terça-feira, março 21, 2006
Um cineasta na Academia Brasileira de Letras
Nelson Pereira dos Santos tornou-se no último dia 9 de março o primeiro cineasta eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele recebeu 27 dos 38 votos possíveis e agora ocupa a cadeira 7, vaga com a morte do diplomata e escritor Sérgio Côrrea da Costa. O ex-governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima e o diplomata Dário Castro Alves, que concorriam com Nelson, tiveram cinco e dois votos, respectivamente. Quatro imortais se abstiveram da votação.
A eleição de Pereira dos Santos foi polêmica. Apesar de contar com o apoio da maioria dos integrantes da ABL, questionou-se o fato do cineasta ter publicado apenas um livro,“Três Vezes Rio”, uma reunião de seus roteiros. O acadêmico Eduardo Portella, um dos maiores defensores da candidatura, disse que Nelson é um escritor porque o artista pode escrever também com a câmera. Já o presidente da ABL, Marcos Vilaça, lembrou que a contribuição do cineasta para a literatura foi transpor para o cinema as obras de Graciliano Ramos e Jorge Amado.
Aos 77 anos, Nelson Pereira dos Santos é considerado um dos maiores cineastas brasileiros. Desde sua estréia com “Rio 40 graus”, em 1955, quando inaugurou o movimento do ‘Cinema Novo’, vem alcançando reconhecimento do público e da crítica por sua contribuição à sétima arte. Dois de seus filmes mais importantes foram baseados em livros: “Vidas Secas” (1963) e “Memórias de um Cárcere” (1984), ambos de Graciliano Ramos. Ele também adaptou “Tenda dos Milagres” (1977) e “Jubiabá” (1987), de Jorge Amado. Em abril, seu mais recente filme chegará às telas nacionais: “Brasília 18%”, que narra os bastidores da política e ainda mostra um amor intrigante e o desvendamento de um crime.
Sobre a sua eleição, o cineasta disse: “acho que é um reconhecimento da Academia à posição do cinema na cultura brasileira.”
Janaina Pereira
Nelson Pereira dos Santos tornou-se no último dia 9 de março o primeiro cineasta eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele recebeu 27 dos 38 votos possíveis e agora ocupa a cadeira 7, vaga com a morte do diplomata e escritor Sérgio Côrrea da Costa. O ex-governador da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima e o diplomata Dário Castro Alves, que concorriam com Nelson, tiveram cinco e dois votos, respectivamente. Quatro imortais se abstiveram da votação.
A eleição de Pereira dos Santos foi polêmica. Apesar de contar com o apoio da maioria dos integrantes da ABL, questionou-se o fato do cineasta ter publicado apenas um livro,“Três Vezes Rio”, uma reunião de seus roteiros. O acadêmico Eduardo Portella, um dos maiores defensores da candidatura, disse que Nelson é um escritor porque o artista pode escrever também com a câmera. Já o presidente da ABL, Marcos Vilaça, lembrou que a contribuição do cineasta para a literatura foi transpor para o cinema as obras de Graciliano Ramos e Jorge Amado.
Aos 77 anos, Nelson Pereira dos Santos é considerado um dos maiores cineastas brasileiros. Desde sua estréia com “Rio 40 graus”, em 1955, quando inaugurou o movimento do ‘Cinema Novo’, vem alcançando reconhecimento do público e da crítica por sua contribuição à sétima arte. Dois de seus filmes mais importantes foram baseados em livros: “Vidas Secas” (1963) e “Memórias de um Cárcere” (1984), ambos de Graciliano Ramos. Ele também adaptou “Tenda dos Milagres” (1977) e “Jubiabá” (1987), de Jorge Amado. Em abril, seu mais recente filme chegará às telas nacionais: “Brasília 18%”, que narra os bastidores da política e ainda mostra um amor intrigante e o desvendamento de um crime.
Sobre a sua eleição, o cineasta disse: “acho que é um reconhecimento da Academia à posição do cinema na cultura brasileira.”
Janaina Pereira
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