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sábado, janeiro 31, 2009

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Janaina Pereira

terça-feira, janeiro 27, 2009

Pesadelo Americano


Sam Mendes era um diretor de teatro quando, ao fazer seu primeiro filme para o cinema, alcançou o sucesso absoluto com o ácido Beleza Americana. A partir daí, traçou sua carreira cinematográfica dirigindo dramas consistentes, como o ótimo Estrada para Perdição. Agora ele está de volta com mais um filme dramático, Foi apenas um sonho (Revolutionary Road). O filme estreia na sexta, dia 30, para vocês queridos leitores. Eu vi hoje em uma cabine de manhã o reencontro nas telas de um dos casais de protagonistas mais charmosos do cinema: Leonardo DiCaprio e Kate Winslet (aliás, adoro os dois).

Leo e Kate têm muita coisa em comum. Começaram a carreira na adolescência e logo fizeram muito sucesso – ele, em Gilbert Grape; ela, em Almas Gêmeas. A dupla se encontrou há 12 anos em Titanic, um estrondoso sucesso que quase naufragou com suas carreiras. Blockbuster da pior qualidade, fez sucesso mas 'queimou o filme' do casal. Porém, Leo e Kate têm talento de sobra e seguiram adiante, fazendo papéis difíceis e conseguindo reconhecimento da crítica.

Leo, eterno injustiçado no Oscar, vinha sendo indicado aos prêmios de melhor ator nesta temporada pelo Revolutionary Road de Sam Mendes. Kate, algumas vezes indicada mas sempre preterida, também. Eis que o filme parecia a redenção dos dois, após a avalanche de indicações no Globo de Ouro e a vitória de Kate como atriz. E aí veio a surpresa. A Academia de Hollywood esnobou Mendes e DiCaprio e indicou Kate por O leitor – filme que também abocanhou o lugar até então cativo de Revolutionary Road como um dos melhores filmes do ano passado.

Vamos aos fatos: esqueçam o título em português, ele entrega – e estraga – a história. O filme poderia ter sido indicado ao Oscar sim, mas não foi, e isso não o diminuiu em nada. É uma produção impecável, com muito requinte técnico, atuações memoráveis, direção instigante e ainda com direito a fotografia do Roger Deakins, meu favorito.

Adaptado do romance de Richard Yates, o roteiro de Justin Haythe narra a vida de Frank (DiCaprio) e April Wheeler (Winslet), um casal que sempre se considerou especial, diferente e disposto a levar uma vida baseada em altos ideais. Assim, quando se mudam para o novo lar na Revolutionary Road, eles prometem não ficar presos aos limites sociais da época (anos 1950) e acreditam que não serão contaminados pela inércia do subúrbio. Mas o tempo passa e os Wheeler acabam se tornando tudo que sempre abominaram: ele, um homem preso a rotina de um trabalho que detesta; ela, uma dona-de-casa infeliz. Disposta a virar o jogo, April faz uma proposta, aparentemente absurda, ao marido, e o casal passa a conviver com um incômodo dilema.

No começo é DiCaprio quem domina as cenas, mas, ao final da história, percebemos que o filme é de Kate. É a sua personagem quem comanda a ação, o drama, o desespero e a paixão que permeiam esta produção primorosa, uma espécie de Beleza Americana ao contrário. Dessa vez a luta para sair da inércia não passa de um sonho, como diz o título em português.

Vale destacar que Foi apenas um sonho recebeu três indicações ao Oscar – figurino, direção de arte e ator coadjuvante para o excelente Michael Shannon, que brilha como o supostamente desequilibrado John.

O filme mostra a maturidade de Leo e Kate e mostra, especialmente, mais uma face da classe média americana – sem sonhos, sem brilho, sem esperança. Bem ao estilo de Sam Mendes.


Leia minha outra crítica deste filme no site Herói.



Janaina Pereira

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Campus Party


Fui à Campus Party pela primeira vez. Se você, como eu, não é muito tecnológico e ainda não sabe o que é a Campus Party, eu conto: é o maior evento de inovação tecnológica e entretenimento eletrônico em rede do mundo. Um encontro anual realizado desde 1997 na Espanha, que reúne durante sete dias milhares de participantes com seus próprios computadores. E o pessoal acampa mesmo no evento. Sim, com barraca e tudo. Ano passado aconteceu pela primeira vez no Brasil. Esse ano está acampada no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, desde a última segunda até ontem.

Estive por lá cobrindo o evento na quinta e no sábado, acompanhada da Ju Zorzato, minha colega de redação. Ela é bem mais antenada com o mundo da informática e por isso não fiquei tão perdida. Achei o evento muito organizado e limpinho, nada a ver com o lado Woodstock que diziam que tinha por lá.

Tem de tudo um pouco: de estandes da Previdência Social ao Big Brother conectado pela Globo.com; jornalista tentando invadir a área dos ‘campuseiros’ acampados; bebidas alcoólicas nem tão proibidas assim, jogos interativos, muitas crianças circulando e conteúdo pornográfico via internet - eu não vi, mas minhas fontes disseram que tinha.

Na quinta foi bem divertido, já no sábado, nem tanto. Atacada por uma crise de sinusite daquelas insuportáveis, passei mais tempo espirrando do que qualquer outra coisa. Mas, enfim, eu fui, vi e escrevi.


Janaina Pereira

domingo, janeiro 25, 2009

Pílulas


Ah, o SBT. Bagunçou a programação toda de novo. As madrugadas viraram uma confusão só com as mudanças - sem aviso prévio - das séries. Terça, uma noite perfeita com Smallville, The OC e Veronica Mars, agora tem o coitado do Ryan entre Brenda Lee e os médicos patéticos de Estética. Ninguém merece.


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O mundo vai explodir na camada de ozônio mas, antes, a gente vira frango tostado com esse calor insano.


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Não vim para SP passar calor.


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O meu querido amigo Will estava comentando comigo da cafonalha que é nossa ex-faculdade, a Uninove. Nem colação de grau decente temos - os sobreviventes fizeram uma, sob calor infernal, mas a gente sabe que não era para ser bem assim. Eu, sinceramente, nunca pensei em formatura ou colação de grau. Quero meu Mtb.

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A Uninove nem tem o glamour de Maysa que apesar de cafona, brega e gorda - como disse Ronaldo Bôscoli - era mara. Ou melhor, Maysa é mara!



Janaina Pereira

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Por que a Kate Winslet merece o Oscar?


Hoje amanheci no Unibanco Artplex do Shopping Frei Caneca para assistir O leitor (The reader), filme de Stephen Daldry (As horas) baseado no romance de Bernhard Schlink. Até anteontem, quando eu já sabia que iria nesta cabine, este filme era apenas o que deu o Globo de Ouro de atriz coadjuvante para Kate Winslet. Mas ontem, com o anúncio de indicados para o Oscar, fui surpreendida com as cinco indicações de O leitor – filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia e … atriz. Sim, Kate, que já era favorita antes das indicações, mas por Foi apenas um sonho, de seu marido Sam Mendes, acabou sendo indicada por O leitor... onde ela é tudo, menos coadjuvante.

Para começar, Kate Winslet nem deveria estar neste filme. Daldry queria Nicole Kidman no papel – mas Nicole ficou grávida e Kate assumiu o posto. E não consigo pensar em ninguém melhor que ela para o papel. Longe de ser seu melhor trabalho, mas competente como sempre, a atriz surpreende juntamente com sua personagem. Aliás, o filme é daqueles que, para ser realmente bom, não dá para contar muito a história.

Vamos ao que pode ser dito: Michael (David Kross, quando jovem, e o ótimo Ralph Fiennes, quando mais velho) relembra momentos de sua adolescência e de seu relacionamento com a misteriosa Hanna (Winslet), uma mulher mais velha por quem se apaixona. O romance é interrompido, sem maiores explicações, por Hanna, mas anos depois eles voltam a se encontrar em uma situação inesperada. É quando Michael percebe que a entrada desta mulher em sua vida mudaria sua história para sempre.

Se eu contar mais estrago toda a graça do filme. Mas posso dizer com toda a certeza que é uma história ao mesmo tempo forte e delicada, cruel e afetuosa. David Hare adaptou o romance com bastante lirismo. No começo, parece uma história de amor proibida entre um adolescente e uma balzaquiana – com direito a várias cenas de nudez de Kate e do novato David Kross. Mas a partir da metade da história tudo muda, e no final a platéia já se rendeu à trama.

Mas... por que a Kate Winslet merece o Oscar? Não acho que ela está melhor que a Meryl Streep em Dúvida, mas consegue transmitir toda a frieza e doçura da sua personagem apenas com sua expressão facial. Além de ser uma das raras atrizes que não tem vaidade, e fica feia e velha nos filmes sem a menor cerimônia. E se não fosse só isso, mostra, mais uma vez, que é grandiosa, porque ela é, com toda certeza, o nome do filme.


Leia a crítica também no site Herói.


Janaina Pereira

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Os indicados e os favoritos


E lá vão eles disputar mais um Oscar. Meryl Streep alcança sua 15ª indicação, por Dúvida (Doubt), mas toda minha torcida vai para Kate Winslet, surpeendentemente indicada por O leitor (The reader), e não por Foi Apenas um Sonho, de seu marido Sam Mendes. Aliás, este filme naufragou nas indicações e até o galã Leonardo diCaprio não apareceu na lista.

O filme que dispara como favorito - com 13 indicações - é O curioso caso de Benjamim Button, de David Fincher, que pode dar a Brad Pitt seu primeiro Oscar. Será? Bem, ele concorre com Sean Penn e o 'ressurgido das cinzas' Mickey Rourke. Páreo duro. Heath Ledger é favorito ao Oscar póstumo por O cavaleiro das trevas, filme que tem 8 indicações e deve reinar absoluto em todas as categorias técnicas.

Slumdog Millionare (já traduzido para português como Quem quer ser um milionário?), de Danny Boyle, favorito de muitos críticos, aparece com 10 indicações e vai precisar de fôlego para alcançar Benjamim Button no disputado prêmio de melhor filme.

A cerimônia de entrega do 81 edição do Oscar acontece em 22 de fevereiro, nosso domingo de carnaval.

Confira todos os indicados:

Melhor Filme
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost Nixon
O Leitor (The Reader)
Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?
Milk - A Voz da Igualdade

Melhor Diretor
Danny Boyle (Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?)
Stephen Daldry (O Leitor/The Reader)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost Nixon)
Gus Van Sant (Milk - A Voz da Igualdade)

Melhor Ator
Frank Langella (Frost Nixon)
Sean Penn (Milk)
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Mickey Rourke (The Wrestler)
Richard Jenkins (The Visitor)

Melhor Atriz
Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Meryl Streep (Dúvida)
Kate Winslet (O Leitor)
Melissa Leo (Rio Congelado)

Melhor Ator Coadjuvante
Philip Seymour Hoffman (Dúvida)
Heath Ledger (Batman - O Cavaleiro das Trevas)
Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Michael Shannon (Foi Apenas Um Sonho)
Josh Brolin (Milk - A Voz da Igualdade)

Melhor Atriz Coadjuvante
Amy Adams (Dúvida)
Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
Viola Davis (Dúvida)
Marisa Tomei (The Wrestler)
Taraji P. Henson (O Curioso Caso de Benjamin Button)

Melhor Roteiro Original
Wall-E, de Andrew Stanton e Pete Docter
Milk - A Voz da Igualdade, de Dustin Lance Black
Na Mira do Chefe, de Martin McDonagh
Rio Congelado, de Courtney Hunt
Simplesmente Feliz, de Mike Leigh

Melhor Roteiro Adaptado
O Curioso Caso de Benjamin Button, por Eric Roth e Robin Swicord
Dúvida, por John Patrick Shanley
Frost Nixon, por Peter Morgan
O Leitor, por David Hare
Quem Quer Ser Um Milionário?, por Simon Beaufoy

Melhor Filme Estrangeiro
Entre os Muros (França)
Der Baader Meinhof Komplex (Alemanha/ França/ República Tcheca)
Departures (Japão)
Revanche (Áustria)
Valsa com Bashir (Israel/ Alemanha/ França/ EUA)

Melhor Animação
Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall-E

Melhor Fotografia
A Troca
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
O Leitor
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor Direção de Arte
A Troca
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
A Duquesa
Foi Apenas Um Sonho

Melhor Figurino
Austrália
O Curioso Caso de Benjamin Button
A Duquesa
Milk - A Voz da Igualdade
Foi Apenas Um Sonho

Melhor Som
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro
Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?
Wall-E
O Procurado

Melhor Efeitos Sonoros
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?
Wall-E
O Procurado

Melhor Montagem
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?
Milk - A Voz da Igualdade
Frost Nixon

Melhor Efeitos Visuais
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman - O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro

Melhor Maquiagem
O Curioso Caso de Benjamin Button
Hellboy II - O Exército Dourado
Batman - O Cavaleiro das Trevas

Melhor Trilha Sonora
O Curioso Caso de Benjamin Button, de Alexandre Desplat
Defiance, de James Newton Howard
Slumdog Millionare/Quem Quer Ser Um Milionário?, de A.R. Rahman
Milk - A Voz da Igualdade, de Danny Elfman
Wall-E, de Thomas Newman

Melhor Canção
Down To Earth, de Wall-E
Jai Ho, de Quem Quer Ser Um Milionário?
O Saya, de Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor Curta-Metragem (animação)
La Maison en Petits Cubes, de Kunio Kato
Lavatory - Lovestory, de Konstantin Bronzit
Oktapodi, de Emud Mokhberi e Thierry Marchand
Presto, de Doug Sweetland
This Way Up, de Alan Smith e Adam Foulkes

Melhor Curta-Metragem
Auf der Strecke (On the Line), de Reto Caffi
Manon on the Asphalt, de Elizabeth Marre e Olivier Pont
New Boy, de Steph Green e Tamara Anghie
The Pig, de Tivi Magnusson e Dorte Høgh
Spielzeugland (Toyland), de Jochen Alexander Freydank

Melhor Curta-Metragem (documentário)
The Conscience of Nhem En
The Final Inch
Smile Pinki
The Witness - From the Balcony of Room 306

Melhor Documentário
The Betrayal
Encounters at the End of the World
The Garden
Man on Wire
Trouble the Water

terça-feira, janeiro 20, 2009

Qual a sua dúvida?


Ontem fui à cabine do filme Dúvida (Doubt), que estreia para vocês, queridos leitores, no dia 6 de fevereiro. Mas não é um filme para o povo. Este é daqueles que a maioria das pessoas não vai gostar. Cheio de dialógos difíceis, é adapatação de uma peça de teatro de John Patrick Shanley, que assina o roteiro e dirige. Por isso tem todo o jeito de uma peça filmada.

Apoiado, especialmente, no brilhantismo da dupla protagonista Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman - e ainda com boas interpretações das coadjuvantes Amy Adams e Viola Davis (esta em poucas mas importantes cenas) - a história se passa em um colégio do Bronx, em 1964. A austera freira irmã Aloysius Beauvier (Streep) desconfia que o liberal padre Brendan Flynn (Hoffman) está abusando de um dos alunos. Irmã Aloysius não tem provas contra o padre, mas age com a certeza de quem conhece como ninguém o ser humano.

A dúvida do título permeia todo o filme. Afinal, quem não tem dúvida de alguma coisa nessa vida? Mas,o interessante, não são as dúvidas dos espectadores e sim a certeza dos personagens. E aí está a grande sacada da história. Porque se a dúvida nos mantém alertas, a certeza nos faz cometer erros.

Os fortes diálogos - há uma sequência, perto do fim, em que Streep e Hoffman fazem um verdadeiro duelo de interpretações digno das melhores peças teatrais - colocam os protagonistas como possíveis candidatos ao Oscar. Mas Dúvida é para quem gosta de boas histórias dirigidas burocraticamente. Aqui a intenção não é fazer um filme de cenas, mas um filme de atores. E isso o diretor conseguiu.


Leia também a minha crítica para o site Herói.


Janaina Pereira

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Maysa é mara!


Estou acompanhando com interesse a minissérie (será que escrevi certo?) Maysa. Deve ter sido muito difícil para o filho da cantora, o diretor Jayme Monjardim, fazer este trabalho. A mãe dele não era só uma pessoa que bebia demais, falava demais e fumava demais. Era também uma mulher carente, melancólica, triste, depressiva. Por isso só escrevia e cantava canções pesadas.

Maysa era corajosa. E sim, arrogante. Metida, se achava a última azeitona da empada. Não era tão bonita, mas era elegante, vestia-se bem, tinha uma voz singular e olhos que ela gostava de destacar. Falava o que pensava para ser rebelde, mostrar pro mundo que não devia satisfações a ninguém. Queria polemizar. Não gostava de ser comum.

Tanto exagero, da maquiagem a bebida, fizeram dela um poço de amargura. No fundo, no fundo, era infeliz. Casou com o homem que queria, e depois descobriu que ele não era o que ela realmente queria. Sabia de seu talento e se agarrou nele, criando uma personagem enlouquecida, prato cheio para uma imprensa já sem limites naquela época.

Dizem que foi uma mulher de muitos amantes, mas nenhum amor. A minissérie mostra poucos amantes, valorizando alguns como o célebre Ronaldo Bôscoli, que também deitaria na cama com outra grande cantora que morreu de forma trágica - a igualmente inesquecível Elis Regina.

Maysa era polêmica para abafar sua dor. Dor que ela cantava - e olha que é difícil cantar dor de cotovelo por aí. Maysa e seu grito desesperado e sufocado estão sendo redescobertos, mostrando que por trás da cantora havia uma mulher extremamente só.

Eu nunca curti Maysa, nem suas letras, nem suas músicas. E olha que tenho um pé na depressão. Mas devo admitir que mesmo com tanta arrogância, ela soube, como poucos, viver intensamente a vida. Ainda que dolorosamente.

Maysa é mara!!!


Janaina Pereira

quarta-feira, janeiro 14, 2009

IMAX, que bicho é esse?


Enquanto – parte – da minha turma participava da cerimônia de colação de grau ontem, eu estava em minha primeira cabine, que é uma sessão de cinema exclusiva para jornalistas. Nas cabines, nós, críticos de cinema, vemos o filme antes de vocês, espectadores. E fui em uma cabine muito, muito especial: a abertura do Unibanco Imax no Brasil. O público poderá curtir esta nova tecnologia a partir de sexta-feira, dia 16, e só m São Paulo, no Unibanco Imax do Shopping Bourbon Pompéia. Mas eu, Ju e Bruno, os três mosqueteiros, já sabemos do que se trata.

Cabine é igual pré-estreia: pipoca e refrigerante grátis – e a gente comendo a pipoca do Bruno, porque ele não gosta. O filme – um documentário fofo chamado Fundo do Mar 3D – tinha apenas 41 minutos, mas foi o suficiente até para eu enjoar do mar. Sim, do mar, porque eu mergulhei na tela. O tal de IMAX é simplesmente sensacional. Você não sabe o que é isso?

O IMAX DMR® (Digital Re-mastering) tem um exclusivo sistema de movimento de filme chamado Rolling loop, que é a chave para a performance superior da projeção. Duas faixas de filme correm simultaneamente pelo projetor a 24 quadros por segundo, e cada frame fica perfeitamente imóvel quando projetado. Com isso, a imagem nunca treme ou fica borrada. Para ativar o efeito 3D são utilizados dois projetores. Os óculos 3D – bastante desconfortáveis, por sinal - separam as imagens, ficando uma em cada lente, e o cérebro humano faz o processo de juntá-las novamente. A sensação de 'entrar' dentro do filme é assustadora e fascinante.

O formato das poltronas do cinema é semelhante ao de uma arquibancada, o que garante, de qualquer assento, visão total. Para que a gigantesca tela – muito maior que a telona que estamos acostumados - seja preenchida totalmente sem distorcer a imagem, o filme é gravado em outro formato, possui maior qualidade nos efeitos especiais e computadorizados e o som, a partir de um sistema de seis canais, torna tudo mais realista.

Quem não gosta de muita água pode se sentir incomodado com o Fundo do Mar 3D, tamanho o envolvimento do espectador com o filme. É tão perfeito que eu, frustrada por nunca ter conseguido mergulhar, saí do cinema com a sensação de que passei os 41 minutos submersa. Incrível.

Para fevereiro, está prevista a reestreia de O cavaleiro das trevas, que teve algumas cenas rodadas com câmeras IMAX. Já pensou entrar dentro de Gotham City e sair 'voando' por aí no Batmóvel ao lado do Christian 'Batman" Bale? Pois é, isso é IMAX.


A crítica oficial você lê no Herói.


Janaina Pereira

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Kate, Heather, Mickey


A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood anunciou na noite de ontem os vencedores do 66º Globo de Ouro. Considerada uma prévia do Oscar, a cerimônia aconteceu em Los Angeles e premiou filmes, séries e minisséries de TV em 25 categorias.

Os grandes vencedores da noite foram Kate Winslet - finalmente reconhecida por seu enorme talento - premiada duplamente como atriz principal e coadjuvante; o falecido Heather Ledger - premiação póstuma como coadjuvante pelo ótimo Coringa de O Cavaleiro das Trevas; e a volta triunfal de Michey Rourke - agora com rosto deformado e levando o prêmio de melhor ator, batendo os favoritos Leo DiCaprio, Sean Penn e Brad Pitt.

O filme Slumdog Millionaire , do cult Danny Boyle (diretor de Transpoitting) arrebatou quatro estatuetas - filme, diretor, roteiro e trilha sonora.

Entre os seriados, os vencedores de sempre: 30 Rock, Mad Men, Tina Fey, Alec Baldwin e por ai vai.


Confira agora a lista de vencedores do Globo de Ouro 2008/2009.


Melhor atriz coadjuvante em filme:
Kate Winslet – “The reader”

Melhor canção original:
“The wrestler” (Bruce Springsteen) – “The wrestler”

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme feito para a TV:
Tom Wilkinson – “John Adams”

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme feito para a TV:
Laura Dern – “Recount”

Melhor ator em série dramática:
Gabriel Byrne – “In treatment”

Melhor atriz em série dramática:
Anna Paquin – “True blood”

Melhor longa de animação:
“Wall-E”

Melhor atriz em filme musical ou comédia:
Sally Hawkins – “Happy-go-lucky”

Melhor minissérie ou filme feito para a TV:
“John Adams”

Melhor ator coadjuvante em filme:
Heath Ledger – “Batman – O cavaleiro das trevas”

Melhor filme de língua estrangeira:
“Waltz with Bashir” (Israel)

Melhor atriz em minissérie ou filme feito para a TV:
Laura Linney – “John Adams”

Melhor roteiro de longa-metragem:
Simon Beaufoy – “Slumdog millionaire”

Melhor ator em série musical ou cômica:
Alec Baldwin - “30 Rock”

Melhor ator em minissérie ou filme feito para a TV:
Paul Giamatti – “John Adams”

Melhor série de TV – musical ou comédia:
“30 Rock”

Melhor trilha sonora original:
A.R.Rahman – “Slumdog millionaire”

Melhor atriz em série musical ou cômica:
Tina Fey – “30 Rock”

Melhor diretor de longa-metragem:
Danny Boyle – “Slumdog millionaire”

Melhor ator em filme musical ou comédia:
Colin Farrell – “Na mira do chefe” (In Bruges)

Melhor filme - musical ou comédia:
“Vicky Cristina Barcelona”

Melhor atriz em filme dramático:
Kate Winslet – “Revolutionary road”

Melhor série de TV – drama:
“Mad men”

Melhor ator em filme dramático:
Mickey Rourke – “The wrestler”

Melhor filme - drama:
“Slumdog millionaire”

Prêmio especial Cecil B. DeMille:
Steven Spielberg - conjunto da obr



Janaina Pereira

domingo, janeiro 11, 2009

Reforma Ortográfica


Mal 2009 começou e mexeram na nossa maltratada língua portuguesa. Eu ainda não sei bem o que mudou e, por conta disso, estou escrevendo errado. Virei analfabeta. Mas algumas questões eu preciso levantar. De quem foi a ideia - sim, agora ideia não tem mais acento - de colocar hífen no microondas?

Micro-ondas. Esteticamente não combina. Não gostei. Nada a ver. É tão fofo ver as duas letrinhas juntas. Deveriam fazer algo mais útil e acabar com a maldita crase, que só serve para confundir.

O trema, porém, foi abolido. Até que enfim. Nunca entendi muito bem o porquê daqueles dois pontinhos sujando as letrinhas. Nunca gostei de usar. O trema era desnecessário, assim como a crase é. Mas a crase não acaba. Acaba o acento de ideia. Colmeia. Feiura. E o circunflexo de voo, enjoo, veem, creem - isso vai facilitar para algumas pessoas que nunca souberam onde enfiar o tal acento.

Nunca passei por uma reforma ortográfica. Acho que por isso estou estranhando. Mas era legal o pára ser diferente do para. Agora dá tudo na mesma.

O hífen é que ficou esquisito. Micro-ondas. Micro-ônibus. Ultrassom. Contrarregra. Enfiaram traço onde não tinha, colocaram letra onde tinha... que confusão.

Mas meu nome, que nunca teve acento, finalmente entrou na reforma ortográfica. Sim, porque nas paroxítonas não se usa mais acento em I e U quando eles vêm precedidos de ditongos. Ou seja, Janaína virou Janaina, que sempre fui eu, assim mesmo, sem acento.

Puxa, o cara do cartório que registrou meu nome errado há 34 anos foi um pioneiro da reforma ortográfica! E agora ninguém mais pode reclamar que meu nome é escrito errado. Porque, oficialmente, eu sou Janaina sem acento.


Janaina (SEM ACENTO) Pereira

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Quando Keanu Reeves nos salvou


Ontem fui à pré-estreia (olha eu aí na reforma ortográfica!) do filme O dia em que a Terra parou. Mas não foi uma pré-estreia qualquer. Convidados pela LG, eu, Ju, Re e Bruno enfrentamos uma fila quilométrica, cercados por moçoilas maquiadas e rapazes bem vestidos no elegante Kinoplex do Itaim. Comemos pipoca de graça - menos o Bruno, que não gosta de pipoca, mas ainda assim é gente boa -, bebemos coca-cola de graça e a Re ainda levou um celular - de graça - para casa. Uma diversão só.

Ah, o filme? Bem, o filme é assim: em 1951, Robert Wise – que depois ficaria conhecido por dirigir, entre outros clássicos, Amor Sublime Amor e A Noviça Rebelde – contava nos cinemas a história de um alienígena que é mandado à Terra para alertar os humanos do perigo iminente, mas sua mensagem é mal interpretada pelas autoridades, que passam a persegui-lo. Tudo isso acontecia no início da Guerra Fria, o que dava à história um contexto político sensacional. Foi assim que O dia em que a Terra parou se transformou em clássico da ficção científica. Assisti quando era adolescente, ou seja, faz muito tempo, mas lembro que achei o roteiro bem legal - e os efeitos especiais, embora simplórios, não agrediam a história. A mensagem de paz que o filme passa é bastante atual e, talvez por isso, o diretor Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose) quis fazer esta refilmagem. Mas, cá entre nós, o filme é daqueles que impressionam na telona por sua grandiosidade, mas passa batido. Comparado ao primeiro, é um fiasco.

Dessa vez é Keanu Reeves quem faz o papel do alienígena Klaatu. Inexpressivo, numa mistura de Matrix e Homens de Preto, ele não me convenceu. Mas confesso que o moço está em forma, magérrimo, altíssimo - fiquei com a impressão de que ele estava mais alto neste filme - e sempre com a mesma cara amarrada. A mocinha é a bela Jennifer Connely, também muito magra, apenas passeando seus olhos - mais belos do que os de Maysa! - pela tela. E com um cabelo impecável que nunca sai do lugar apesar dos solavancos que leva. Ainda tem o filho do Will Smith, que em boa parte da trama encheu o saco.

O roteiro? O alienígena Klaatu (Reeves) aterriza no Central Park, acompanhado de um robô que reage à violência, para salvar o planeta da destruição. Mas sua recepção não é nada amistosa. Ferido e capturado pelo governo americano, o extraterrestre consegue fugir com a ajuda da cientista Helen Benson (Connely). Klaatu segue então para, a qualquer custo, cumprir seu objetivo: preservar todas as espécies do planeta, menos o homem. Mas será que os seres humanos não mereceriam uma segunda chance? Cabe à Helen tentar convencer o alienígena que a nossa raça tem salvação.

Sem grandes emoções, o filme vai nos levando, ao longo de 93 minutos, a uma mensagem ecológica - eu identifiquei a causa sustentável lá. Eu preferia a causa política. E identifiquei também merchandising agressivos e incômodos - alienígena no Mcdonald´s é de doer. Mas, pensando bem, o ser humano pode mudar sim. Isso não significa que a gente tem salvação ou que vamos salvar o Planeta.


Outra crítica minha no site Herói



Janaina Pereira

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Maysa é emo


Minha querida amiga Mariana Marques chegou a essa brilhante conclusão: Maysa é emo. A cantora que foi ícone da fossa, e atualmente é estrela da minissérie mais badalada dos últimos tempos na Globo, gostava de músicas tristes. Maysa dizia que suas letras refletiam seu estado de espírito. Ou seja, a pobre menina rica vivia em um mundo de solidão, coração partido, mágoas, amarguras, rancor e raiva.

Meu mundo caiu, clássico da Rainha da Fossa, reflete bem a tristeza da cantora.


Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim

Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí

Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar



Diante de tanta tristeza, tanta amargura e tanta melancolia, Maysa foi a pioneira do movimento emo. Maysa antecipou tendências, pois sim, era de vanguarda. Maysa foi ao fundo do poço e lá nos anos 1950 fez nascer as canções de dor de cotovelo que hoje são a base de algumas bandas brasileiras que fazem muito sucesso.

Então, queiram ou não, Maysa é emo! Foi ela quem, mesmo sem saber, fez surgir este movimento de canções tristes que agora fazem sucesso por aí.

Grande Maysa. Sua obra é resgatada em uma época onde ser emo é estar na moda. Maysa é in. Maysa é fashion. Maysa é manguaça - e que nunca tomou um porre que atire a primeira pedra.

Maysa é emo. E não se discute mais isso.



Janaina Pereira

terça-feira, janeiro 06, 2009

A volta do humor negro dos Coen


Faz um tempinho que vi o filme e nem deu tempo de comentar aqui. Acompanhada das queridas Guilene e Karina, fomos em nossa última sessão a R$2,50 no Espaço Unibanco, uma das melhores coisas de nossas vidas de estudante. O filme escolhido? Pitt & Clooney pela ótica dos irmãos Coen, claro.

Depois de toda a boa repercussão de Onde os Fracos Não Têm Vez, filme oscarizado que transformou os irmãos Coen em queridinhos de Hollywood, a talentosa dupla de diretores volta às raízes com uma comédia ácida com toques de violência, fator sempre presente em suas produções. Queime Depois de Ler é a nova pérola dos Coen, um filme com roteiro primoroso sobre a ambição e a falsa moralidade que predominam na sociedade americana.

A trama mostra uma conspiração fajuta e aproveita para escrachar com alguns estereótipos, como a importância da beleza estética. Para isso, Ethan e Joel Coen colocaram em cena dois dos maiores símbolos sexuais do cinema, George Clooney e Brad Pitt, em papéis que beiram o ridículo, brincando com a imagem dos galãs. Pitt, em especial, 'desconstrói' a si mesmo, no melhor papel de sua carreira - e ele aproveita a chance para fazer um personagem divertido e único.

Mas nem só de Pitt e Clooney vive Queime Depois de Ler . O filme conta com nomes de peso como Tilda Swinton, John Malkovich e a musa mais presente na filmografia de Joel e Ethan, Francis McDormand, todos em excelentes atuações.

O roteiro gira em torno de Osbourne Cox (Malkovich), agente que é despedido da CIA por seus ‘problemas de bebida’ e conta à sua esposa Katie (Swinton) que agora se concentrará em escrever um livro de memórias. Katie toma coragem para pedir o divórcio e assim assumir a relação que mantém com o policial canastrão Harry Pfarrer (Clooney), que em 20 anos de profissão nunca precisou tirar sua arma do coldre. Enquanto isso, numa academia de ginástica, Linda Litzke (McDormand) está obcecada por transformar seu corpo através de várias cirurgias plásticas. Para conseguir o dinheiro necessário para as operações, ela se junta a seu melhor amigo, o patético instrutor de ginástica Chad Feldheimer (Pitt). Depois de acharem um CD no banheiro da academia com informações que julgam serem arquivos confidenciais da CIA, a dupla começa a chantagear Cox. Está dado o pontapé inicial a uma trama de espionagem e paranóia a respeito de uma conspiração sobre nada.

Os personagens vão se ligando uns aos outros das maneiras mais tortuosas, através da vida dupla que todos são obrigados a sustentar. O único que permanece sempre fiel a sua própria personalidade é o espontâneo Chad, cuja melhor cena é também aquela que guarda a virada da história. E há também a sacada do título, que você só percebe quando o filme acaba.

Queime Depois de Ler transborda ironia para todos os lados, divertindo através da ridicularização e das bobagens que cada um dos personagens comete. E, no final das contas, mostra como todos nós podemos ter desejos e anseios ridículos que nos levam a lugar nenhum.


Janaina Pereira

domingo, janeiro 04, 2009

Praia e sol


Os dias no Rio estão meio estranhos. E, de repente, tudo se explicou. Fora uma ou outra pessoa maneira - tipo, Jude Law - o Rio está muito mal frequentado neste final de 2008/começo de 2009. Ao contrário dos outros anos, quando a cidade era invadida por turistas de todo mundo, agora só tem paulista aqui.

Eu fugindo dos paulistas e eles lotando a minha praia. Fala sério. Não que eu não goste de paulista. Eu gosto sim, tenho grandes amigos e amigas paulistas e paulistanos. Alguns estão no Rio e sabem que não fazem parte desta lista. Mas tem um pessoal por lá que é dífícil de engolir - como tem carioca marrento demais, tem paulista que se acha demais. E são alguns desses que estão aqui no Rio.

É fácil identificar paulista por essas bandas. Brancos demais, meninos de bermuda e meninas achando que estão desfilando na Avenida Paulista.

Uma pena que meus paulistas e paulistanos mais queridos não vieram. Mas quem sabe os que vieram e não são tão queridos assim aprendam a olhar os cariocas com mais respeito depois de um dia na minha cidade.

E por favor, não joguem lixo no chão nem na praia. Aqui não é a casa de vocês.


Janaina Pereira

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Amor pra recomeçar

Frejat


Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar...

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Pra você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar...

Eu desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Pra recomeçar
Pra recomeçar
Pra recomeçar...

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