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segunda-feira, dezembro 29, 2003

E olha o que restou


Acho que está na hora de fazer a minha retrospectiva particular. 2003 foi um ano acelerado, cheio de fortes emoções para mim. Não tenho do que me queixar: mesmo nos piores momentos, a minha vida seguiu um rumo surpreendentemente bom. Quando tudo parecia perdido, surgia uma luz fosforescente no fim do túnel. Sim, porque no fim do meu túnel jamais poderia aparecer uma luzinha qualquer. A luz era sempre em cores fortíssimas, vibrantes, para todo mundo ver.

Em 2003 eu passei pelo teste de visitar o Rio pouquíssimas vezes. E sobrevivi. Eliminei algumas pedras do meu caminho, mandando-as ralo abaixo – literalmente. Acho que badalei bastante também, não em festas publicitárias, em baladas mesmo. Posso dizer que eu aproveitei bem a vida.

Claro que vou lembrar de 2003 como o ano em que meus artigos ganharam bossa, graça e um certo reconhecimento. É muito gratificante saber que minhas palavras alcançam tantas pessoas Brasil afora. Isso tem um significado muito grande para mim e eu só posso agradecer a Deus por este dom especialíssimo. Eu não sei o que seria de mim sem os meus textos. E eu não sei mais o que é escrever um texto que não receba pelo menos um e-mail com comentários. É, no final das contas o César tinha razão: eu virei uma quase famosa.

Ah, 2003, ano em que começou minha conjunção de saturno ... quantos castelinhos de areia foram sendo derrubados ... um a um, sem dó nem piedade. Máscaras caíram, ventos levaram para longe quem não tinha os pés no chão, um furacão me jogou na lama, mas, como sempre, eu ressurgi das cinzas. Meu lado Mae West esteve mais pra Betty Davis: como os gatos, podem me jogar pelos ares que eu sempre vou cair em pé.

2004 certamente será um ano fortíssimo também. Várias mudanças vão acontecer logo de cara, afinal, a fila tem que andar. Como quem me navega é o mar, eu estou indo para onde ele me leva. Será o ano do ápice da minha conjunção de saturno e o ano em que eu vou virar balzaquiana. Não preciso de mais nada para fazer de 2004 um ano absolutamente especial. Eu vou fazer 30 anos, nem eu acredito que estou chegando lá. Com esta cara de eterna ninfeta, fala sério, Papai do Céu realmente me ama. Ele foi generoso adiando por tempo indeterminado a tintura dos meus cabelos e o botox da minha testa. Não há rugas, os cabelos brancos são raros, eu continuo magra de marré, marré, marré, não tenho barriga e não preciso de silicone. Salve, salve, Santa Clara, que clareia meus caminhos e permite que o sol continue sendo a fonte da minha eterna juventude.

Então ano que vem tem mais. Mais amores, dores, flores, desapego, sossego, cansaço, stress, balada, night, insônia, solidão, lágrimas, soluços, sorrisos, esperança, espanto, surpresa, novidades, beijos, abraços e apertos de mão. E podem ter certeza que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. E como há mesmo muita vida lá fora e um ano inteirinho para ser vivido – com um dia a mais, inclusive – eu continuo deixando o mar me levar. Porque ele sempre me surpreende: quando eu acho que vou me afogar, ele fica calmo e tudo segue seu rumo. Afinal de contas, meu caminho só meu Pai pode mudar.

Janaina Pereira
Redatora
janaredatora@hotmail.com
www.fotolog.net/janaredatora

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