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quinta-feira, janeiro 29, 2004

Encontros, desencontros e reencontros


Ontem fui assistir ao badaladíssimo “Encontros e Desencontros” (prefiro o título original, “Lost in translation”, acho que tem mais a ver), que foi aclamado como um filme semi-independente de roteiro bem original. Sai do cinema chocada. Em nenhum momento o filme me empolgou, e se não fosse o (sempre ótimo) Bill Murray, eu ia odiar ter assistido uma historinha tão sem sal.

O filme não é ruim, longe disso. É um bom filme. E só. Dizem que a roteirista e diretora, Sofia Coppolla, tirou de uma passagem da sua vida a inspiração para o roteiro. Se isso é verdade, pobre Sofia. Que vidinha mais sem graça ela tem. A minha vida tem passagens bem mais emocionantes e renderia roteiros muito mais bacanas. Como diretora ela manda bem: achei bem legais seus pontos de vista da câmera. E o roteiro não é horrível, apenas falta emoção e o final é previsível demais (na primeira cena dos protagonistas eu já sabia como aquilo terminaria).

Eu confesso que criei muita expectativa sobre o filme porque achei que me identificaria com ele. Afinal, também sou estrangeira e pior, dentro do meu próprio país. É péssimo você estar num lugar onde ninguém te entende, não te ouvem ou não querem te ouvir. Mas em nenhum momento eu consegui me identificar com os personagens nem sentir o vazio deles. Apenas me diverti com as situações inusitadas que eles passaram. Talvez eu até curta os encontros mas não gosto mesmo é de desencontro: eu prefiro reencontros…

Para quem quer dar uma relaxada e não curte a densidade que o cinema pode ter, “ Encontros e Desencontros” é um filme perfeito. Bonitinho que só ele. E nada além disso.



Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora



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