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quinta-feira, agosto 07, 2003

Se você pegou o bonde andando, eu sou publicitária. Uma carioca que mora em SP desde 2001. Meu primeiro trampo aqui foi numa agência muito maneira, a Registrada. Um dia a agência fechou e eu escrevi um texto sobre isso. Para deixar registrado – ai, que trocadilho publicitário, desculpem – um capítulo importante da minha vida na propaganda.





Começo, meio e fim

Cheguei a São Paulo em fevereiro de 2001 com a cara, a coragem, a mala e o portfólio. Fui bem recebida em diversas agências, conheci gente muito bacana mas foi na Propaganda Registrada que minha carreira por aqui começou.
No dia 14 de maio de 2001 lá estava eu, finalmente, dentro de uma agência legal. Uma agência conhecida, reconhecida, premiada, observada. Foi o Rodrigo Leão quem viu meu portfólio e me deu a chance de ficar um tempo por lá. E é a ele que vou sempre agradecer por ter me dado essa primeira oportunidade em Sampa, por ter aberto as portas para mim nesse mercado tão concorrido.
Foi na Registrada que eu aprendi que títulos eram mais do que títulos, eram Raciocínios. Que eu tinha que fazer uns 50 por job e ainda assim eram poucos. E era tudo fascinante: desde a geladeira repleta de Toddynhos ao autorama para aliviar o stress, passando pelo fato de eu sentar ao lado de um jovem que ia pra Cannes - e acompanhar o dia-a-dia de um Young. E ainda tinha que aturar as gozações por causa do meu sotaque e por ser a única mulher na Criação.
Foi na Registrada que eu fiz meus primeiros amigos em Sampa, que conheci gente maravilhosa, talentos que hoje brilham em outras agências. Érlon, Sílvio, Paty, Wlamir, Gabriel, Juliana, Ima, Maurício, Sérgio, Nikki, Quinho, Chico - e meu queridíssimo Fabinho Brandão, o redator mais paciente que já conheci em minha vida.
A Registrada também tinha uma coisa diferente: quem saía de lá sempre voltava para os almoços de confraternização. E assim conheci o Kato, o Djou, a Dani e todos entraram para minha lista de amizades. Nossa, que saudades!!! Saudades dos stress diários, dos jobs pra ontem, da mesa de sinuca, dos almoços no Santa Clara, das pizzas no fim da noite, de coisas que a partir de hoje não existem mais porque a Registrada não existe mais.
Quem passou por aqueles andares da Rua dos Pinheiros, de onde tínhamos uma vista privilegiada de Sampa, vai ter sempre boas lembranças e boas histórias pra contar. Foi graças ao meu trabalho na Registrada que fiz o portfólio que me fez entrar na Grey, onde estou até hoje.
Ontem fez um ano que eu entrei na Registrada. Hoje, por essas coisas da vida e do mercado publicitário, não existe mais a Propaganda Registrada.

Janaina Pereira
Redatora

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