<$BlogRSDUrl$>

sexta-feira, junho 26, 2015

Somos quem podemos ser

(Engenheiros do Havaí)


Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

terça-feira, junho 23, 2015

O lado bom da vida


Está acontecendo agora o Festival de Cannes de Publicidade. Vendo os anúncios e parte da minha timeline do Facebook comentando, me perguntei: como um dia eu fiz parte de tudo aquilo?

Olho para o meu portfólio e tenho orgulho da redatora que sou (não digo que fui, sou ainda, porque a publicidade, de certa forma, mora em mim). Mas eu tenho muito mais orgulho da jornalista que sou. Eu passei muitos anos trabalhando dentro de agências de publicidade, e tendo a certeza de que aquele mundo me pertencia. Só tinha amigos publicitários, só frequentava festas publicitárias, tudo era em torno da publicidade. E eu adorava. Lembro com saudades de muitos bons momentos, pessoais e profissionais, que envolviam esse fantástico e particular mundo que é a propaganda.

Mas tinha um outro lado que me incomodava. Aquela necessidade absurda de ganhar prêmios, de ver e ser visto, de ter seu nome vinculado a uma grande agência senão você caia no ostracismo. Isso me deixava amargurada. Eu lutava de todo jeito para trabalhar em uma agência que me desse visibilidade, mas nunca conseguia. Por que?

Porque não era o meu lugar. Por muitos anos eu achei que fosse, mas não era. E quando as opiniões de que meu texto era 'jornalístico demais' ficaram muito rotineiras, eu resolvi que ia mudar. Eu cansei daquela vida de tentativas em vão e joguei tudo para o alto. Fui fazer jornalismo, e tive o apoio de poucos, mas bons amigos. E quando as portas da publicidade se fecharam para mim, as do jornalismo se abriram de forma muito interessante: e desde então eu construí um caminho que eu nunca imaginei que poderia traçar para minha vida.

Outro dia um amigo que trabalhou comigo em meu primeiro emprego em São Paulo disse que eu sou muito superior a Janaina que ele conheceu. Fiquei muito feliz com essa observação, porque aquela Janaina que chegou em São Paulo em 2001 era uma garota assustada, que tinha certeza que iria vencer na vida como publicitária, que moraria só cinco anos em São Paulo e voltaria realizada para o Rio. A jornada foi tão dura, tão cheia de tropeços e desilusões mas, principalmente, de surpresas! Eis que 14 anos depois eu sou outra pessoa sim, embora a essência não tenha mudado, porque sei exatamente de onde vim e o que passei para estar aqui.

Eu lembro de todas as pessoas que me fecharam as portas, que disseram na minha cara para eu desistir, que tinham certeza que tudo daria errado. Assim como eu lembro de cada um que me estendeu a mão quando eu precisei.  Eu estive tantas vezes no fundo do poço, e eu nem sei como tive forçar para sair dele. Mas eu sai e, acima de tudo, me considero uma sobrevivente. E sou grata a todos que me ajudaram e me apoiaram, porque a luta sempre foi muito árdua e eu nunca estive sozinha nela.

Outro dia também me perguntaram como eu conseguia ser a pessoa que sou. Achei a pergunta curiosa. Acho impossível alguém ser como eu porque, sem falsa modéstia, eu sou única. Acho que na vida poucas pessoas teriam a coragem de mudar a vida duas vezes como eu fiz. Sair do conforto da casa da mãe no Rio de Janeiro para se aventurar em São Paulo sem emprego, sem lugar para morar, sem amigos. E depois de alguns anos lutando, e quando finalmente a vida estava estabilizada, morando em um bom apartamento e com um emprego legal, jogar tudo para o alto e mudar de profissão. Pior: passar a ganhar apenas 30% do que ganhava e se endividar por anos, até ser recompensada com o bem maior: um mundo inteiro de descobertas por meio da palavra e das viagens.

Sim, a maior recompensa da minha vida foi o dia que Deus colocou no meu caminho o cinema e as viagens. Eu nunca imaginei isso, eu não planejei, mas Ele me deu esse presente. Claro que foi tudo difícil como sempre, e óbvio que tinham - e ainda têm - pessoas pouco confiáveis no caminho, mas foi a mudança de rumo mais incrível da minha vida.

A vida continua complicada. Bom saber que algumas pessoas queridas, do tempos de publicidade e do início do jornalismo, ainda estão nela. Pessoas que me viram crescer, evoluir, mudar, ser uma outra Janaina. Uma Janaina melhor, uma Janaina que só eu consigo ser. Porque na vida é preciso muita coragem para ser eu. É preciso um querer maior, uma vontade infinita, uma força que nem eu sei de onde vem. É preciso muita lágrima e muito sorriso; muito ombro amigo; um coração partido e a tentativa de sempre seguir em frente sem olhar para trás.

Uma coisa que acho curiosa é como eu tenho bons amigos que me acompanham ao longo desses anos. Alguns eu não vejo com frequência, por conta da distância e das circunstâncias da vida, mas todos são presentes. Todos estão ali torcendo, incentivando e dispostos a ter um gesto de afeto quando eu preciso. E eu tenho plena consciência que sou uma pessoa bem complexa de lidar, mas ainda assim as pessoas gostam de mim. Ainda assim eu tenho amigos capazes de dizer coisas como 'eu queria tirar essa dor que você sente agora com as minhas próprias mãos' ou 'eu me preocupo com você' ou 'eu quero apenas que você fique bem'. Eu não sei o que seria de mim sem essas pessoas, a grande maioria tão diferente de mim, mas que  me aceitaram como eu sou, com todas as minhas imperfeições, e souberam perceber que mesmo sendo tão complexa, eu tenho o maior coração do mundo. E neste coração há sempre espaço para quem me quer bem.

Assim como muita gente querida continua comigo, algumas pessoas que eu julgava importantes sumiram com o tempo. E neste lento mais iluminado caminho, Deus sabia, de alguma forma, que eu tinha que escolher entre o mundo e a vida pacata que sonharam para mim. Eu escolhi o mundo. E nada nem ninguém tira isso de mim. E ser Janaina é isso: é cair várias vezes, levantar em todas, é nunca desistir, é aproveitar os momentos de felicidade porque a tristeza é certa. Mas, ainda bem, ela também é passageira na minha jornada. Porque de permanente aqui só mesmo a coragem de viver como se não houvesse amanhã.

Por tudo isso o único conselho que posso dar é ache seu lugar no mundo. Arrisque. Seja ousado. Faça o que tem que ser feito, e se o que tem que ser feito implica em mudar de cidade, de país, de casa, de emprego, faça. Faça porque o amanhã pode nunca chegar. E se tudo der errado, pelo menos você tentou. Mas eu acho que quando é de verdade, quando é o seu lugar mesmo, tudo dá certo. Ou, como alguém que já não está mais nesse plano espiritual me disse uma vez: já deu certo. Só não aconteceu ainda.

Porque para quem tenta, vai dar certo sempre. E para quem fica parado esperando as coisas acontecerem, ou cheio de dúvidas e incertezas... já deu errado faz tempo.



segunda-feira, junho 22, 2015


Enjoy the Silence

(Depeche Mode)

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand?
Oh, my little girl

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Enjoy the silence

sábado, junho 20, 2015



Crítica invejosa

Existem duas coisas no mundo com as quais eu não concordo: essa história de 'inveja branca' e a tal 'crítica construtiva'.

Inveja não tem cor, minha gente. Inveja é inveja. Esse papo que 'inveja branca é coisa boa' alguém inventou, né? Inveja é algo ruim, é o outro te desejando o mal, cobiçando o que você tem. Simples assim.

Outra coisa que não me desce é a 'crítica construtiva'. Para mim a crítica acontece quando alguém não gosta da sua atitude, ou de algo que você falou ou escreveu, e aí reclama. Segundo o dicionário, o antônimo de crítica é elogio, logo, crítica é uma coisa para te deixar pra baixo mesmo.

Como boa leonina, detesto ser criticada. Em público então, nossa, isso para mim é o fim. Quer acabar comigo é me repreender por qualquer motivo. Também não gosto que falem do meu trabalho ou da minha vida. Não sabem quem eu sou, em que circunstâncias eu vivo, então não vem falar de mim ou do que faço.

Eu não tenho o hábito de criticar as pessoas, porque acho que cada um sabe de si. Se vierem me perguntar, eu posso até expressar minha opinião, mas jamais vou sair por aí deliberadamente falando mal de qualquer coisa.

Inveja então... quem nunca teve? A minha não tem cor. Se a sua tem, problema seu. Aliás, crítica e inveja podem andar juntinhas, pois combinam. Muitas vezes a pessoa critica o comportamento do outro porque tem inveja, porque queria estar no lugar da outra pessoa.

Só sei que fico com pé atrás sempre que alguém fala que tem 'inveja branca' de mim. E se me criticar, putz, grandes chances das coisas irem para o ralo, especialmente se eu não pedi a sua opinião.



quinta-feira, junho 18, 2015

Viajo sim, e daí?

Eu não nasci viajando. Muito pelo contrário, comecei a viajar bem depois que a maioria dos meus amigos. Eu conheço bem menos lugares do que as pessoas imaginam, mas também fui a locais bem menos óbvios do que a maioria.

Eu viajo a trabalho, porque gosto, porque quero, porque preciso. Viajo para me descobrir, para me perder, para me reciclar. E é muito difícil a maioria entender que eu continuarei sendo a mesma pessoa de sempre, só que com um olhar muito mais amplo do mundo.

Eu não sou rica, não sou arrogante, nem sou mais importante porque gosto de viajar. Eu apenas sou mais esperta que a maioria que prefere gastar com carros e afins. Eu prefiro gastar com viagens. E ninguém nessa vida vai mudar isso, porque eu fiz essa escolha. Aceita que dói menos.

terça-feira, junho 16, 2015


She will be loved

(Maroon 5)

Beauty queen of only eighteen
She had some trouble with herself
He was always there to help her
She always belonged to someone else

I drove for miles and miles
And wound up at your door
I've had you so many times but somehow
I want more

I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved
She will be loved

Tap on my window knock on my door
I want to make you feel beautiful
I know I tend to get so insecure
It doesn't matter anymore

It's not always rainbows and butterflies
It's compromise that moves us along, yeah
My heart is full and my door's always open
You can come anytime you want

I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved
And she will be loved
And she will be loved
And she will be loved

I know where you hide
Alone in your car
Know all of the things that make you who you are
I know that goodbye means nothing at all
Comes back and begs me to catch her every time she falls

Tap on my window knock on my door
I want to make you feel beautiful

I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain
Look for the girl with the broken smile
Ask her if she wants to stay awhile
And she will be loved
And she will be loved
And she will be loved
And she will be loved

Please don't try so hard to say goodbye
Please don't try so hard to say goodbye

I don't mind spending everyday
Out on your corner in the pouring rain

Try so hard to say goodbye

sexta-feira, junho 12, 2015

Quase um Segundo

Eu queria ver no escuro do mundo
Onde está tudo o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?


segunda-feira, junho 08, 2015

Começar de novo



"Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça." ( Cora Coralina)

quarta-feira, junho 03, 2015

Pois é


"Não é o que temos, mas como desfrutamos o que nos dá felicidade". (Charles H. Sturgeon)

terça-feira, junho 02, 2015

O início, o fim e o meio



É aquele momento da vida em que você tem que decidir o que fazer, para onde ir, que atitude tomar. Que Deus me dê sabedoria para que eu faça o que tem que ser feito e não confunda razão com emoção.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?