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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Oscar 2011


O James Franco é gatinho mas como apresentador do Oscar deste ano, deixou a desejar. Anne Hathaway, coitada, ficou com as piores piadas, milhares de vestidos e penteados e nada mais. Em mais uam cerimônia chata - a pior dos últimos anos - a festa coroou, literalmente, O Discurso do Rei. Pobre coitado do filme, vai ficar marcado como 'aquele que não poderia ganhar de A Rede Social'.

Perai, minha gente. Gosto de A Rede Social, e também gosto de O Discurso do Rei. O filme é digno e tem em Geoffrey Rush um de seus maiores trunfos. Meu preferido todo mundo sabe, sempre foi A origem. Depois, Toy Story 3, Cisne Negro e 127 horas, nessa ordem. Mas o Oscar nunca foi justo, porque agora vai ser né?

No geral, achei tudo muito previsível. Discursos sem emoção, pessoas sem carisma. Cadê Sandra Bullock perguntando se tinha que agradecer a quem comprou o Oscar dela? O Jeff Bridges reclamando do peso da estatueta? Ou Hillary Swank esquecendo de agradecer ao marido? Ou Kate Winslet lembrando que ensaiava seu discurso ainda menina, com o shampoo?

Isso tudo foi tão recente, e parece que faz tanto tempo... o que tivemos ontem? Natalie Portman controlando a emoção, Colin Firth controlando a dor de barriga, Melissa Leo sem controlar o cinismo (fiquei com muita raiva dela, que papelão para uma atriz tão talentosa se humilhar daquela forma para ganhar o Oscar). Menos mal foi Christian Bale, com seu jeito ogro e sem muita vontade de agradecer.

E o coitado do Tom Hooper? Virou o famoso Tom Who? e se Kathryn Bigelow precisou ser apresentada pela Hillary Swank, que foi apresentada pela Anne Hathaway - para que tantas apresentações, gente? - (parecia que a Academia estava com medo do povo não reconhecer Kathryn), o que será de Tom Hooper ano que vem? Vai aparecer com aquelas plaquinhas de aeroporto para a gente identificá-lo.

Enfim, foi tudo muito chato, tudo muito sem graça. Tudo tão previsível que eu ganhei um bolão. E, só para constar, eu não torcia para A Rede Social. Eu achava que Discurso do Rei ia ganhar mesmo, e para mim a injustiça não foi com David Fincher e sim com Christopher Nolan.

Mas a hora dele vai chegar. Espero só que não demore muito para acontecer.



Janaina Pereira

terça-feira, fevereiro 15, 2011

O que as mulheres querem


Sou de uma época em que homem bonito era o Tom Cruise, o Brad Pitt e o Kevin Costner (antes de cair no limbo, é bom ressaltar). Depois vieram George Clooney, Russel Crowe e Hugh Jackman. Hoje em dia o que o cinema nos oferece? Jesse Eisenberg. Andrew Garfield. Michael Cera. Isso é uma prova de que os homens mudaram. Para pior.

Da nova geração de astros hollywoodianos restam poucos herdeiros do que significou, um dia, ser homem de verdade. Tipos como James Franco são raridade. O que brilha agora no cinema são caras que representam os homens do mundo: sem sal, sem pimenta, sem tempero, passam os finais de semana jogando games e adoram histórias em quadrinhos. Affe.

Esse tipo de homem esquálido e com cara de garoto bobo nunca me atraiu. Leonardo DiCaprio era só um menino loiro magrelo, mas talentoso, em sua adolescência. DiCaprio cresceu, e graças a Deus!, fez 30 anos e criou jeito nessa vida. Virou homem de verdade. DiCaprio é a prova viva de que podemos ter esperanças. Aleluia!

Nem exijo que o cara tenha uma beleza grega, ai é pedir demais. Javier Bardem não é particularmente bonito, mas tem sexy appeal. Clive Owen é sexy. Jesse Eisenberg, desculpem, não é sexy. Essa coisa 'cuticuti', 'ai quero colocar ele no colo', francamente. Se quisesse crianças em casa, eu adotava várias.

A mulher precisa parar com essa vocação materna. Ser mãe é uma coisa completamente diferente de ser mulher. Levamos tantos anos para conquistar um espaço pequeno nesse mundo - e ainda assim ganhamos menos do que os homens - e vem uma dúzia de mulheres querendo colocar tudo a perder.

As mulheres querem ser amadas, e acham que com tipos 'sou menino, não cresci ainda' vão conseguir. Engano. O cara pode ser legal, pode ser fofo, pode ser gente boa... mas se ele adora história em quadrinho pode ter certeza, ainda não cresceu.

Sei que as mulheres sempre serão mais maduras que os homens. Mas os homens - já é tempo! - podiam tentar mudar isso. Ser metrossexual, nerd ou sensível não está resolvendo a situação. Claro que tem mulher que gosta de qualquer coisa afinal, há mal gosto para tudo. Eu não me encaixo nesse tipo.

Então fica a dica.

Podíamos começar com os homens sendo mais seguros, por exemplo. Se um homem sabe o que quer já é meio caminho andado. Pode ter muita mulher no mundo, mas muitas delas já se ligaram que antes só do que mal acompanhada.

Ainda deve existir algum homem que preste por aí mas é como achar agulha no palheiro. No cinema, tipos como Pitt, Clooney, Jackman resistem bravamente. Espero que no mundo também seja assim.



Janaina Pereira

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Macho Alfa



"Está faltando homem com H, homem com pegada", disse Pedro Bial na última terça-feira no BBB. Pois é. Já não tem homem nesse mundo, e os poucos que têm, são fracos. Aliás, fraco é apelido. Hoje em dia com tanto homossexual, bissexual, nerd, galinha e banana, homem com pegada é espécie em extinção.

A maioria dos caras manda é muito mal. Em todos os sentidos. Não sabem cortejar, não sabem conquistar, não sabem seduzir, não sabem beijar... o resto então, affe. O que eu mais ouço é 'o cara não mandou bem'. Vamos precisar de manual de instrução daqui a pouco, porque os caras realmente estão muito devagar.

Talvez a culpa seja nossa. Sim, as mulheres, cresceram e apareceram, são independentes, não precisam de homem para nada. Eu não preciso. Se o cara não sabe fazer a única coisa para o qual ele ainda é útil, já temos uma saída. Minha mãe lê meu blog, mas eu preciso falar a real: o vibrador tem a vantagem da gente não esperar ligar no dia seguinte. Pronto, falei.

Nós, mulheres, queremos homens com pegada. Homens de verdade. Os tais macho alfa, essa espécie em extinção. Não queremos cara para desabafar, para contar os problemas, para abrir o vidro de azeitona muito menos para pagar as contas. Queremos homens que façam o que tem que ser feito.

No mundo animal, o macho alfa tem força, habilidade para caça, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante e bravura. O macho é acompanhado pela fêmea alfa e, juntos, demonstram sua autoridade, não permitindo que os outros animais fiquem contra eles. Resumindo: macho alfa é o homem de verdade, é o cara viril, com cara de homem, não esses meninos tipo Jesse Eisenberg e Andrew Garfield, sem a menor masculinidade.

Macho alfa, cadê, cadê, essa espécie em extinção... quem sabe - e essa vai rimar - na próxima encarnação.


Janaina Pereira

terça-feira, fevereiro 08, 2011

As coisas não precisam de você



Sei lá. Quando eu acho que está tudo resolvido, parece que Deus faz questão de me testar. Ainda me pergunto 'por que?' mas talvez eu nunca entenda. E nada muda.

A situação parece que caminha de onde parou. Ou seja, do nada para o lugar nenhum. Eu não faço nada. Agora eu até me finjo de morta. Eu não quero ter esperanças porque, no fundo no fundo, sei que pode ser apenas curiosidade. Então, se for isso, vai morrer curioso.

Eu queria realmente que fosse diferente, mas não vou lutar. Cansei de tentar, cansei de esperar. Cansei até de sonhar. Eu tento parecer natural - e acho que agora até consigo - mas meu coração sempre faz a mesma pergunta: por que? Por que você sempre volta?

As coisas não precisam de você. Quem disse que eu tinha que precisar?

Eu até precisei, fato. Mas todas as vezes em que precisei você nunca estava lá. E eu cansei de esperar por que não vem. Ou que vem só na hora que quer.

Definitivamente, eu não preciso de você.



Janaina Pereira

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Dez anos depois


Nesta mesma data, em 2001, Herbert Vianna sofria um acidente e eu arrumava uma pequena mala para vir morar em São Paulo. Eram três saias, três camisetas, uma sandália, meu Snoopy e meu portfólio de publicitária.

Explico: o Snoopy é um presente que meu pai me deu quando eu tinha 9 anos. Não desgrudo dele por nada - mas ele não foi a Europa, tá?

Cheguei a São Paulo na manhã de 5 de fevereiro de 2001. Eram tantos sonhos, tantas promessas, era para viver só cinco anos aqui. Cá estou completando uma década de Sampa, choros, saudades e toda aquela agonia de ser uma carioca perdida aqui. Mas eis que SP me deu uma chance. E eu soube aproveitar.

São Paulo me deu a oportunidade de me reiventar. Não sou mais a mesma. E agora que resolvi eliminar todas as pessoas que não acrescentam nada a minha vida, parece que tudo ficou bem mais leve. São Paulo me deu possibilidades. São Paulo me deu trabalho.

Não é fácil e nunca vai ser. Às vezes eu penso em largar tudo para o alto e ir embora, mas São Paulo não me deixa partir. A cidade sempre dá um jeito para que eu fique, me pega pelo pé, me faz enxergar coisas que em outros lugares eu não vejo. Acho que, do jeito dela, essa cidade gosta mesmo de mim.

E do meu jeito, eu também gosto dela. Especialmente porque, embora os sonhos tenham mudado, esta cidade fez de mim alguém que nunca imaginei ser.

Obrigada, São Paulo, por me fazer nascer de novo. Obrigada por acreditar que eu mereço tantas coisas boas. E obrigada, principalmente, por nunca ter desistido de mim.


Janaina Pereira

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