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terça-feira, setembro 11, 2007

Pela Via Láctea, estrada tão bonita


Até ontem, o jornalismo científico não tinha me atraido. Talvez pela complexidade do assunto, ou porque eu já decidi que economia e cultura são mais divertidos. Mas, de repente, lendo sobre a Supernova de Shelton – em 24/02/1987, o astrônomo Ian Shelton, da Universidade de Toronto, viu, a olho nu, no Observatório de Las Campanas, no Chile, um brilho diferente na Grande Nuvem de Magalhães (galáxia-satélite da Via Láctea). Era uma supernova – estrela em explosão - , a mais próxima entre as observadas desde 1604 - percebi que essa área foi a que sempre me fascinou.

Desde pequena, eu queria entender o universo. Adoro astronomia, mas nunca me aprofundei no assunto. Existe algo mais lúdico do que a conquista do espaço? Como fã de ficção-científica, sempre gostei do assunto. Lembro da febre do cometa Halley. Era 1986 e ninguém viu o cometa passar. Mas era notícia. Assim como as viagens espaciais, cujos lançamentos pela NASA causavam sensação mundo a fora. Até a explosão da Challenger, o homem invadia o espaço como se ele fosse todinho seu. E a gente via tudo pela TV.

Mesmo com as teorias de que nunca colocaram aquela bandeira americana na Lua, olhamos para o céu e queremos saber o grande enigma da humanidade: de onde vim e para onde vou? Ainda que seja fascinante, a ciência está longe de ser compreendida. Vejam só, citei aqui alguns assuntos que fizeram parte do meu universo infantil, dos quais me lembro com clareza. Porém, nunca pensei em me aprofundar no assunto. Talvez porque nunca foquem nesses assuntos da maneira certa, justamente para a gente não saber o que acontece.

Além da conquista espacial, a ciência envolve, hoje mais do que nunca, os problemas ambientais, as descobertas revolucionárias no campo da saúde, e o meu assunto preferido: genética. Pois é, eu amava as aulas de biologia só porcausa da genética. O dia que descobri o porquê dos genes castanhos de meus olhos foi uma revolução em minha vida. Eu tinha só 16 anos. Onde a minha fascinação pela ciência se perdeu?

Deve ter sido no cinema. O dia em que enfiei na cabeça que eu só sabia escrever sobre isso, foi o dia em que enterrei meu amor pelo espaço, pelas estrelas, pelo misterioso universo. Ainda que o jornalismo científico seja algo fora da minha realidade, é bom retomar o gosto por um assunto fascinante, mas subestimado pela mídia.



Janaina Pereira

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