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segunda-feira, junho 27, 2005

3.0 – Já dizia Balzac


Vem chegando o meu inferno astral, e com ele todas as feridas se abrem. Vai jorrar sangue para todos os lados. Mas, como uma balzaquiana que sou, vou me despedindo dos 30 anos com palavras de Honoré Balzac, que celebrou a beleza madura em “Mulher de 30”:

"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz. Com efeito, uma jovem tem ilusões, muita inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor, ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem a fazer. Lá onde uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas à do amor, a outra obedece a um sentimento consciente. Uma cede, a outra escolhe, dando-se ... a mulher experiente parece dar mais do que ela mesma, ao passo que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode compara nem apreciar. Uma nos instrui, nos aconselha... a outra quer tudo aprender... Para uma jovem seja amante, precisa ser muito corrompida, e então é abandonada com horror, enquanto uma mulher possui mil modos de conservar a um tempo seu poder e sua dignidade... A jovem... acredita ter dito tudo despindo o vestido; mas uma mulher... se esconde sob mil véus... afaga todas as vaidades... chegando a essa idade, a mulher sabe consolar em mil ocasiões em que a jovem só sabe gemer.”


Pois é. A juventude é maravilhosa. Mas a maturidade é, definitivamente, uma dádiva.



Janaina Pereira
Redatora
www.fotolog.net/janaredatora
janaredatora@hotmail.com

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