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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Quando Keanu Reeves nos salvou


Ontem fui à pré-estreia (olha eu aí na reforma ortográfica!) do filme O dia em que a Terra parou. Mas não foi uma pré-estreia qualquer. Convidados pela LG, eu, Ju, Re e Bruno enfrentamos uma fila quilométrica, cercados por moçoilas maquiadas e rapazes bem vestidos no elegante Kinoplex do Itaim. Comemos pipoca de graça - menos o Bruno, que não gosta de pipoca, mas ainda assim é gente boa -, bebemos coca-cola de graça e a Re ainda levou um celular - de graça - para casa. Uma diversão só.

Ah, o filme? Bem, o filme é assim: em 1951, Robert Wise – que depois ficaria conhecido por dirigir, entre outros clássicos, Amor Sublime Amor e A Noviça Rebelde – contava nos cinemas a história de um alienígena que é mandado à Terra para alertar os humanos do perigo iminente, mas sua mensagem é mal interpretada pelas autoridades, que passam a persegui-lo. Tudo isso acontecia no início da Guerra Fria, o que dava à história um contexto político sensacional. Foi assim que O dia em que a Terra parou se transformou em clássico da ficção científica. Assisti quando era adolescente, ou seja, faz muito tempo, mas lembro que achei o roteiro bem legal - e os efeitos especiais, embora simplórios, não agrediam a história. A mensagem de paz que o filme passa é bastante atual e, talvez por isso, o diretor Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) quis fazer esta refilmagem. Mas, cá entre nós, o filme é daqueles que impressionam na telona por sua grandiosidade, mas passa batido. Comparado ao primeiro, é um fiasco.

Dessa vez é Keanu Reeves quem faz o papel do alienígena Klaatu. Inexpressivo, numa mistura de Matrix e Homens de Preto, ele não me convenceu. Mas confesso que o moço está em forma, magérrimo, altíssimo - fiquei com a impressão de que ele estava mais alto neste filme - e sempre com a mesma cara amarrada. A mocinha é a bela Jennifer Connely, também muito magra, apenas passeando seus olhos - mais belos do que os de Maysa! - pela tela. E com um cabelo impecável que nunca sai do lugar apesar dos solavancos que leva. Ainda tem o filho do Will Smith, que em boa parte da trama encheu o saco.

O roteiro? O alienígena Klaatu (Reeves) aterriza no Central Park, acompanhado de um robô que reage à violência, para salvar o planeta da destruição. Mas sua recepção não é nada amistosa. Ferido e capturado pelo governo americano, o extraterrestre consegue fugir com a ajuda da cientista Helen Benson (Connely). Klaatu segue então para, a qualquer custo, cumprir seu objetivo: preservar todas as espécies do planeta, menos o homem. Mas será que os seres humanos não mereceriam uma segunda chance? Cabe à Helen tentar convencer o alienígena que a nossa raça tem salvação.

Sem grandes emoções, o filme vai nos levando, ao longo de 93 minutos, a uma mensagem ecológica - eu identifiquei a causa sustentável lá. Eu preferia a causa política. E identifiquei também merchandising agressivos e incômodos - alienígena no Mcdonald´s é de doer. Mas, pensando bem, o ser humano pode mudar sim. Isso não significa que a gente tem salvação ou que vamos salvar o Planeta.


Outra crítica minha no site Herói



Janaina Pereira

Comentários
Adorei o "Inexpressivo, numa mistura de Matrix e Homens de Preto" kkkkk não assisti mas deu pra ter uma ideia.
 
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