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quarta-feira, agosto 01, 2007

Cinco


Estamos entrando no quinto ano do blog. São 681 posts, entre dicas de cinema, músicas para ler e ouvir, desabafos, alegrias, saudades, suspiros, amores e dores. Muito antes do blog ser moda, muito antes de todo mundo querer ter um, muito antes de pseudo-jornalistas supostamente escreverem matérias, muito antes da maledicência e da bisbilhotice, eu já estava por aqui, com intuitos bem diferentes.

Este blog sempre foi um veículo de reprodução para os artigos que eu escrevia para diversos sites. Um trabalho que começou no saudoso Trampolim, do André Gola e do Paulo Lisboa, pessoas que guardo com carinho em meu coração. Sinto saudades das dúzias de textos publicitários e das centenas – eram centenas mesmo – de emails de jovens publicitários de todo o Brasil pedindo dicas da profissão.

O negócio ficou sério, os artigos foram além da propaganda, e olha aonde viemos parar. Mesmo com as inclinações jornalísticas, não me rendo a escrever matérias aqui, ou copiar minhas reportagens. Aqui é lugar de filosofar, criticar, expressar opiniões, levantar o astral e a poeira. Nem mudo o layout do blog, é o mesmo desde que começou em 1 de agosto de 2003. Não há fotos, e houve uma época que nem havia comentários. É apenas a minha visão do mundo, e as pessoas têm o direito de não concordar com ela, mas isso também não importa porque eu não estou aqui para agradar as pessoas.

Não gosto de escrever sobre política, nem tragédia, nem bizarrices. Escrevo bobagens, faço poesia ocasionalmente – já fui bem mais poetisa nessa vida! – e destilo veneno e farpas. A intenção não é levar nada a sério, nem o mau humor esporádico ou a alegria constante. O negócio é ser escancarado no afeto e sutil nas desarmonias. É mostrar sem deixar ver. É escrever nas entrelinhas.

Este blog sobrevive porque existem os curiosos, existem os xeretas, e existem os que os que gostam de mim. Mas todos têm em comum uma coisa: gostam do que eu escrevo. Eu sei que é duro de admitir, mas se não gostassem, não teriam o trabalho de vir aqui ler. Ler e comentar, concordando ou não com o que escrevo. Ou ler e se calar. Mas, de um jeito ou de outro, sempre voltam aqui.

O “Veneno da Gata” já teve alguns posts dedicados a pessoas que hoje nem fazem mais parte da minha vida. Mas alguns continuam aqui, citados com freqüência, ou ocasionalmente, mas estão aqui. O melhor é ler os textos antigos e perceber quanta coisa passou, quanta coisa mudou, mas que a força das palavras continua a mesma.

Porque como diz meu poeta preferido, Walt Whitman, palavras e idéias podem mudar o mundo. E é exatamente por isso que estou aqui, e é só por isso que esse blog existe.

Ah, e claro, a vida continua - cada vez mais - cheia de amor, som e fúria.



Janaina Pereira

Comentários
PARABÉNS!!!
Puxa 5 anos, é muita coisa.
ops, e eu sou leitora assídua, muitas vezes não comento, pq vc tem posts de dispensam coemntários de tão bons.
Então continue, faça 10,15 anos; 1000 posts, mas sempre escreva. Esse é seu talento.

bjos
 
Walt Whitman sempre me lembra você! Parabéns, e todo sucesso que sempre mereceu e sempre acreditei que conseguiria. Você é uma guerreira e pude ver como tudo começou, seus primeiros "rabiscos" e essa louca necessidade de escrever e escrever e escrever ...
Um beijo
com carinho
Paty
 
Omedetou gozaimasu!! (Parabéns!!)
5 anos é coisa pra kramba!!
E tomara que tantos outros anos se passem e vc continue com o blog!!

Bjosss
 
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