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sábado, junho 13, 2009

O perfeito não existe


Difícil Luana Piovani passar desapercebida. Graças à sua beleza ou às suas atitudes polêmicas (e namorados idem), ela está sempre na mídia. Por isso não deixa de ser lúdico o papel da atriz no filme A mulher invisível, de Cláudio Torres. Ao mesmo tempo em que encarna a mulher ideal, Luana só é vista pelos olhos de Pedro, personagem do versátil Selton Mello (daí o título do filme). Com estes elementos, esta comédia romântica deve arrastar uma multidão aos cinemas e confirmar a boa fase das produções brasileiras – que vem apostando, com sucesso, em comédias simpáticas com atores carismáticos.

A história começa com o fim do casamento do controlador de trânsito Pedro que, desiludido, resolve se ‘fechar’ para o mundo. Um dia, sua vizinha Amanda (Luana) bate à porta de seu apartamento para pedir uma xícara de açúcar. Diante daquela jovem linda, sexy e simpática, Pedro se apaixona à primeira vista. Aos poucos, Amanda vai se mostrando a mulher ideal: dedicada, companheira, sempre disposta a ajudar o parceiro, ela está ao lado de Pedro a todo o momento – entende até de futebol! -, fazendo com que o rapaz se envolva cada vez mais.

Enquanto isso, Carlos (Vladmir Britcha), o melhor amigo do controlador de trânsito, começa a desconfiar deste romance. Cético, do tipo que nunca se relaciona seriamente, ele duvida que possa existir alguém tão maravilhoso que valha a pena se envolver. Para completar o ‘quadrilátero’ amoroso temos ainda a vizinha de Pedro, Vitória (Maria Manoella), que se apaixona por ele de tanto ouvi-lo pela parede do apartamento.

Mas Pedro não quer saber de nada do que acontece ao seu redor, até começar a desconfiar que Amanda é tão perfeita… que simplesmente não existe. A partir daí a história garante boas risadas, graças à atuação de Selton, especialmente nas cenas em que parece beijar e agarrar Luana, mas na verdade ele está contracenando com o vazio.

Apesar de tentarem ‘vender’ a ideia de que Luana Piovani rouba o filme – de fato, a coleção de calcinhas e sutiãs que ela desfila em cena são lindas, e a atriz está deslumbrante – quem carrega A Mulher Invisível nas costas é mesmo Selton Mello, mostrando porque, atualmente, sua presença é tão disputada nos filmes brasileiros. Vale citar também a atuação de Fernanda Torres, irmã do diretor, no papel de Lúcia, a irmã de Vitória. Divertida como sempre, Fernandinha dá show e tem as cenas mais engraçadas do filme.

A Mulher Invisível é uma comédia leve e despretensiosa, que mostra um Rio de Janeiro engarrafado, mas ainda belo, e personagens que a gente simpatiza facilmente. É daqueles filmes redondos (roteiro, direção, elenco, tudo funciona direitinho), em que se percebe o quanto foi prazeroso fazê-lo – da mesma forma que é muito legal assisti-lo.


Janaina Pereira

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