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terça-feira, fevereiro 01, 2005

A vida é cheia de som, ação e fúria


(para ler ouvindo “A Estrada”, do Cidade Negra.)


O sábado que passou pode ter sido igual a todos os outros para a maioria das pessoas. Para mim era um sábado especial, cheio de significado. Entrar numa sala de aula parecia uma volta ao tempo que eu jamais imaginei que um dia aconteceria de novo. Eu nunca entrei num jogo para simplesmente disputá-lo. Eu precisava entrar nele com toda a força que sempre moveu minha vida.

Era um sonho acalentado durante anos e silenciado ao longo do tempo. Aos poucos a chama foi se reascendendo até que eu decidi que 2005 seria um ano protagonizado por mim mesma. Nada nem ninguém pode ter mais importância na minha vida do que eu mesma. E já que todo Universo conspira a meu favor, eis que resolvi pagar – e caro – para ver.

Depois da longa tarde de sábado seguiram-se dois dias de ansiedade. E ontem à noite, após algum suspense, eu finalmente pude ter a sensação de que a vida jamais foi um injusta comigo. E sim, tudo acontece quando tem que ser. Virei caloura.

Então eu terei direito a dias e noites de sacrifícios, limitações e muita correria. Tudo isso cercado da sublime felicidade de fazer o que eu quero, com a maturidade que a vida me deu. A hora é mesmo agora.

Na semana em que eu completo quatro anos de sobrevivência em São Paulo, só posso dizer uma coisa: ninguém nunca vai saber o quanto eu caminhei para chegar até aqui. Mas o meu caminho, realmente, só meu Pai pode mudar. Eu nunca imaginei que iria tão longe. E acho que finalmente o passado está ficando no passado e eu estou seguindo adiante sem olhar para trás.

Agora vocês vão saber o que é conviver com uma CDF. Alguém tão visceral que leva tudo à sério mas que ainda assim se diverte. Afinal, eu creio na força, na fé, na vontade, na ação e na fúria dos acontecimentos que movem o mundo. Acho que nem minha mãe consegue ter idéia do quanto este momento significa para mim. E é bom demais saber que aos trinta anos de idade eu tenho cada vez mais razões para acreditar que, o que importa mesmo nesta vida, é nunca, jamais, em hipótese alguma, desistir.



P.S.: Gostaria de agradecer as pessoas que foram fundamentais na minha decisão de voltar às aulas: David, que me apoiou incondicionalmente e foi a pessoa fundamental na minha escolha; Lelê, que também me incentivou muito e acompanhou a angústia da decisão; Denise, cuja conversa em novembro de 2004 foi fundamental para que eu acreditasse que a hora de voltar aos estudos era agora; Ana e Clauber, pelo apoio e compreensão; Álvaro, que me convenceu que letras não era tão desafiadora para mim e ao André, por acreditar verdadeiramente no meu talento e potencial. Muito obrigada a todos e espero, sinceramente, que de alguma forma vocês estejam presente nos próximos anos dessa minha louca jornada.




Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora







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