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terça-feira, setembro 16, 2008

O porquê das coisas


Publicitário não gosta de jornalista e jornalista não gosta de publicitário. Nesta briga eterna, quase como um Rio x São Paulo da Comunicação, eu estou ali, no meio, espiando. Quando me perguntam qual a minha profissão, respondo, sem rodeios: publicitária. Será que vou dizer 'jornalista' depois que me formar? Realmente não sei.

Voltando ao túnel do tempo: eu queria ser jornalista esportiva quando tinha 16 anos, fiz vestibular para jornalismo e publicidade (porque eu gostava de publicidade também), aí passei para PP... e me apaixonei. Adorava fazer anúncios, especialmente para jornal. Mas eu fui cansando, cansando... vim para São Paulo, trabalhava como redatora - por isso o codinome do e-mail - e de repente comecei a escrever para jornais, revistas, sites... e todo mundo publicitário dizia que eu era a 'jornalista-publicitária'.

Queria voltar a estudar, ia fazer Letras, resolvi fazer Jornalismo por persuasão - e esse é o motivo de dedicar minha monografia ao Clauber, a Gi e ao David, os três responsáveis pela volta às aulas e pela escolha. E agora estou a meses do fim - faltam três meses! - e eu não sei para onde vou.

Eu sempre serei publicitária. Isso não muda, eu só sobrevivi até hoje graças a esta profissão. Publicidade me deu timing, títulos que vendem, persuasão e um olhar muito crítico que sempre vê o leitor como target. Jornalismo é muito mais uma causa, um idealismo, a minha vontade de mudar o mundo.

Recentemente fiz um artigo para a faculdade, para a aula de Prospecção e Atualização Profissional, em que eu tinha que descrever o papel do jornalista no século XXI. Sinceramente, para mim não importa as mudanças do mundo, o jornalista ainda é o cara que tem que relatar os fatos e todas as suas versões. Seu papel não mudou e não vai mudar. Ele ainda é o fio condutor da história. Não é o cara que vai atrás de celebridades nem fica interessado em quem está com quem - ele é a figura que está ali para contar a história do mundo.

Foi por puro idealismo que eu optei por este curso, por acreditar que pessoas e idéias podem mudar o mundo. Porque o poderoso jogo continua e você pode contribuir com um verso.

Qual será o meu verso?


Janaina Pereira

Comentários
Janaína,
como você, também sou redator, só que de publicidade. Não tive dúvidas entre o jornalismo ou publicidade, vim direto para a segunda opção.
Como você, também vim do Rio e estou "penando" nessa adaptação na terra da garoa.
Como você, também senti alguns olhares tortos, maldosos e até preconceitusos pra cima de mim.
Como você, peguei o emprego de algum Paulista aqui.
Como você, sinto falta do Rio e de todos que deixei por lá.
Queria muito te conhecer e trocar algumas palavras.
Como você, me sinto só as vezes, e quem sabe a compania de uma Carioca me faça sentir menos saudades da cidade maravilhosa.
Bjus, qualquer coisa me manda um email.

rafa3rios@gmail.com
 
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