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terça-feira, novembro 16, 2004

Esqueça. Ou não.


Assisti ao suspense ´Os esquecidos`, de Joseph Ruben. Estrelado pela sempre ótima – e linda – Julianne Moore, o filme tem uma sinopse bastante interessante: mulher não consegue esquecer a morte do filho, que só ela julga existir. Entrei no cinema e vi os primeiros dez minutos do filme com a certeza de que esse era o roteiro. Fui completamente enganada. Sem nenhuma consistência, o filme ganha outras proporções, num roteiro capenga e cheio de cacoetes. Não chega a ser ruim, mas também mostra claramente como se pode desperdiçar uma boa idéia.
Com um elenco bacana e uma fotografia belíssima – cinza e gelada como a temática sugerida, contrastando com o vermelho dos cabelos de Julianne e toda a indignação de sua personagem. Aliás, se o filme pode deixar um recado, é simplesmente esse: amor de mãe faz muito sentido sim. E ele é único. Deve ser por isso que a minha mãe curtiu tanto `Os esquecidos ´.
Ontem, rapidamente, vi a abertura do filme que eu queria ter feito: `O sexto sentido`. Inspiração para `Os esquecidos` e tantos outros que tentam copiá-lo, ´O sexto sentido´ ainda guarda um trunfo: até hoje algumas pessoas têm dúvidas se o garotinho sabia que o Bruce Willis estava morto mesmo ou não. Com um roteiro tão espetacular como aquele, não resta dúvidas: uma boa história não se constrói apenas com uma grande idéia. É preciso desenvolver um roteiro à altura. Coisa que `Os esquecidos` não faz. Dá para assistir sem medo, é só esquecer os detalhes e acreditar que nem tudo que se vê, é.




Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora




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