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quinta-feira, dezembro 28, 2006

Segredos marcados no corpo


Adoro tatuagens. Nem tanto nos outros, mas em mim, virou quase um vício. Já tenho quatro, todas estratégicas, discretas e com mensagens subliminares. Elas falam entre si, e são a minha cara. Mas nunca ninguém vê as quatro tattoos ao mesmo tempo. E não pensem que elas estão localizadas em algum lugar impublicável. É que, à primeira vista, ninguém nota. Nem na praia. Tá, só se eu estiver sem roupa, mas isso é para poucos, porque não fico pelada na frente de qualquer um.

Minha primeira tatuagem foi muito especial. Ganhei de presente da minha amiga Parvati, e simboliza, de fato, quem sou. O mais engraçado é que pouca gente a vê, e até hoje ela é motivo de surpresa – mas quem olha , percebe que é a tattoo que mais combina comigo.

A segunda foi a mais dolorosa, a maior de todas e certamente a mais polêmica. Às vezes alguém a descobre, e vem sempre a piadinha. Mas eu não ligo, e gosto dela. Talvez seja a mais sexy, porque tatuagem é sexy, e isso não dá para negar.

A terceira tattoo é a mais visível, e por isso mesmo a mais difícil de me adaptar. Escolhi o braço direito para escrever Maktub, a expressão árabe que significa ‘está escrito’ – e essa eu posso contar o que é porque todo mundo vê, já que ando sempre com o braço descoberto. Volta e meia acho esquisito vê-la em fotos ou no espelho, mas ao mesmo tempo ela é uma marca muito forte da minha personalidade e tinha que estar exatamente onde está.

A quarta tatuagem, aparentemente, quebra a linha de raciocínio das demais – eu comecei a formar um pergaminho no corpo, com mensagens cifradas que só alguns privilegiados conhecem. Mas, talvez, seja a tattoo mais delicada e mais enigmática – só quando eu explico as pessoas entendem.

Falta espaço no meu corpo para fazer o que ainda quero. Não tenho coragem de tatuar, por exemplo, as minhas costas – vontade é o que não falta. Queria mesmo fazer aquelas tattoos gigantes, que cobrissem as costas, mas não vai rolar. Não combina comigo, e se há uma coisa que respeito, é meu corpo – minha acupunturista diz que a tatuagem é uma agressão, mas eu mantenho minha dignidade fazendo coisas que combinem com meu jeito magrelo de ser.

Todas as tatuagens foram pensadas e decididas após muita reflexão, para que eu não me arrependesse delas. E eu adoro todas. Impossível lembrar de mim como eu era antes. Eu sempre fui esse corpo tatuado, só que antes não era visível para mim! E nada de baboseiras: não escrevo nome de ninguém, não homenageio pessoas. Minhas tatuagens apenas representam quem sou eu. Todas, sem exceção, fazem parte da minha personalidade e por isso são especiais.

Agora eu aticei a curiosidade de 100% dos leitores masculinos do blog e a inveja de 80% das leitoras – os outros 20% são minhas amigas que conhecem as tattoos. Fazer o que? O mistério faz parte do encanto. E eu não faço tatuagens para os outros verem. Eu faço para mim (excelente desculpa para manter o segredo e despertar ainda mais a curiosidade alheia ).


Janaina Pereira

Comentários
Tá vendo? A musa da tatuagem! :)

E ninguém, nunca, vai ver a minha tatuagem, também. Foi feita prá mim há muito tempo, e permanecerá lá, prá mim. Só prá mim!
 
quando eu fizer a minha vai ser um placa de proibido estacionar!
 
Se existe inveja saudável, então estou sentindo! hahahaha Faço parte dos 80%?? rsrs
Pq eu tb curto tatuagem, mas ainda não tive coragem - nem grana - para fazer a minha. E tb, como pretendo ir para o Jp, prefiro esperar eu voltar de lá pois lá o preconceito das tatoos é mais forte, os japoneses são mais conservadores né? E eu que não quero comprar uma briga com eles assim que eu chego! rsrs

Eu nem curto tanto as grandonas, que cobrem boa parte do corpo...Mas confesso que tem umas que combinam com a pessoa, aí fica legal!

A sua, a única que é visível rsrsrs, eu achei bem orginal!

Eu penso em fazer uma coisa que não é tão original:os Kanjis de "Mil", "Amor" e "Beleza" que formam meu nome japonês, Tiemi.
 
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