, sou uma amiga leal, e para mim é indiferente conhecer você ontem ou desde sempre, eu gosto do mesmo jeito. Eu adoro gente, adoro conversar, reunir pessoas, jogar conversa fora, compartilhar minha vida insana com aqueles que fazem parte dela. E estou aqui sempre que meus amigos precisam. Mas eu detesto ser enganada, ver gente se aproximar de mim e depois partir sem mais nem menos, ao alcançar - ou não - seu objetivo.

Eu já me enganei demais com as pessoas, e não faz muito tempo que isso aconteceu de novo. Mais uma puxadinha de tapete básica, mas vamos levando. Fico com raiva de mim mesma ao lembrar que ajudei tanto a pessoa, e hoje ela desfruta de um certo prestígio graças a mim. Mas da mesma forma que está no topo, tenho certeza que vai cair. E espero que o tombo seja bem doloroso e deixe marcas profundas.

Mas não vou perder tempo com os inimigos públicos. Melhor falar dos amigos, as pessoas que valem a pena. Agradeço os elogios ao texto, mas as minhas palavras, da mesma forma que têm acidez, também podem ser doces e afetuosas.

E a amizade continua, distante ou mais perto, sempre com respeito e admiração, ainda que às vezes os amigos tenham atitudes com as quais não concordamos. Mas se o sentimento é verdadeiro, a amizade prevalece. Porque bons amigos não questionam uns aos outros. Afinal, se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las.



Janaina Pereira

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