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sexta-feira, abril 18, 2008

Hitchcock


Alfred Hitchcok é meu diretor preferido, aquele que inspira minha paixão por cinema desde pequena, o cara mais magistral da telona. Nunca ganhou um Oscar, mas sempre fez sucesso. Seus filmes são eternos, e eterna foi sua ousadia. E é por isso que adoro ele. Sempre foi ousado, sempre arriscou, sempre fez mais do que um filme: ele fez clássicos.

Eu nunca fui fã do Woody Allen, por exemplo. Sempre gostei do Spielberg, apesar de todo mundo dizer que ele é comercial demais. Mas Spielberg criou o maior herói do cinema, Indiana Jones, e por isso eu serei eternamente grata pela criatividade dele. Adoro o Clint Eastwood, o Scorcese, o Fellini, o Ang Lee, o Almodóvar (meu preferido entre os diretores atuais) e tantos outros... mas ninguém supera Hitchcok. Por isso, esta lista é só de filmes dele, que é, disparado, o melhor entre os melhores.


1 – FESTIM DIABÓLICO - Em Nova York, Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger) assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele. Com toda a frieza e arrogância, resolvem provar para eles mesmos suas habilidades: escondem o cadáver em um grande baú, que serve como mesa no meio da sala de estar do apartamento deles, durante uma festa. Mas, um professor de ambos (James Stewart, meu ator preferido!) começa a desconfiar da dupla. Foi o primeiro filme colorido do diretor Alfred Hitchcock.- O filme foi todo realizado em tomadas de 10 minutos e editado de tal forma que se tem a impressão que não houveram cortes durante as filmagens. Ao invés de Hitchcock aparecer numa ponta, como em vários outros filmes dirigidos por ele, surge aos 55 minutos apenas seu logotipo em um letreiro de néon, que pode ser visto através da janela do apartamento onde ocorre toda a ação. O roteiro foi inspirado no caso Leopold-Loeb, dois estudantes da Universidade de Chicago que cometeram um assassinato de forma bem parecida com a mostrada no filme.


2- DISQUE M PARA MATAR - Em Londres, um ex-tenista profissional decide matar sua mulher, para poder herdar seu dinheiro e também como vingança por ela ter tido um affair um ano antes, com um escritor que vivia nos Estados Unidos, mas que, no momento, está na cidade. Ele chantageia um colega de faculdade para estrangulá-la, dando a entender que o crime teria sido cometido por um ladrão. Mas, quando algo sai muito errado, ele vê uma maneira de dar um rumo aos acontecimentos em proveito próprio. Estrelado pela atriz preferida de Hitchcock, Grace Kelly. Perto dos 13 minutos de Disque M Para Matar, o diretor Alfred Hitchcock aparece no canto esquerdo de uma fotografia. Ele colocou propositalmente Grace Kelly usando vestidos em cores brilhantes no início do filme, para, aos poucos, ir escurecendo o tom de suas roupas.


3 – INTERLÚDIO - Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que a convence a ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, para investigar nazistas amigos do pai dela. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano. A tradicional aparição do diretor Alfred Hitchcock surge com aproximadamente uma hora de filme, em meio à festa realizada na mansão do personagem Alexander Sebastian.


4 – PSICOSE – Marion Crane (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega em um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono, Norman Bates (Anthony Perkins). Marion nem desconfia que o lugar tem segredos que podem mudar sua vida para sempre. Clássico de Hitchcock, um dos filmes mais famosos do mestre do suspense, que usou de genialidade em técnica cinematográfica para criar cenas do mais puro terror sem explorar a violência explícita. O roteiro foge do convencional, com poucos diálogos, se desenvolvendo quase que totalmente nas imagens. O som ouvido do facão encravando no corpo de Marion é, na verdade, o som de um facão encravando em um melão. O sangue na cena do chuveiro é apenas calda de chocolate. Psicose custou apenas US$ 800 mil e faturou mais de US$ 40 milhões nas bilheterias. Foi filmado em preto e branco por opção do próprio Alfred Hitchcock, que considerava que, a cores, o filme ficaria "ensanguentado" demais.Uma verdadeira obra-prima.


5 – OS PÁSSAROS - A pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, vive momentos de terror quando milhares de pássaros se instalam na localidade e começam a atacar as pessoas. Os Pássaros não possui trilha sonora. Por causa disto, o compositor Bernard Herrman, colaborador de Hitchcock em grande parte de seus filmes, aparece nos créditos apenas como "consultor de som". No final, não aparece o tradicional "The End" por opção do próprio Alfred Hitchcock. A intenção do diretor era passar ao público a impressão de que havia um terror sem fim no filme.



Janaina Pereira

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