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quarta-feira, janeiro 14, 2004

Passeando com os meninos e os lobos


Foram várias resoluções de ano novo e a mais fácil delas é ter o cinema como aliado. Então vou escrever sobre dois filmes recentes que eu vi e curti muito. No final do ano passado assisti ao comovente “As invasões bárbaras”, de Denys Arcand. Fazia um bom tempo que eu não chorava no cinema. O filme é lindo, emocionante, um primor; fala das relações humanas, basicamente a difícil relação entre pais e filhos.

Neste fim de semana eu agradeci cada centavo que paguei para ver “Sobre Meninos e Lobos”, do Clint Eastwood. Eu gosto do Clint como cineata mais do que como ator, porque ele está à margem de Hollywood e nunca se corrompeu ao esquema. Ele consegue ser um grande sem precisar baixar a guarda pros poderosos estúdios. Alguns dos meus filmes preferidos é dele: o obtuso “Um mundo perfeito” e o belíssimo “ As pontes de Madison”. Mas nada que ele fez antes é melhor do que o intenso “Sobre Meninos e Lobos”, um filme cujo corte seco da direção faz toda diferença. Com uma atuação magistral do Sean Penn (que nunca esteve na minha lista de atores preferidos, mas que, sem dúvida nenhuma, se tornou um puta ator), além do sempre bom Tim Robbins e do gracinha Kevin Bacon, o filme conta a história de três amigos de infância que se reencontram após 25 anos. Com as dores do passado e do presente à flor da pele, passamos mais de duas horas sofrendo e vivendo cada momento do brilhante roteiro – adaptado do livro de Dennis Lehane. “Sobre Meninos e Lobos” é um daqueles filmes que vale a pena ver, rever e ver de novo. É uma daquelas histórias que eu gostaria de ter dirigido.


Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora

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