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quarta-feira, maio 04, 2005

É ele


Quando eu era adolescente, eu adorava o Tom Cruise. Ele certamente foi o favorito da minha geração. Lembro-me da minha primeira sessão de vídeo, na casa de uma amiga do colégio. Vimos “Top Gun”. Éramos seis meninas, entre 11 e 13 anos, que suspiravam pelo belo rapaz de olhos verdes. Meu Deus, eu hoje sou uma mulher de trinta anos ! E o Tom Cruise já passou dos 40.

Mas Tom foi meu favorito por uns três ou quatro anos. Já adolescente, eu descobri o Kevin Costner. Que foi rapidamente substituído, já no início da vida adulta, pelo Brad Pitt. Que ainda é um dos meus favoritos. Sempre correndo por fora, Harrison Ford ganha de todos porque ele é o dono do meu personagem preferido: Indiana Jones. Se eu pudesse escolher um personagem para viver o resto da minha vida, ele seria o Indiana. Sarcástico, aventureiro, difícil, inteligente, audacioso, seguro, bom caráter mas longe de ser almofadinha. Perfeito.

Como já deu para perceber, sempre detestei os galãs mais novinhos. Mesmo quando eu já sabia muito bem o estilo de homem que me agradava ou não, meus olhos jamais se renderam para tipos como Matt Damon ou Ben Affleck. Não vejo a menor graça neles. E mesmo o Brad Pitt só ganhou minha preferência depois de fazer “Seven”. Homem tem que ter cara de homem – e foi quando se revelou menino demais que o Tom Cruise saiu rapidinho da minha lista. Só fui redescobri-lo em “Minority Report”, no auge dos seus 40 anos. Um absurdo de maravilhoso. Realmente envelhecer faz muito bem.

Já tive minha fase latina com o Antonio Banderas, mas ele perdeu o vigor e o estilo espanhol que tanto me agradava. Hoje prefiro o Javier Badem. 36 anos. Sem dúvida, na melhor das idades. Entre os loiros – sempre os meus preferidos – tem o espetacular Jude Law. Para mim, ele é o homem mais bonito do mundo. E para manter a minha fama de preferir os rebeldes, adoro o Russel Crowe. Ele, de barba, em “Gladiador”, era tudo que eu pedi a Deus.

Também gosto do Mel Gibson, que anda com rugas que lhe trazem um algo a mais. E por falar em rugas, o sinal da idade fez com que um ator que eu nunca achei bonito, nem sequer admirei, ganhasse pontos comigo nos últimos tempos. Descobri que o homem da minha vida é o Sean Penn. Ele não sabe disso, mas eu já sei. Eu nunca gostei dele. Até porque ele batia na Madonna, e eu sempre adorei a Madonna. Uma vez vi na TV “Não somos anjos”, onde ele contracenava com o Robert de Niro. Achei que ele era um bom ator. Os anos passaram, e em 2004 eu fui ver “Sobre meninos e lobos”. Fui assistir ao filme porque era dirigido pelo Clint Eastwood, que eu adoro. E ai eu descobri o Sean Penn. Ótimo ator, maduro, com ar de rebelde, os cabelos começando a ficar grisalhos ... e as rugas aparecendo na testa. Nossa... que homem era aquele que saltava na tela ? Depois disso, lá estava ele novamente em “21 gramas”. Arrebatador. E quando ele apareceu “A intérprete”, mal pude me conter. Fui ao cinema porque queria vê-lo. E não era só porque ele atua bem. O Sean Penn tem um ar displicente, um jeito de briguento, envocado, mal-humorado, algo meio chato e politicamente incorreto. Um estilo bravo e irrequieto de ser. E está longe de ser bonito. Ele não é. Mas tem charme, algo que transborda naquele olhar cheio de palavras. A última cena do filme é um caso à parte. Dá vontade de pular na telona para agarrá-lo. Tive que me conter.

Bem, agora todo mundo já sabe que eu estou apaixonada pelo Sean Penn. Mas confesso, sou volúvel. Já sei que o Jude Law e o Brad Pitt estão estreando filmes em breve. E os loiros sempre terão lugar de honra na minha lista.


Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora

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