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sexta-feira, maio 29, 2009

Eu vi John Connor nascer


Não vi Watchmen, Wolverine nem Star Trek antes ou durante suas vidas cinematográficas. Mas Terminator 4 – ou O Exterminador do Futuro: A Salvação – é outra história. Tinha que ir hoje assistir - o filme estréia nacionalmente só no dia 5. Tinha que ir porque, entre outros motivos, eu vi John Connor nascer.

Adoro ficção científica e sou da geração que viu o futuro apocalíptico nos cinemas – e por isso tenho Blade Runner e O Exterminador do Futuro como alguns dos filmes mais marcantes da minha vida. Sou de uma época em que não se acreditava que o ano 2000 chegaria, o computador era o máximo da modernidade e o futuro seria sombrio. O Exterminador do Futuro simboliza tudo isso: o primeiro, lá de 1984, mostra um dos argumentos mais criativos do cinema – num futuro próximo, todos os humanos serão eliminados do planeta e as máquinas dominarão o mundo. Mas um homem, John Connor, lidera a resistência contra as máquinas. Para acabar com ele, a Skynet – que cria os Exterminadores – envia um modelo ao passado para matar aquela que será a mãe de John - Sarah. A Resistência, no entanto, manda um homem, Kyle Reese, para protege-la. E assim Kyle conhece Sarah e nosso futuro está garantido – e da franquia também.

Por isso hoje, com frio, garoa e sem casaco, mas com a companhia maravilhosa da minha amiga carioca Vivi, era impossível não ver O Exterminador do Futuro: A Salvação. O filme traz referências aos outros da série (a foto de Sarah, a música do Guns, pseudo-Schwarzenegger, John na moto, brigas cibernáticas no final), mas não atrapalha se você não viu nada – ou não viu tudo. Para os fãs, alguns vão dizer que o final é piegas, mas outros, como eu, vão embarcar nas duas horas de ação.

Já começa pela abertura apoteótica e deslumbrante, a trilha contagiante e muita força visual – fotografia e direção de arte impecáveis. A montagem é um assombro, assim como a edição. Tecnicamente o filme é muito bem feito, o que atrai e encanta. É ação pura, sem muito blábláblá.

O ano é o pós-apocalíptico 2018. Christian Bale dá corpo e alma a John Connor, o homem destinado a liderar a resistência humana contra a Skynet e seu exército de Exterminadores. Mas o futuro no qual Connor foi criado para acreditar é parcialmente alterado pela chegada de um estranho cuja última memória é a de estar no corredor da morte: Marcus Wright (Sam Worthington, apontado como mais brilhante que Bale no filme. Digo que ele tem uma boa história para contar dentro da história de Connor, mas Bale é Bale e não se apaga nunca).

Para quem não quer saber mais detalhes do filme, O Exterminador do Futuro: A Salvação é bom pra caramba, daqueles que fazem a gente esquecer a hora e, quando acaba, dá vontade de ver de novo. E de novo. E de novo.

Cuidado! Spoiler

Mas se você seguiu na leitura, vamos lá: Connor precisa determinar se deve ou não confiar em Marcus – porque Marcus é um ciborgue programado para se infiltrar entre os resistentes, e matar Kyle Reese – ainda jovem – e Connor. A questão é que Marcus não sabia exatamente quem era, e acaba ganhando a confiança de nosso salvador.

Enquanto isso, a Skynet prepara seu massacre final. Connor e Marcus embarcam numa odisséia que os levará até o centro das operações da Skynet, e ali se decide o futuro e o passado da humanidade. O final – com o coração de Marcus salvando a vida de Connor – pode não ser digno do filme e da série, mas are espaço para um novo capítulo da franquia.

O original – que vazou na internet e por isso foi modificado – mostrava a morte de Connor, e o ‘reaproveitamento’ de sua pele na máquina Marcus. Seria bem interessante, no fim de tudo, saber que John Connor morreu para nos salvar e virou ciborgue. Mas o que temos agora é John vivo, com coração forte, coração de exterminador, é verdade, mas vivo.

Ele é John Connor. E estamos aqui para continuar lutando contra as máquinas. O fim está próximo. Mas sempre haverá um novo Terminator para fazer John nos salvar.

(E, enquanto isso, os cariocas – que vão dominar o mundo – dominam São Paulo, né, Vivi?)


Janaina Pereira

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