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sábado, maio 20, 2006

Adeus?

Está todo mundo indo embora. Vou chegar no Rio e olhar para minhas referências, cadê? Partiram. A Nilda se foi, a Pati se vai... todo mundo vai ganhar o mundo... vai sair fora dessa vidinha chata que nos reservam aqui.

No dia que fui embora do Rio, deixei para trás 26 anos da minha vida. Meus amigos, parte essencial da minha história, ficaram perdidos no tempo. No começo era desesperador: toda vez que eu ia para lá era uma correria para me ver. Aos poucos as pessoas foram sumindo... partindo... eu fui cortando os laços, deixando tudo na lembrança.

Outro dia olhava as fotos dos meus aniversários. Lembrei dos papos intermináveis com a Patricia, minha amiga desde sempre. Os lanches no McDonald´s com a Simone. A night com a Lu e a Nilda. As festinhas na casa da Cintia e da Alê. As festonas com a Dani e a Cinthia. Os chopinhos com a Dani King. Os almoços com a Luiza, os passeios com o Marco, as palestras com o Mauro e o Alexandre, a praia com a Chris, o shopping com a Cida e a Carmen.

Lembro como se fosse hoje o dia que a Simone falou que acreditava mais em mim do que nela mesma. Sempre foi assim: eu era a referência no bom e no ruim; aquela que podia brilhar intensamente mas cair na depressão em menos de vinte quatro horas.

Tudo isso acabou, o tempo tratou de deixar na lembrança.

Eu não sei por onde andam meus amigos. Mas sei que eles às vezes escrevem ou ligam, às vezes querem saber porque eu sumi. Talvez seja melhor assim, sumir no tempo, para sumir para sempre.

Mas eu amo vocês. Por tudo que foram, por tudo que são, e por tudo que sempre serão na minha vida.

Meus amigos que me apoiaram quando eu disse: vou embora do Rio. Hoje eles também estão partindo ... para o mundo.

A gente se vê um dia. E eu serei sempre a mesma: o rosto cheio das sardas do sol, o sorriso aberto, os passos rápidos, o jeito estúpido de ser.

Essa coisa meio louca, meio menina, meio fera, sempre ferida. Esse jeito que enfurece mas conquista. Chata, exagerada, reclamona até o último fio de cabelo cacheado. Insuportável. Grilo falante, mala sem alça, estabanada, desbocada, furiosa. Assumidamente desaforada. Que diz com toda a delicadeza que coloca o pau, que não tem, na mesa. Que não tem papas nas línguas, que não mede esforço para agradar e desagradar. Aquela mulher que não tem medo de dizer o quanto ama cada um de vocês.

Saudades meus amores, meus amados, meus amigos.


Janaina Pereira

Comentários
Saudade..
Eta palavrinha ....
Sinto saudades... Da época em que tudo podia fazer.. sem nada temer...
Mas....

Beeeeeeeeeeeeeeeeeejo!
 
Gosto de dizer que a saudade é hóspede permanente do meu coração. Sinto saudade da minha terra, o Rio Grande, principalmente quando venta em São Paulo. (apesar deste vento nunca chegar aos pés do minuano)
Sinto saudades do tempo de escola, do tempo de criança, quando eu podia ficar no colo da mamãe. Agora naõ posso mais, agora preciso dar colo, apesar de saber escrever melhor do que consolar.
Mas de quem eu era, não, disso eu não sinto saudades.
Apareça lá no meu blog, tenho postado com mais frequencia.

beijos
 
"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração"

Como seriamos sem os nossos amigos, apesar de distancia de nos separa, a lembrança é sempre o meio de nossos companheiros.
nem a distãncia e nem o tempo apaga momentos felizes com os amigos... tb tenho saudades de alguns, seja os que estão no sul, ou no interior, como tb aqueles que são vizinhos, mas que pela vida corrida. saudades são extintas frente ao computador.

bjos e consolo do seu mais novo amigo paulista!
 
... e saiba que sempre estará comigo, seja na Cidade Maravilhosa ou em qualquer lugar da Via Láctea.
Sinto sua falta, mesmo ... e tento acreditar que a distância que criamos entre nós duas seria uma forma disfarçada para suportar a saudade.
Um grande beijo
Paty
 
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