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quinta-feira, maio 21, 2009

Anjos, demônios, correrias, mistérios e afins

O Código da Vinci foi um livro tão badalado, mas tão badalado, que me senti na obrigação de ler. O best-seller, de fato, prende a atenção, mas está longe de ser bom. Já nas primeiras páginas, era perceptível a intenção do autor Dan Brown: levar a história para a telona. Não demorou para Ron Howard comprar os direitos do livro e escolher Tom Hanks para o papel de Robert Langdon no cinema.

O Código da Vinci, o filme, até foi bem nas bilheterias mas ganhou críticas no mundo inteiro. Não faço parte dessa legião de odiadores do Código. Para mim, o filme resume bem o livro, embora foque mais nas correrias do que na história polêmica. O que me incomodou mais foi a escolha de Hanks (com um cabelo lastimável) para o papel principal – adoro ele, mas Tom não é Robert em hipótese alguma.

Mas, antes de Código virar best-seller, Dan Brown havia feito algo muito parecido no livro Anjos e Demônios. Sem sucesso, o livro seria reeditado depois da ‘DaVincimania’. E, obviamente, agora virou filme. O lançamento mundial é nesta sexta, dia 15, e se você está ansioso para saber se o filme é melhor ou pior que o Código, fique tranqüilo: Anjos e Demônios (Angels & Demons), o filme, é muito bom. E eu tenho vários motivos para gostar dele – a começar pelo fato de não ter lido o livro.

Não li e nem quero ler, é bom frisar. Acho o Dan Brown péssimo, sempre repetindo a formulinha professor pseudo-Indiana Jones, pentagrama, terra estrangeira, mulher forte que impulsiona o herói, ciência x religião… ah,demais para mim. O cara é tão previsível e repetitivo que cansa. Mas o filme não tem nada a ver com isso. Parece que é pouco – ou menos – fiel ao livro, porém isso também não importa. O filme funciona como entretenimento puro e simples, por isso vale muito a pena.

A história se passa um ano antes da aventura de Langdon na França – roteiro de O Código da Vinci – é bom frisar isso porque o filme dá a sensação que a aventura acontece depois da passagem de Langdon pelo Louvre. O professor é levado até o Vaticano para ajudar a descobrir o paradeiro dos quatro cardeais mais cotados para a sucessão papal. – o Pontífice morreu e estão todos esperando a fumaça branca. Em terras italianas ele descobre indícios de algo inimaginável: a assinatura marcada no corpo de um físico assassinado no CERN, um grande centro de pesquisas na Suíça, é um ambigrama, palavra que pode ser lida tanto de cabeça para cima quanto de cabeça para baixo e pertence aos Illuminati, uma poderosa fraternidade considerada extinta há 400 anos (qualquer semelhança com Código não é mera coincidência).

De posse de uma nova arma devastadora, roubada do tal centro de pesquisas, os Illuminati ameaçam explodir a Cidade do Vaticano e matar os quatro. Correndo contra o tempo, Langdon se une a Vittoria Vetra (Ayelet Zurer, a bela da vez), que trabalhava com o físico assassinado, para tentar salvar a vida dos cardeais e de todos que clamam por um novo Papa na Praça São Pedro.

Juntos, eles percorrem a cidade do Vaticano sem correrias, mas com um roteiro redondinho, daqueles que fazem a gente pensar, torcer e – isso foi o melhor – rir. Tom Hanks segura a onda e o filme com piadinhas sarcásticas, poucas mas convincentes cenas de ação e sem topete. E ganha um companheiro de cena à altura: Ewan McGregor está ótimo como o camerlengo Carlo Ventresca, que ajuda Langdon em sua peregrinação em busca da verdade.

São mais de duas horas de uma história não tão polêmica como Maria Madalena ser um dos apóstolos, mas que garante muita diversão – com direito a reviravolta básica no final (não me surpreendeu, mas apenas porque já conheço a ‘fórmula Dan Brown de escrever’). Entre criptas, igrejas e catedrais, o filme transcorre sem atropelos mas com dinamismo perfeito para encher de alegria corações sedentos por um bom entretenimento.

Anjos e Demônios prova que Dan Brown é ruim mesmo, então, não leia o livro e vá direto ao cinema.Vai ser muito mais prazeroso e divertido.



Janaina Pereira

Comentários
amiga....tenho que discordar de vc. eu li os dois livros e amei muito. vi os dois filmes e tb gostei, não é legal qto o livro mas vale a pena. sou suspeita, confesso. mas nao tive nenhum desejo de ler outras obras do autor. os temas nao me empolgam. bjos
 
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