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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Pequeno grande filme


Finalmente consegui ver “Pequena Miss Sunshine” (Little Miss Sunshine, EUA, 2006), o road movie mais divertido dos últimos tempos. Melhor representante do cinema independente norte-americano, o filme dirigido pela dupla de novatos Jonathan Dayton e Valerie Faris vem desbancando “Babel”, de Alejandro Gonzalez Iñarritu – já comentado neste blog – nas principais premiações do mundo cinematográfico. E todos os prêmios são mais do que merecidos. Deliciosamente surpreendente, o filme agrada por sua maneira sensível e sincera de retratar uma família desajustada – como a maioria das famílias é, mas não gosta de admitir.

O inteligentíssimo roteiro do estreante Michael Arndt mostra a complexa família Hoover. O pai, Richard (Greg Kinnear), desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso. O filho mais velho Dwayne (Paul Dano) fez voto de silêncio. O cunhado Frank (Steve Carrell) é um professor suicida e o avô (Alan Arkin) foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Enquanto isso, a mãe, Sheryl (Toni Collete), corre de um lado para o outro tentando manter a família unida. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas. Durante um fim de semana eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada.

O filme explora com humor os surtos de cada membro da família, sem deixar de lado a emoção. Extremamente criativo, “Pequena Miss Sunshine” é uma surpresa após a outra, e parte de seu sucesso é credito de seu precioso elenco. Greg Kinnear (“Melhor é impossível”) e Toni Collete (“O sexto sentido”), eternos coadjuvantes de luxo, se saem muito bem como o pai que não aceita perder e a mãe que tenta colocar a família nos eixos. Steve Carrell e Alan Arkin estão memoráveis e o novato Paul Dano surpreende ao transformar seu Dwayne num ‘mudo’ cheio de expressões. Mas a grande atração é a adorável Abigail Breslin. A menina, de apenas sete anos, dá um show com seu rabo-de-cavalo enorme, sua barriguinha e seus óculos gigantes. A cena final é uma das melhores da história do cinema com direito a performance inesquecível da pequena Abigail.

Foram necessários cinco anos até que o filme fosse concluído, devido a problemas financeiros. Mas valeu a pena esperar: a produção foi indicada a quatro Oscars – filme, ator e atriz coadjuvantes (Arkin e Abigail) e roteiro original – e tem muitas chances de vencer. Aliás, se o roteiro não ganhar vai ser muito injusto – e como o Oscar não é justo, pelo menos o filme já ganhou outros prêmios importantes.

É impossível não se divertir com “Pequena Miss Sunshine”, um raro caso de filme que diverte sem o menor esforço. E que já entra, disparado, na minha seleta lista dos melhores do ano.


P.S.: Este filme é mais uma dica certeira de Fabinho Camargo! E este post é o número 600 do meu blog!!!


Janaina Pereira

Comentários
Realmente, nossos cineminhas são um sucesso!! =D
E eu não sei o que é melhor: tomar milk-shake de ovomaltine conversando com você ou assistir a vários filmes com você ao meu lado.
Tô na dúvida, mas tenho quase certeza de que qualquer coisa contigo por perto é maravilhoso.

Beijoooo musa!
 
Hum...rs
Sabe, lá na dp de portuga pediram pra fazer uma resenha sobre "Zuzu angel" quase pensei em pedir pra vc escrever pra mim! huauhauha
Não posso tirar nota ruim nessa DP!rs
Mas acho q me saí bem!

Beijos
 
Hum...rs
Ontem tive que fazer uma resenha sobre o filme "zuzu angel" para a Dp e pensei em pedir pra vc! huauhauha...
Se sabe né, nessa dp naum posso tirar nota ruim! uhauhahua
Mas acho que me sai bem!rs
Ah, parabens pelo número 600! Eu ainda estou no post número 24! uauhauha...Número do will, diga se de passagem!rs

Beijos jana!
 
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