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segunda-feira, junho 12, 2006

Olá, estranho


“Olá, estranho” é a primeira frase dita por Alice (Natalie Portman) no filme “Closer – Perto Demais”, do Mike Nichols. Frase perfeita, que define toda história: somos todos estranhos quando o assunto é relacionamento. Sempre gostei muito desse filme, um dos melhores que já vi. Adaptado de peça teatral, tem diálogos fortes e inesquecíveis. E no meio de toda aquela história em que ninguém sabe quem ama quem, sempre me identifiquei com a Alice. Agora, mais do que antes.

Para quem ainda não viu o filme, talvez esse texto não faça sentido. Quem viu, vai entender melhor. A história? Complexa, como as relações humanas. Quatro pessoas jovens e belas têm suas vidas entrelaçadas numa rede de amor, traição, mentiras e dores. Dan, o personagem de Jude Law, é o típico jovem bonitão que não sabe o quer da vida, muito menos quem ele quer na vida. Anna, papel de Julia Roberts, é a fotógrafa bem-sucedida que não sabe muito bem o que fazer quando ama. Se é que ela sabe, de verdade, o que é o amor. Larry, o médico vivido por Clive Owen, é o típico homem manipulador de sentimentos e situações. E Alice, a stripper de Natalie Portman, é a jovem sonhadora que tenta se reinventar em outro país, acredita no amor e ama com toda intensidade que seu coração permite. Qual deles é você?

Revendo “Closer”, percebi que os diálogos marcantes do filme – que são vários – reforçam que amor e dor, embora não devessem andar lado a lado, andam juntos cada vez mais. E para citar Alice, quase meu alterego, eu também nunca deixei alguém que ainda amava. Mas, talvez, as pessoas deixem alguém que ainda gostem por um único motivo: egoísmo, como define Dan.

Exatamente como Alice diz para Dan, depois de todas as burradas que ele cometeu ao longo do filme, eu teria te amado para sempre. Acho que depois de dizer isso – e de ouvir também – nada mais precisa ser dito.

Eu teria te amado para sempre.

Adeus, estranho.



Janaina Pereira

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