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quarta-feira, agosto 30, 2017

Reza


(Rita Lee)



Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno

Deus me poupe do seu fim

Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno

Deus me poupe do seu fim

Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você

Deus me livre e guarde de você
Deus me livre e guarde de você

terça-feira, agosto 15, 2017


Sempre vale

"Eu nunca disse que seria fácil, eu apenas disse que iria valer a pena." (Mae West)

segunda-feira, agosto 14, 2017

Eu


Por Martha Medeiros

Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Sentem-se em casa em qualquer lugar. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor e compram passagens só de ida...


quinta-feira, agosto 10, 2017

Envelheço na cidade


Com o inferno astral chegando ao fim, e o início de um novo ciclo, vou revelar um dos maiores mistérios da humanidade: como eu não envelheço e não engordo.

Pra começar, eu lavo roupa a mão porque a máquina de lavar pifou faz tempo. Ando de ônibus e metrô e só uso uber em último caso (ou seja, quando o horário do transporte público foi para o saco). Trabalho, embora muita gente ache que eu só viajo, vejo filmes e como. Eu mesma arrumo a minha casa. Faço minha comida, pago minhas contas, vou ao supermercado.

Ah, também faço minhas unhas. Ainda cuido dos problemas familiares porque sou a casca grossa - é tipo liga pra Jana que ela resolve. Mas acho que o principal mesmo é que não me vejo como os outros me veem: pra mim eu envelheço todos os dias, e engordei horrores nos últimos anos - mas emagreci tudo em seis meses graças aos problemas.

Enfim, eu levo uma vida de verdade. Não fico fazendo fofoca, xeretando a vida alheia, desejando o que o outro tem. Talvez esse seja o segredo: viver do jeito que dá, e o resto a gente vê como é que fica.

domingo, agosto 06, 2017

Inferno Astral


Aquele momento da vida em que tudo parece desabar sob seus pés, e você percebe o quanto as pessoas são insensíveis. Quando eu preciso de um apoio, um abraço, um aperto de mão, um carinho e um alento, e as pessoas só sabem criticar, ou fazem aquela vista grossa, ou então fingem estarem preocupadas, mas na real sabem que o problema não é delas, e apenas seu.

Solidariedade? Nossa, algo tão raro hoje. Até mesmo as palavras de conforto soam falsas. Ninguém entende a tristeza, e só sabem culpar o outro. Ficar remoendo o passado e o que podia ou não ser feito não adianta mais. Que tal apenas ouvir, absorver, apoiar e não emitir a sua opinião?

Estou tão triste, preocupada, aflita, nervosa, tensa, ansiosa, com medo, com culpa, com o coração apertado. Preciso tomar decisões certas, que não sejam precipitadas. Preciso resolver o problema mas também pensar a longo prazo. Preciso ter certeza no meio de um turbilhão.

E não tenho encontrado muitos gestos de amor. Só vejo e ouço conselhos infundados, críticas e um egoísmo sem fim. Que Deus me proteja desse mundo tão cruel e mesquinho, cheio de gente que cada vez mais só pensa em si. E que eu tenha forças e discernimento para buscar o melhor caminho, a melhor solução. E que, acima de tudo, a vontade de Deus prevaleça e me oriente de forma correta neste momento tão delicado.

quarta-feira, agosto 02, 2017

Mudam as perguntas


É aquilo: as coisas vão caminhando bem, você planeja, tudo acontece de modo rápido e aparentemente seguro. Você parece meio sem objetivo, vai indo com a maré, deixando o barco correr, mas procurando, lá adiante, realizar um sonho, ainda que modesto.

Ai vem Deus e muda as perguntas, para deixar você de cara no chão. O que faço agora? Mantenho o plano e sou tachada de egoísta e mesquinha, ou mudo tudo e fico esperando o que vai acontecer?

Sempre rola isso para eu ver que, por mais que eu queira controlar tudo, existe uma força maior que controla o que está a minha volta. É quando me pergunto: se me deu a oportunidade, é para eu ir. Ou será que está me testando para ver se consigo ficar?

Complexo, difícil e doloroso. Pelo menos reaprendi a chorar, algo que eu não fazia mais.

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