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quarta-feira, março 30, 2011

Não Vou Me Adaptar

Nando Reis

Composição: Arnaldo Antunes


Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Será que eu falei o que ninguém dizia?
Será que eu escutei o que ninguém ouvia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar

quinta-feira, março 24, 2011

Diva


Anne Hathaway, que está no Rio de Janeiro divulgando a animação Rio, de Carlos Saldanha, é fofa. Mas nem ela, nem nenhuma atriz de sua geração tem a força e a beleza das grandes divas de Hollywood. Com a morte de Elizabeth Taylor nesta quarta, dia 23, o cinema perdeu não só uma atriz engajada e solidária, como a sua última diva.

Liz Taylor e seus belos olhos cor de violeta fazia parte do seleto grupo de estrelas hollywoodianas que sabiam dar ao cinema o glamour e o charme que ele merecia. Por causa de sua incontestável beleza, Liz nunca teve seu devido valor como atriz. Ganhou dois Oscars, é verdade, mas as confusões fora das telas, os casamentos e a beleza arrebatadora pareciam maiores que sua capacidade de se transformar na telona.

Nascida em 27 de fevereiro de 1932 em Londres, seu primeiro papel no cinema foi em “There’s one born every minute”, de 1942. Tornou-se uma estrela de Hollywood em “A mocidade é assim mesmo” (1944), aos 12 anos. Liz fez filmes até com Lassie, a cachorra mais famosa do cinema.

Aos poucos, porém, a criança prodígio virou uma mulher linda e talentosa. Meus filmes preferidos com ela são “Gata em teto de zinco quente” (1958), ao lado de Paul Newman, e “Assim caminha a humanidade” (1956), último trabalho de James Dean. Acho que em ambos Liz sobressai de um jeito só seu: a beleza está lá, mas o talento também é visível aos olhos.

O filme mais famoso de Elizabeth Taylor é “Cleópatra”, de 1963, quando ela tornou-se a primeira atriz a receber um cachê de US$ 1 milhão. Pois é, em 1998 Julia Roberts tornou-se a primeira atriz a ganhar US$ 20 milhões. Que coisa, né?

Foi durante as gravações de "Cleópatra", considerado um dos filmes mais caros de todos os tempos, que Liz se envolveu com o ator Richard Burton, um dos seus oitos casamentos (com Burton foram dois). O cartaz do filme imortalizou seus olhos violeta, com aquela maquiagem pesada que realçava o olhar magnético da atriz.

Apesar de "Cleópatra" ser considerado tosco, o fiasco do longa não abalou a carreira de Liz Taylor. Ela, que já tinha um Oscar por “Disque butterfield 8″ (1960), foi consagradada definitivamente em “Quem tem medo de Virgina Woolf” (1966).

O último filme em que trabalhou foi “These old broads”, de 2001, uma produção para a TV dirigida por Matthew Diamond.Elizabeth Taylor morreu aos 79 anos de insuficiência cardíaca congestiva. Estava em uam cadeiras de rodas desde 2005, mas mantinha seus projetos sociais, especialmente ajudando os portadores do vírus HIV - ela era um dos grandes nomes na luta contra a AIDS, que matou seu grande amigo Rock Hudson, nos anos 1980.

Ainda bem que o cinema imortalizou os olhos cor de violeta de Liz. Ainda bem que no cinema o tempo nunca vai passar para ela. Assim como fiquei muito triste com a morte de Paul Newman, a morte de Elizabeth Taylor parece deixar o brilho que o cinema tinha realmente no passado. Sorry, Anne Hathaway, você é fofa. Mas o cinema nunca mais foi o mesmo depois que aquela geração maravilhosa dos anos 1950/1960 envelheceu.

Mas, pelo menos, sempre teremos os filmes para matar as saudades de você, Liz. Sempre e para sempre uma diva.



Janaina Pereira

segunda-feira, março 21, 2011

Cada um no seu quadrado


Quanto mais eu conheço as pessoas, maior minha decepção com elas. O senhor humano é mesquinho, egocêntrico, só enxerga seu próprio umbigo. Quantas vezes me decepcionei e quantas mais vou me decepcionar?

As pessoas não se preocupam, em momento algum, com o outro. É tudo uma questão bem egoísta: o que importa é a minha felicidade, quero que os outros se danem. Fico pasma ainda, talvez porque seja muito trouxa e acredite no ser humano. Por isso me ferro, sempre.

As pessoas não têm palavra, não têm caráter, não têm índole, não têm simancol. É cada um por si e a maioria contra todos. Depois agem como se nada tivesse acontecido, dão tapinha nas costas, dizem que gostam de você.

Conto nos dedos da minha mão direita aqueles que nunca me decepcionaram. E faltam dedos para contar todos que já aprontaram alguma. Que já me julgaram sem cabimento; que já mentiram para mim sem o menor pudor; que já fingiram se importar comigo quando só queriam tirar proveito de uma situação.

Por isso eu me isolo cada vez mais, por isso eu prefiro a minha própria companhia do que ter ao meu lado essa gente escrota que só pensa em si. E pior: que finge uma amizade que não existe, que me suporta só por questões profissionais ou para mostrar que é superior a tudo.

Tanta hipocrisia, tanta falsidade, tanta gente que eu dispenso do meu mundo e sou obrigada a aturar por mil motivos. É por essas e outras que quando encontro gente do bem eu preservo muito a amizade, porque sei o quanto é precioso, hoje em dia, ter alguém para confiar.

E são poucos, cada vez menos, os que eu confio.

Como muito bem disse o Renato Russo, um dia pretendo tentar descobrir porque é mais forte quem sabe mentir. Por enquanto, longe de mim, fique bem longe de mim, porque eu não estou suportando a presença de quem só olha seus problemas e não se preocupa nem um pouco em como suas atitudes afetam os outros.

Só uma coisa: se me diz que vai fazer algo, faça. Se não quer, não pode ou tem dúvidas se vai fazer, então não me diga nada. Detesto gente que promete e não cumpre, que manipula os outros e age de acordo com a própria vontade.

Fica a dica.





Janaina Pereira

terça-feira, março 15, 2011

Lied Vom Kindsein de Peter Handke


"Quando a criança era criança
e balançava os braços sem saber
imaginava que o riacho fosse rio
e também o mar fosse rio, embora
pudesse ser mar, mas não sabia
que tudo não passava de uma pequena
poça de chuva, quando por acaso chovia.

Quando a criança era criança
a vida era uma só e ela não tinha
nem opiniões nem hábitos, desconhecia
as ruas e não fazia poses para fotos, nem
erguia a cabeça contra o céu aberto -
o universo era uma casa de um andar
e um homem tomando banho no quintal.

Como no parto, as mulheres
acabam com suas vidas, não é possível
esquecer o pôr-de-sol - e os tempos
e os acontecimentos que passaram
são fluidos. Há colinas
não muito altas - chega um avião
e as árvores se encrespam contra o ruído.

O guarda-chuva está encharcado
e já não protege - o homem se resigna
e enfrenta a chuva, os livros antigos
exorcisam o pensamento e o calor
das mãos diante da imagem imóvel
evoca a música sacra e o enlevo
de se sentir, como as crianças, perpétuo.

Vou contar
sobre o contador de histórias
que revelava o tempo ás criancinhas :
na letargia dessas histórias,
como poderei deixar de estar perdido,
mesmo louco e sozinho? Meu pai
foi um pai sem lágrimas e tristeza.

Você está livre porque esqueceram de você
e era tempo desta pergunta: porque eu sou eu
e não você? Estou aqui e não lá
sinto e vejo e ninguém me vê - e isto
é uma simples miragem do mundo anterior
ou posterior talvez, e quando
não serei mais quem eu sou.

Os deuses se cansaram
de sentar-se no lugar vazio
sem ninguém ao lado, precisam
excitar-se pelos contornos do corpo
ao invés do apelo aos desvios da alma,
do entusiasmo pelo mal, exercitar os pés nús
em outra carne expectante, á distância.

A moça triste, sozinha, flutuando no ar,
para voar no trapézio com as asas de um anjo
para uma grande multidão - mas não conseguia
porque suas asas eram de galinhas, e esse sonho
não era próprio de anjos, mas de trapezista caindo
sem nenhum público para aplaudir
como é sempre na vida.

Na última noite
não vem ninguém para ver o espetáculo
as asas de galinhas voando pelo ar adentro:
Só o tempo cura. Mas, se não fôr doença?
Alguém está pairando. "- Todos os que passam
perdem o fôlego e ficaram em minha cabeça -
e não houve uma só palavra de carinho
para encher meu coração e o som do acordeon.
O que prende a solidão que segura as asas
é o olhar do pequeno animal perdido na floresta.
Não devo chorar - o vazio
preenche tudo quando se está sozinha -
ah, eu queria fazer amor, mesmo que fosse
com uma aparição - quando se é estrangeiro
vale qualquer pele, qualquer corpo.
qualquer indício de que se pode viver.

As cores, o neon no céu escuro: os homens
não devem olhar - e uma onda de amor
vem perturbar-me
e ao meu desejo de amar - morrer
não é tão simples:
não basta cair do trapézio.

Os olhos das crianças,
as primeiras gôtas de chuva
o primeiro sol depois da chuva
as pedras brancas no leito seco do rio
um jovem dorso nu ao teu lado na cama
a carne jovem esperando.

Meu pai.

As esferas brilhantes e a luz do desejo
e, depois da passagem dos séculos,
as impertinências do futuro
cruzando o pântano - ninguém segue
a inspiração da paz. Devo
desistir agora ? Não encontro mais a praça
que era aqui - suas grandes árvores,
meu pai, meus amigos mortos, tenho
de esperar que ela passe outra vez
mesmo mais estreita e em ruínas, mesmo
sem ter havido guerras e bandeiras e tambores
não posso desistir de encontrá-la: é como
fugir da infância, aqui, onde ficaram
meus filhos pequenos que fugiram de mim.

Porque não estou ainda morto
não irei sair daqui - disfarço-me
em arbustos e em grandes árvores
para procurá-los entoando os cantos de guerra
e as canções de ninar - quanto tempo
se passou? Perpassa-me a ternura
de um quarteto barroco . A igreja.

Esta mulher em cima das ruínas
(quantas ruínas!). Quando foi?
Disse o general para a prostituta:
"- Se eu não te possuisse sentiria falta
da ausência do prazer, mesmo
sem qualquer amor, como o peso
de duas maçãs em cada mão".

Quando subias as montanhas
indo da sombra para o sol
um barco flutuava no lago,
esse grande lago dos ursos
entre as casas das crianças
e os olhos azúis da infância,
como o último salto para o infinito.
Providence. A mesa foi posta
entre as árvores
para o almoço no horizonte:
há uma mulher que não chega e um homem
que já não mais espera o baile.

Os clarins ao longe, como nas caçadas,
convocam para a festa.
Apenas se inicia outra vez
o caminho dos séculos,
tão íntimo como o tronco
do velho oitizeiro, contudo
a paz não te deixa sossegar:
onde está a velha praça
e as ruas estreitas de pedras pontudas
segurando teus passos
sob o velho guarda-chuva de teu pai,
onde o menino era menino
e o coração estava aberto
para todos os desafios? Onde
esconderam esse coração, e onde
se esconderam as crianças?
A terra de ninguém se disfarça com arbustos
e obuzes, e os jornais
são líderes sem escrúpulos, a môsca
presa no âmbar liquefeito
que só escapa
com a senha da alma cega e conquistada
mais cedo ou mais tarde.

Esta mulher conquistou minhas ruínas, as mulheres
aliás, apenas sobrevivem em nossas ruínas
porque morremos muito antes - o amarelo
e sinônimo da morte, que é a côr dos girassóis
que se queimam na vaidade da luz. "- Cinza -
disse o general para a prostituta - não é côr".
Por que? - respondeu ela - Não sou um anjo".
Não necessito de proteção. O circo
é muito triste para quem não é criança:
os palhaços são patéticos.
Quando a criança era criança
não sabia o que era couve-flor, espadas
e o fogo de Deus ou uma banda taurina,
mas gostava muito da banda do circo.

Ao som da banda, os saltimbancos da nostalgia
as flôres sem côr na ausência do céu
as galinhas com os arcos
e a mulher que chora sem amor
com a carne exposta, a alma sangrando
sem mais esperanças. "Eu queria
eu queria muito fazer amor, uma vez so que fosse".

Passaram-se as manhãs e as noites
e o rio encontrara seu leito para dormir
e então as abelhas perderam as asas e vieram as nuvens
os javalis e os gatos selvagens povoar o fogo.

Aprendemos a falar através das fogueiras
e quando a roda se quebrou houve uma fuga
para começar a história, um monólogo
de anjos intermináveis, eis que somos muito poucos.
O que nos ensina de verdade é olhar para baixo - para o alto
são vertigens e plumas, o rio primitivo
e as gôtas de chuva que secam ainda entre as nuvens.

Nem todos vêem, desde a infância,
os desfiladeiros e as portas do céu,
o sol e a estrela com seus pequeninos pés
com que andam no infinito. Esses
não conhecem nem rios nem lagos mágicos
e assim desperdiçam a vida.

As imagens geométricas são apenas
reflexos da luz nas câmeras, nada
de coisas vivas, como fogo, fumaça e morte -
a pobre trapezista
vai voar pela última vez
na noite de lua cheia, graciosamente
em movimentos de dança aérea, em tons de amarelo
com medo da morte e da solidão.

Não é essencial ser bonita:
diante do espelho todos estão nus
com a alma á mostra
e não há beleza suportável
diante dos gestos teatrais da mágica.

Este é o último espetáculo, o último
orgasmo com os ombros colados no trapézio
na solidão do ar, como um pássaro sem asas
caindo para a morte, agarrando-se nas cordas
rindo-se da morte. É pior sem o amor.
Figuras caóticas no baile dos perdidos
a música banal, mas alucinada, imagens
desconexas descentradas da geometria,
a mão que te aperta por dentro os órgãos vitais
e a pergunta da criança, quando já não era mais criança,
"- Quem me protege e o que existe
em cima do sol e cortejando as estrelas?
E o anjo se transforma em criança
e faz as mesmas perguntas
sem acreditar em Deus e seu último espetáculo:
a solidão é como um pássaro
sorrindo para a morte
e o rio tem apenas duas margens, e quase nunca
quase nunca se está na definitiva -
também o ar tem suas margens, como o céu,
os corações, a solidão, os elementos, as crianças,
o trapézio no ar, o amarelo, as plantas secas,
o orgasmo, a decisão de morrer ou de viver,
olhar de frente, o ciclo das framboesas,
a tristeza das prostitutas e dos generais
e todas as coisas que já foram negadas ou explicadas -
e jamais se poderá
mudar de margem, nem mesmo os anjos,
com suas asas e seu mistério insolúvel
que instruem as crianças e os muito velhos,
poderão mudar de lado, sair
de cada cidade procurando outra menor,
as framboesas e as maçãs nascendo
de suas mãos, esperando a primeira chuva
- que até agora ainda aguarda -
e ver a mulher por fim encontrar o amor,
uma eternidade em deleite, mais embriagante
que o vôo no trapézio e uma grande multidão,
como quando a criança era criança e pensava
que o riacho era rio e o rio era mar . E o retrato.

Foi quando
arremessou um lança de madeira contra o velho oitizeiro
- que nele ainda balança até hoje - e as suas asas
foram em busca do destino
que era puramente humano
mas jamais fôra um sonho humano
mesmo com todas as suas cores possíveis.

"Quando a criança era criança
andava balançando os braços
e não sabia que era criança
queria que o riacho fôsse rio
que o rio fosse torrente, e poça d'agua, mar
e tudo era cheio de vida
e a vida era uma só".

Quando a criança deixou de ser criança
o mar já se transforma em rio
e o rio em poças e as poças em gotas d'agua
e as gotas d'agua no vento seco do deserto
e desapareceram as asas e houve o regresso
ao único átomo e suas derradeiras partículas
e a criancinha loura então aprendeu a dançar.

E quando a criança não era mais criança
ficou imóvel com os braços e o sorriso
e não acreditou mais que o riacho era rio
e o rio torrente e a torrente era o mar
e viu que nem tudo era cheio de vida - e também
que já tinha hábitos e opiniões e sabia dançar
e a vida, enfrentando-a, não era uma só
e já não havia mais nem asas nem a magia do tempo.

quinta-feira, março 10, 2011

Meu Jardim

(Vander Lee)


Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho

Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

sábado, março 05, 2011

Frágil mullher forte



Eu tinha me esquecido de como era frágil. Sei lá, de repente a vida fez questão de me dar trabalho: problemas de saúde, de família, no trabalho, uma série de desventuras todas de uma vez só. Ai eu preciso ser tão forte, tão mulher maravilha, que me esqueço de chorar.

Só tenho tempo para correr. Atrás de trabalho, de saúde, de resoluções e soluções. Não me sobra tempo para chorar, isso é um luxo. Sofrer? Affe, nem pensar. Eu sou forte, eu sou mais forte que tudo, sou praticamente uma versão feminina do Superman. Ninguém pode comigo.

Mas aí, um belo dia, de repente hoje, eu ouço o que não preciso, sou acusada de algo que não fiz, e o mundo se desmancha. E eu choro. Choro porque, sei lá, eu sou humana. Eu tenho sentimentos, eu preciso de cuidados e atenção também. Eu mereço um pouco de afeto, mas não aquele afeto fulgás. Eu quero que alguém me estenda a mão e cuide de mim, mas as pessoas andam muito ocupadas para isso.

E ai eu chorei, chorei tanto que meu coração chegou a doer. Tive falta de ar, tive vontade de ir embora e nunca mais voltar. Mas eu sou frágil. Embora não esqueça jamais as patadas que me dão, eu sou capaz de perdoar simplesmente porque todo mundo erra, inclusive eu.

E ai, não mais que de repente, um animal prcisa da minha atenção, uma criança precisa do meu carinho, e eu percebo que o mundo vai muito além de pessoas que acham que a vida gira em torno delas.

Eu chorei porque sou humana, e ainda me restou um pingo de sensibildiade. Chorei porque sou forte sim, mas também frágil. A frágil mulher forte.



Janaina Pereira

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