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sexta-feira, setembro 10, 2004

O tudo, o nada e você


Já que estou meio cansada de pensar, falar, apelar, justificar, imaginar e concluir, resolvi cantar. E entre todas as canções da minha vida, certamente GITA é a mais poderosa. Eu sou exatamente aquela letra: cheia de incertezas, buscando soluções, tentando me entender. Um dia me disseram que quando você se auto-conhece, nada o detém. A partir do momento que você consegue se entender, poderá agir melhor em todos os sentidos. Será ?

Eu não sei como posso me conhecer se estou em constante mutação. E pelas andanças da vida, vou buscando me encontrar, me perdendo quase sempre. Eu tento amar, perdoar, doar, sonhar, viver e não sofrer mas é complicado. Vamos cantar então porque amanhã é outro dia e eu vou correr no Ibirapuera.




GITÃ
(Raul Seixas - Paulo Coelho)


Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando
Foi justamente num sonho que ele me falou.
Às vezes você me pergunta por que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada nem fico sorrindo ao seu lado
Você pensa em mim toda hora me come me cospe e me deixa
Talvez você não entenda mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida, eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco a força da imaginação
O blefe do jogador eu sou, eu fui, eu vou
(Gita, Gita, Gita, Gita, Gita)
Eu sou o seu sacrifício, a placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro e as juras de maldição
Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta? Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra, do fogo, da água e do ar
Você me tem todo dia mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você, mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado a pesca do pescador
A letra A tem meu nome dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco sou raso, largo, profundo
(Gita, Gita, Gita, Gita, Gita)
Eu sou a mosca na sopa e o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego e a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da língua a mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio, o início, o fim e o meio





Janaina Pereira
Redatora
www.fotolog.net/janaredatora
janaredatora@hotmail.com




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