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domingo, setembro 25, 2005

Divas


Enquanto estou estudando cinema de vanguarda, aproveito para lembrar minha fascinação pelos filmes antigos. Desde criança sempre gostei da época áurea de Hollywood, com seus mitos e divas – que nem sempre eram americanos, diga-se de passagem. Saber que a garotada ouviu pela primeira vez o nome de Mae West, uma das mulheres mais fantásticas que o cinema já produziu, é um privilégio. Eles nem sabem o que aquela fase do cinema foi capaz. Espero que descubram.

Nunca ninguém entendeu porque, durante muito tempo, eu me escondi no Orkut sob as fotos das maiores divas do cinema. É que eu sempre quis ser uma delas. A minha favorita é, disparado, a Rita Hayworth. “Nunca houve uma mulher como Gilda” é um dos filmes mais sedutores do cinema – a cena em que ela canta e tira a luva bate de dez a zero na cruzada de pernas da Sharon Stone em “Instinto Selvagem”, considerada tão sexy pelos mais jovens. Rita foi uma grande atriz, subestimada porcausa de sua beleza e pela loucura que causava nos homens. Ela dizia que os caras dormiam com Gilda e acordavam com ela, justamente porque ela e a personagem se confundiram. Talvez, algumas vezes na minha vida, eu seja como Gilda. Mas isso é uma outra história.

Marilyn Monroe é, sem dúvida, a diva mais lembrada. Mas minha loira preferida é a mesma do Hitchcock: Grace Kelly, com seu jeito de boneca e seu estilo de princesa, mesmo antes de ser. Ingrid Bergman para mim é pura classe e estilo, outra que gosto muito. Entre as morenas, Ava Gardner é a que mais curto, seguida de perto por Katherine Hepburn (que fugiu do esteriótipo das divas e foi a primeira mulher a usar calças compridas no cinema) e Audrey Hepburn, a eterna ‘Bonequinha de Luxo’. E claro que eu adoro a Liz Taylor, símbolo máximo de beleza com seus olhos cor de violeta. Ela é a “Gata em Teto de Zinco Quente” e eternamente “Cleópatra”.

Se for contar a quantidade de divas que circularam pelo meu imaginário, desde a infância, ficarei horas escrevendo. Mas tem umas que não posso deixar de citar: Claudette Coubert, de “Aconteceu naquela Noite”; Natalie Wood, de “Clamor do Sexo”; Debora Kerr, ousadíssima para a época em “A um passo da eternidade”; a malvada Betty Davis e a andrógina Marlene Dietrich. E a lista segue com Sophia Loren, Claudia Cardinalle, Brigite Bardot, Vivien Leigh, Anita Ekberg, Ursula Andrews, Donna Reed, Joan Crawford, Greta Garbo, Simone Signoret, Doris Day, Gina Lollobrigida, Lauren Bacall, Lana Turner, Kim Novak, Jane Fonda ... e aí o tempo passou, tudo fica mais recente e perde a graça.

E tudo isso começou com a Mae West, cuja frase célebre já citei neste blog como o meu lema de vida: ‘quando sou boa sou muito boa, mas quando sou má, sou melhor ainda.’ Essas mulheres revolucionaram o mundo com suas idéias e ideais, a partir de uma tela de cinema. É por isso que um dia eu quis ser igual a elas. Acho que não consegui ainda. Mas estou chegando perto.


Janaina Pereira
Redatora

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