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quarta-feira, junho 28, 2006

Fenomenal


Desde que a Copa do Mundo começou a imprensa pega no pé do Ronaldo, ex-Ronaldinho, aquele que dizem ser o Fenômeno. Massacrado pelas críticas, fora de forma – e não poderia ser diferente por causa da contusão que o deixou mais de um mês parado – sem a mesma agilidade em campo, o jogador foi cobrado ao extremo. Para a maioria das pessoas ele estava, literalmente, caindo aos pedaços. Mas nada disso justificava o desrespeito da imprensa e da torcida.

Ronaldo, que brilhou na Copa de 2002 depois de inúmeros problemas no joelho, tem currículo vencedor. Só pelo que já fez pela seleção não merecia ser vaiado, como aconteceu no jogo de estréia do Brasil nesta Copa. Mas é claro que, bastou um gol na segunda partida da fase de classificação, para a imprensa se acalmar. E a partir daí veio uma sucessão de gols, importantes e decisivos, que fizeram todo mundo calar a boca. Esse é o Ronaldo: gordo ou não, um vencedor, um cara que está sempre no lugar certo, na hora certa.

Assim como na Copa de 2002, quero muito ver o Brasil ser campeão só por causa dele. O Ronaldo merece, e principalmente, a imprensa e a torcida merecem levar este tapa com luva de pelica. Ver o Brasil hexacampeão com gols decisivos dele é a melhor forma de retribuir a falta de respeito que se instalou a sua volta. Curiosamente, nosso outro Ronaldo, o Ronaldinho Gaúcho, melhor jogador do mundo, não jogou nada até agora, mas não tem o mesmo tipo de tratamento que Ronaldo Nazário recebeu quando não correspondia nas partidas.

Ronaldo não tem a classe de Zinedine Zidane, a malícia de Romário ou o oportunismo do Klose, por exemplo. Mas ele sempre fez a diferença, sempre lutou até o fim, tem talento, é matador. Ele é o cara. E sorte da seleção brasileira que tem o Ronaldo. Em forma ou não, ele ainda é o nosso grande artilheiro. Ainda que a imprensa e a torcida insistam em diminuir sua importância.


Janaina Pereira

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