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terça-feira, fevereiro 27, 2007

Enfim... the Oscar goes to ... Martin Scorsese


Ufa... até que enfim! A Academia de Artes e Ciências de Hollywood resolveu esquecer todos esses anos em que esnobou Martin Scorsese, um dos maiores diretores norte-americanos de todos os tempos, e resolveu conceder a esse nova-iorquino acelerado o Oscar de melhor diretor. Assim como já aconteceu com Steven Spielberg e Clint Eastwood, Scorsese teve sua noite de redenção.

A festa da 79ª edição do Oscar reservou algumas surpresas. O mexicano “O Labirinto do Fauno”, de Guillermo Del Toro, ganhou três dos seis prêmios a que concorria, mas não levou a estatueta na categoria em que era favorito: a de melhor filme estrangeiro – perdeu para o alemão “A vida dos outros”, de Florian Henckel von Donnersmarck.

Dois filmes repletos de indicações decepcionaram na abertura dos envelopes: “Babel”, do mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu, e “A Rainha”, do inglês Stephen Frears, ficaram com um Oscar cada – o argentino Gustavo Santaolalla ganhou pela trilha sonora de “Babel”, e a favorita Helen Mirren venceu como melhor atriz por “A Rainha”. Mas estava na cara que Iñarritu não ia vencer: o diretor estava sentado em local pouco privilegiado – os favoritos sempre sentam na frente - até Nicole Kidman, que não concorria a nada, estava mais perto do palco que ele. Além disso, o astro de “Babel”, Brad Pitt, não deu às caras na festa – numa clara demonstração de insatisfação por não ter sido indicado.

O filme mais indicado da noite, “Dreamgirls”, de Bill Condon, que concorria a oito Oscar, ganhou apenas dois: melhor som e melhor atriz coadjuvante para a novata Jennifer Hudson.
Forrest Whitaker confirmou o favoritismo e levou o prêmio de melhor ator por sua atuação em “O Rei da Escócia”, sendo aplaudido de pé pelo seu principal concorrente na categoria, o elegantíssimo Leonardo DiCaprio.

Entre os roteiros, os favoritos também venceram: William Monahan ganhou pela adaptação de “Os Infiltrados” e Michael Arndt venceu pela originalidade de “Pequena Miss Sunshine”. A comédia independente, que concorria a quatro prêmios, ainda levou mais um: o veterano Alan Arkin ganhou como ator coadjuvante.

Mas a noite era mesmo de Scorsese. O diretor de clássicos como “Taxi Driver”, “Touro Indomável” e “Os bons companheiros” ganhou o duelo contra Clint Eastwood – para quem perdeu a estatueta de melhor diretor em 2005. E enquanto o filme de Eastwood, “Cartas de Iwo Jima” terminou a noite com apenas um prêmio (efeitos sonoros), o filme de Scorsese ganhou quatro dos cinco Oscar a que concorria: diretor, roteiro adaptado, montagem e filme, e o diretor ainda recebeu seu Oscar das mãos de Francis Ford Coppolla, Steven Spielberg e George Lucas.

Apesar de “Os Infiltrados” não ser o melhor filme de Martin Scorsese, não há dúvida que é melhor do que “Babel” – mas não tão bom quanto “Pequena Miss Sunshine”. Aliás, a melhor cena da noite veio da fofa da Abigail Beskin – a estrelinha de “Pequena Miss Sunshine” – e sua cara de tédio durante a festa. Essa menina sabe das coisas.


Janaina Pereira

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