segunda-feira, junho 05, 2006
O dito e o não dito
Dizem que um bom jornalista deve apurar os fatos. E apuração de fatos não é uma coisa fácil. Correr atrás da informação, tentar ouvir os dois lados de uma mesma história, buscar a veracidade dos acontecimentos. Sempre se pode mudar os fatores, e em muitos casos, a ordem dos fatores altera o produto.
Jornalista não é um cara que sai por aí falando o que quer, escrevendo o que quer, muito menos acusando quem quer. Ultimamente vemos que os jornalistas estão na linha de fogo. Muitas matérias estão sendo questionadas por causa da falta de coerência de suas informações. Publicar algo apenas para escandalizar não é jornalismo. É sensacionalismo.
É preciso se dar conta que o dito pode mudar rumos, destruir vidas, magoar pessoas. E o não dito pode ocultar uma dolorosa verdade, que muitas vezes é necessária ser calada. Mas para se ter certeza do que se fala, ou do que se escreve, ou do que se publica, é importante conhecer os dois lados da história. Isso é uma questão de ética.
Um bom jornalista desconfia até de suas fontes, porque precisa checar se o que elas dizem é coerente. Afinal, as fontes também podem mentir, distorcer e omitir. Lembro sempre da cena de "Todos os homens do presidente" em que uma má interpretação de um código de uma fonte gerou uma enorme confusão para os jornalistas Woodward e Beinstein. Jornalista que não faz verificação pode ser acusado de calúnia e difamação.
Os mocinhos e bandidos existem nos romances e nas novelas. Na vida real existem pessoas com sentimentos e histórias de vida destruídas por conta de falsas notícias. Uma mentira fez a Escola Base fechar e seus donos serem acusados, injustamente, de abuso sexual a menores de idades. Era mentira. A imprensa não apurou os fatos e destruiu a vida de pessoas inocentes. E quando a verdade veio à tona, já era tarde demais.
Bons jornalistas buscam a verdade acima de tudo. Não acreditam em tudo que vêem, muito menos em tudo que ouvem. Bons jornalistas pensam duas vezes antes de publicar uma notícia; apuram e verificam acontecimentos, fontes e fatos. Furo de reportagem mentiroso gera processo. Bons jornalistas devem se preocupar com o dito. Mas devem, principalmente, verificar o não dito.
Janaina Pereira
Dizem que um bom jornalista deve apurar os fatos. E apuração de fatos não é uma coisa fácil. Correr atrás da informação, tentar ouvir os dois lados de uma mesma história, buscar a veracidade dos acontecimentos. Sempre se pode mudar os fatores, e em muitos casos, a ordem dos fatores altera o produto.
Jornalista não é um cara que sai por aí falando o que quer, escrevendo o que quer, muito menos acusando quem quer. Ultimamente vemos que os jornalistas estão na linha de fogo. Muitas matérias estão sendo questionadas por causa da falta de coerência de suas informações. Publicar algo apenas para escandalizar não é jornalismo. É sensacionalismo.
É preciso se dar conta que o dito pode mudar rumos, destruir vidas, magoar pessoas. E o não dito pode ocultar uma dolorosa verdade, que muitas vezes é necessária ser calada. Mas para se ter certeza do que se fala, ou do que se escreve, ou do que se publica, é importante conhecer os dois lados da história. Isso é uma questão de ética.
Um bom jornalista desconfia até de suas fontes, porque precisa checar se o que elas dizem é coerente. Afinal, as fontes também podem mentir, distorcer e omitir. Lembro sempre da cena de "Todos os homens do presidente" em que uma má interpretação de um código de uma fonte gerou uma enorme confusão para os jornalistas Woodward e Beinstein. Jornalista que não faz verificação pode ser acusado de calúnia e difamação.
Os mocinhos e bandidos existem nos romances e nas novelas. Na vida real existem pessoas com sentimentos e histórias de vida destruídas por conta de falsas notícias. Uma mentira fez a Escola Base fechar e seus donos serem acusados, injustamente, de abuso sexual a menores de idades. Era mentira. A imprensa não apurou os fatos e destruiu a vida de pessoas inocentes. E quando a verdade veio à tona, já era tarde demais.
Bons jornalistas buscam a verdade acima de tudo. Não acreditam em tudo que vêem, muito menos em tudo que ouvem. Bons jornalistas pensam duas vezes antes de publicar uma notícia; apuram e verificam acontecimentos, fontes e fatos. Furo de reportagem mentiroso gera processo. Bons jornalistas devem se preocupar com o dito. Mas devem, principalmente, verificar o não dito.
Janaina Pereira
Comentários
Quanto mais me aproximo da graduação, mais me assusto com a situação da nossa profissão... Escrevi algo nessa linha sobre o Orkut como fonte no Observatório.
Mas, não vamos esmorecer! Senão, o que será de nós?
Sigamos na luta! Com certeza não somos muitos mas, também, não estamos sós!
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Mas, não vamos esmorecer! Senão, o que será de nós?
Sigamos na luta! Com certeza não somos muitos mas, também, não estamos sós!