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quinta-feira, agosto 14, 2008

Vitória


Fiquei chateada com a perda do bronze do novato Eduardo Santos e da veterana Edinanci. Pessoas humildes com histórias de superação, eles mereciam. Mas a vida é assim, a gente não ganha todos os dias, precisa aprender a levantar quando cai e, principalmente, dar a volta por cima mesmo quando todo mundo acha que você já está acabado. Foi triste ver nossos atletas fora do pódio, mas tenho certeza que eles ainda têm coisas boas pela frente. E cehgar até onde chegaram foi sim uma vitória.

Apesar das aparentes derrotas que a vida nos impõe, também temos momentos em que fica claro a força divina sobre nós. Foi o que vi ontem, na final dos 100m livre, quando o desacreditado - pelos outros, jamais por mim, que escrevi neste blog que ele tinha chance de medalha - César Cielo saiu do oitavo tempo para o terceiro, o terceiro do mundo, do pódio, é bronze. Empatado com o fenomenal americano Lezak - aquele que deu o segundo ouro de bandeja pro Phelps no revazamento 4x100 livre - nosso Cesão só ficou atrás do francês Alan Bernard e do australiano Eawan Sullivan, que andam duelando para saber quem bate mais vezes o recorde da prova... brilhante é pouco... foi realmente uma façanha.

Fiquei muito, muito, muito feliz com o bronze do César Cielo. Uma mostra que na vida não importam o que os outros digam ou pensem de você: importa quem você é e o que você faz. Enquanto muitos jornalistas diziam que Cielo teve o pior tempo das semifinais, que os outros nadadores eram imbatíveis, que ele só tinha chances no 50m livre, o nosso nadador foi lá e fez o que tinha que ser feito. Acreditou. Não deu ouvidos a ninguém, a não ser ao seu coração que dizia: faça o seu melhor. E ele fez.

E hoje tem Thiago, com reais chances nos 200m medley. E amanhã tem mais Cielo. E o atletismo vai começar. E ainda tem o Diego.

Ainda temos mais algumas madrugadas insones por aí. E algumas lições de vida para quem insiste em só enxergar os defeitos dos outros, e não vê os seus. Para quem acha que falar mal de outra pessoa é a única diversão que se tem.

Aliás, outro dia ouvi que a única vantagem de saber que te invejam é porque só se inveja quem é bom. Se fosse ruim, ninguém teria inveja. Então, muita inveja para os atletas brasileiros. Porque quem é bom tem mais é que vencer, vencer e vencer. Nem sempre a recompensa no final é uma medalha. Mas a sensação de ter se superado e ter feito o seu melhor é muito boa e, com certeza, vale a pena.



Janaina Pereira

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