Veneno da Gata

The day after


para ler ouvindo "The fool on the hill", dos Beatles.


Ontem foi, oficialmente, o último dia da faculdade. Embora alguns amigos queridos ainda estejam amarrados aos corredores da Uninove, eu me libertei. Dentro de um mês serei bloqueada na catraca, e não poderei visitar os amigos que ficaram por lá - mas confesso que não vou sentir muitas saudades do universo acadêmico.

Cercado de inveja e maledicência, a faculdade se mostrou pior que a mais cruel empresa. Já trabalhei em muitos lugares, conheci muitas pessoas de índole duvidosa, mas poucas vezes vi tanta maldade junta no mesmo espaço. Ainda assim, tive a sorte de encontrar as pessoas que mudariam para sempre a minha vida. Porque até os mais ignorantes, diante de tanta estupidez, me fizeram párar e pensar no que realmente valia a pena.

Se tem uma coisa que aprendi ao longo da minha vida - e eu tenho muito orgulho de ter 34 anos e poder dizer isso - é que devemos deixar o passado no passado. E de lá ele não vai sair. Pessoas, tristezas, mágoas, amarguras, rancores, isso não tem mais espaço na minha vida. A Uninove é página virada.

Ficam lembranças divertidas, algum aprendizado aqui e ali, uma solidariedade fora do comum, e as pessoas que amarei para sempre. Carrego em meu peito a dor de não mais conviver diariamente com alguns dos meus mais amados paulistanos, que acreditam em mim mais do que eu mesma. Diante da saudade latente, só me resta dizer, de novo, obrigada. Mas... agradecer a quem mesmo?

A Val, a Mari, ao Edson, a Camila, ao Wellington, a Guilene, a Karina, a Diana, ao Will, ao Jorge, a Elisa, ao Fabinho, a Brisa, ao Valter, a Pri, a Danielly, ao Diogo, a Janis, ao Lakes, ao Cassiano, a Bá, a Lísia, a Ivy, a Li, ao Erik, ao moço do brigadeiro, ao moço do pastel e a todos os barraqueiros da porta da Uninove Vergueiro, ao pessoal da padoca, ao metrô São Joaquim, ao Copo D'água, aos botecos da região, ao pessoal da copiadora, ao McDonald's e ao Habib's.


Janaina Pereira