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quinta-feira, novembro 27, 2008

Em série


E terminou na madrugada a terceira - e curta - temporada de Supernatural. Por causa da greve dos roteiristas no início de 2008, as séries americanas estão mais curtas. Assim, Supernatural teve apenas 13 episódios.


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No último, Dean tenta, mas não consegue se livrar do inferno. Mas já sabemos que na quarta temporada ele volta, claro, do mundo dos mortos.


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O SBT resolveu, então, reapresentar a série desde o primeiro episódio. Finalmente eu consegui ver todo o episódio piloto, que deu origem a série.


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O que eu não entendi foi a estratégia de, no último domingo, tirar do ar Lilly Rush e Cold Case e colocar Supernatural desde o primeiro episódio... de novo!


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Depois de um ano com as séries sendo apresentadas em horários e dias definidos, o SBT tinha que esculhambar. Demorou.


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E a sétima - e chata - temporada de Smallville está chegando ao fim. Não aguento mais a Lana. Queremos Clark e Lois juntos!



Janaina Pereira

terça-feira, novembro 25, 2008

Meu nome é crise

por Frei Betto


Todas as vezes que irrompo na história ou na vida das pessoas, trago um recado: é hora de começar de novo. Quem puder entender, entenda.

Há tempos não se falava tanto de mim como agora. Tudo por causa de uma crise no sistema financeiro. A África anda, também há tempos, em crise crônica – de democracia, de alimentos, de recursos; quem fala disso?

Existe ameaça de crise do petróleo; governantes e empresários parecem em pânico frente à possibilidade de não poder alimentar 800 milhões de veículos automotores que rodam sobre a face da Terra.

No último ano, devido ao aumento do preço dos alimentos, o número de famintos crônicos subiu de 840 milhões para 950 milhões, segundo a FAO. Mas quem se preocupa em alimentar miseráveis?

Meu nome deriva do grego krísis, discernir, escolher, distinguir, enfim, ter olhos críticos. Trago também familiaridade com o verbo acrisolar, purificar. Ao contrário do que supõe o senso comum, não sou, em si, negativa. Faço parte da evolução da natureza.

Houve uma crise cósmica quando uma velha estrela, paradoxalmente chamada supernova, explodiu há 5 bilhões de anos; seus cacos, arremessados pelo espaço, deram origem ao sistema solar. O Sol é um pedaço de supernova dotado de calor próprio. A Terra e os demais planetas, cacos incandescentes que, aos poucos, se resfriaram. Daqui 5 bilhões de anos o Sol, agonizante, também verá sua obesidade dilatada até se esfacelar nos abismos siderais.

Todos nós, leitores, passamos pela crise da puberdade. Doeu ver-nos expulsos do reino da fantasia, a infância, para abraçar o da realidade! Nem todos, entretanto, fazem essa travessia sem riscos. Há adolescentes de tal modo submersos na fantasia que, frente aos indícios da idade adulta, que consiste em encarar a realidade, preferem se refugiar nas drogas. E há adultos que, desprovidos do senso de ridículo, vivem em crise de adolescência.

Resulto da contradição inerente aos seres humanos. Não há quem não traga em si o seu oposto. Quantas vezes, no trânsito, o mais amável cidadão arremessa o carro sobre a faixa de pedestres? A gentil donzela enfia a mão na buzina? O aplicado estudante acelera além da conveniência?! Não é fácil conciliar o modo de pensar com o modo de agir.

Estou muito presente nas relações conjugais desprovidas de valores arraigados. Sobretudo quando a nudez de corpos não traduz a de espíritos e o não-dito prevalece sobre o dito.

Agora, assusto o cassino global da especulação financeira. Acreditou-se que o capitalismo fosse inabalável, sobretudo em sua versão neoliberal religiosamente apoiada em dogmas de fé: o livre mercado, a mão invisível, a capacidade de auto-regulação, a privatização do patrimônio público etc.

Dezenove anos após fazer estremecer o socialismo europeu, eis-me aqui a gerar inquietação ao mercado. A lógica do bem-estar não lida com o imprevisto, o fracasso, o inusitado, essas coisas que decorrem de minha presença. Os governantes se apressam em tentar acalmar os ânimos como a tripulação do Titanic: enquanto a água inundava a quilha, ordenou à orquestra prosseguir a música.

Tenho duas faces. Uma, traz às minhas vítimas desespero, medo, inquietação. Atinge aquelas pessoas que não acreditavam em minha existência ou me encaravam como se eu fosse uma bruxa – figura mitológica do passado que já não representa nenhuma ameaça.

Minha outra face, a positiva, é a que a águia conhece aos 40 anos: as penas estão velhas, as garras desgastadas, o bico trincado. Então ela se isola durante 150 dias e arranca as penas, as garras, e quebra o bico. Espera, pacientemente, a renovação. Em seguida, voa saudável rumo a mais 30 anos de vida.

Sou presença freqüente na experiência da fé. Muitos, ao passar de uma fé infantil à adulta, confundem o desmoronar da primeira com a inexistência da segunda; tornam-se ateus, indiferentes ou agnósticos. Não fazem a passagem do Deus "lá em cima" para o Deus "aqui dentro" do coração. Associam fé à culpa e não ao amor.

Acredito que este abalo na especulação financeira trará novos paradigmas à humanidade: menos consumismo e mais modéstia no padrão de vida; menos competição e mais solidariedade entre pessoas e empreendimentos; menos obsessão por dinheiro e mais por qualidade de vida.

Todas as vezes que irrompo na história ou na vida das pessoas, trago um recado: é hora de começar de novo. Quem puder entender, entenda.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Do Leme ao Pontal


Hoje passei a manhã no Leme e a tarde em Ipanema. O tempo oscilou entre sol forte, vento forte, chuva fraca, nublado, mar agitado. Vi a moda praia do verão carioca - vestidos, muitos vestidos fofos - caminhei pelas ruas, comi empadas - adoro empada! -dormi um pouquinho e fiquei mais vermelha do que ontem - sempre protegendo o rosto para as sardas não voltarem.

Agora estou cansada e vou tirar um cochilo; acho que não volto a escrever daqui... muito chato esse di[ario virtual direto do Rio.

É a novidade de estar em casa com computador... mas segunda de volta a Sampa, a correria, ao estresse e ... como diz Rita Lee, mas enquanto estou viva, cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz!


Janaina Pereira

quinta-feira, novembro 20, 2008

Direto de casa


Nem lembro qual foi a última vez que escrevi no blog direto do Rio. Pois é, cá estou eu... sol, mar, praia, água de coco... coisa chata. Enquanto uns e outros estão por aí, fazendo monografias, surtando, reclamando, eu estou aqui sendo recompensada pelos meses de aflição.

Hoje me dividi entre o Leme, horas de sono após um almoço especial feito pela mamãe, visita na casa da vovó e ensinar a mamãe as maravilhas do mundo cibernético. É tudo que pretendo fazer nestes dias: comer, beber, mergulhar, bronzear, dormir, descansar.

E como diria Lulu Santos... eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear.



Janaina Pereira

quarta-feira, novembro 19, 2008

O dia de hoje

Já li e reli minha monografia umas dez vezes. Quando olho impressa dá uma certa emoção. Aprovada e elogiada, hoje ela foi entregue definitivamente. É um momento especial, pelo qual esperei por muito tempo.

É meio chato ver que pessoas que eu gosto ficaram pelo meio do caminho, mas cada um fez sua escolha. Eu escolhi me dedicar, abrir mão de muita coisa para fazer algo que me desse orgulho. Fique um bom tempo sem ir para o Rio, não emendei feriados, não sai tanto quanto gostaria... cheguei a ficar um mês com insônia de ansiedade.

Li 20 livros, e outros 16 tiveram capítulos específicos usados. Isso sem falar nos artigos e teses, e nos jornais que li ao longo de 18 meses para fazer o estudo de caso. Fiz um curso por conta de um capítulo específico da monografia, tive capítulos aprovados de primeira e outros reprovados, reprovados e reprovados... até serem aprovados.

Durante este ano, eu só pensei no dia de hoje. Nos últimos quatro meses, eu só pensei no dia de hoje. Eu esperei por esse longo dia e nada nem ninguém pode me tirar este momento. Não sei se hoje é o dia mais importante da minha vida, mas é o dia em que posso dizer com muita segurança que eu fiz por merecer este momento, que eu mereço esta conquista, que eu dou valor por conseguir, apesar das dificuldade, concluir minha faculdade de modo digno e honesto.

Eu consegui. Eu sou uma jornalista.


Janaina Pereira

P.S.: Agradeço pelas homenagens nas monografias alheias. Guilene, Camilinha e Edson, obrigada pelo carinho e pela lembrança.

terça-feira, novembro 18, 2008

The end

Para ler ouvindo The end, dos Beatles


Hoje chorei copiosamente. Meu coração ficou apertado, de repente tudo fez sentido. Depois de quatro longos e angustiantes anos, eis que chega o fim. E a conclusão de que, no final, valeu a pena, é o que mais me deixa feliz.

Minha monografia é um capítulo importante da minha vida. É meu idealismo, meus sete anos longe de casa, enfrentando só Deus sabe o que por esse momento. É a hora de dizer: eu não sou daqui, mas eu quero ser aceita como sou.

A tão esperada hora de partir chegou. Minha monografia é dedicada aos meus pais, Marcia e Ivo, a quem sou grata pela minha existência. Agradeço à minha mãe por me ensinar a ser uma pessoa de caráter e estar ao meu lado sempre que preciso; e ao meu pai por iluminar todos os meus dias e nunca me deixar esmorecer.

Dedico também à minha avó Lenira que me ensinou a ser forte. À minha professora e amiga Márcia Alegro, pelo apoio, incentivo e solidariedade nos momentos mais difíceis da minha jornada. Ao meu professor e amigo Alexandre Barbosa, pelo aprendizado, por acreditar em mim e por abrir as portas do jornalismo para a minha vida.

Dedico ainda a todos os meus amigos cariocas e paulistas que nunca deixaram o preconceito invadir seus corações e me aceitaram como eu sou.


Aproveito para agradecer também aos meus amigos David Sales, Clauber Trivoli e Gisele Fujii, as pessoas que mais me incentivaram a voltar a estudar. Ao meu grupo acadêmico, Valéria Fernandes, Mariana Marques, Edson Natale e Camila Santos, pelo companheirismo e pela solidariedade ao longo destes quatro anos. Às minhas professoras Rosângela Paulino e Patrícia Kay, por ajudarem no desenvolvimento deste trabalho. À minha orientadora Marcela Matos, pela paciência e pelo apoio, e por acrescentar sua experiência e profissionalismo a esta tão sonhada monografia.

E, por último, mas jamais o último, agradeço a Deus por me reerguer todas as vezes que me derrubaram, por me levantar sempre que me empurravam para o chão, e por não me deixar esmorecer mesmo quando todo mundo queria que eu desistisse.

Por tudo isso, só tenho uma coisa a dizer: eu consegui. E como disse Durkheim, um dos inspiradores do meu trabalho,'o que importa não é distinguir as palavras; é conseguir distinguir as coisas que são encobertas pelas palavras.'


Janaina Pereira

segunda-feira, novembro 17, 2008

O novo blog


Ele já funcionando a todo vapor, mas só agora deu tempo de anunciar aqui. Finalmente criei meu blog jornalístico. Lá é o meu mundo paralelo, a vida que escolhi para ocupar algumas horas do meu dia. É o lado jornalista aflorando devagar.

janapereira.wordpress.com

O mais legal é que este blog tem estatística, e eu posso saber quem visitou o site, quando, o número do IP, de onde postou o comentário, que páginas acessou e - isso é muito bom - se copiou ou reproduziu o conteúdo.

Portanto ele dá o perfil e diz exatamente quem lê o blog, não permitindo que as pessoas se escondam por trás de pseudônimos, sendo obrigadas a postar seus comentários com nomes e sobrenomes.

É o antídoto para o Veneno.

Janaina Pereira

sábado, novembro 15, 2008

O que vai fazer falta


- O brigadeiro;

- Aquele momento único em que eu falo que vou mandar todo mundo tomar ... vocês sabem onde, e a Val solta uma generosa gargalhada;

- Os papos divertidos com a Guilene;

- A fofura da Karina;

- A implicância do Edson;

- O abraço carinhoso do meu querido baka, Wellington;

- As observações mortíferas da Camilinha;

- A Brisa, o Fabinho, o Jorge, a Elisa, a Pri, o Valter;

- A Janis, o Rogério, o Cassiano, a Lísia, a Ivy, a Eliane;

- Os corredores com a Bárbara;

- Falar mal do Bufarah - inclusive para ele;

- O café com a Márcia Alegro;

- O papo com a Ana Ziccardi e a Rosângela;

- Os conselhos do Ale;

- As reflexões do Amaral e do Odair;

- As gravações no laboratório de rádio;

- O Farias e a Paty Kay;

- A gargalhada do Will;

- Os comentários sempre sinceros da Diana;

- O ombro amigo da Mari;

- A noite preenchida, ocasionalmente, por conhecimento. Mas, totalmente, por pessoas que valem a pena.


No final das contas, eu vou sentir muita falta da faculdade. Ou melhor, das pessoas que me fizeram sobreviver estes quatro anos, dos amigos conquistados, daqueles que realmente ficarão no meu coração. Para sempre.


Janaina Pereira

quinta-feira, novembro 13, 2008

Minha mãe tem um e-mail


Foi com muita alegria que recebi a notícia que a minha mãe, a famosa Dona Marcia, ganhou um computador. Antes mesmo que eu ensinasse para ela o que é o bate papo do gmail, ela já me chamou para uma conversa on-line.

Marcia: Oi
Jana: Mãe?

Foi sensacional. Minha mãe sempre foi meio arredia com a tecnologia. E agora estamos conectadas. Ela vai poder ler meu blog, ver meu fotolog e ter uma página no orkut. Vou ensiná-la a baixar músicas e pesquisar na internet, além de fazer uma coisa que ela adora - ler jornal.

Ganhei mais uma leitora - uma das pessoas mais citadas deste blog que nunca leu absolutamente nada do que eu já escrevi para ela - e sobre ela.

Acho incrível quando as pessoas mais velhas - e não digo isso porque a minha mãe é velha, ela é apenas mais velha do que eu, obviamente - descobrem o fantástico mundo da internet. É uma janela que se abre para um mundo de possibildades.

Só não vou responder aos e-mails dela todos os dias. Porque ainda preciso ouvir a voz das pessoas. E não quero perder o elo que mais me aproxima da minha mãe: quando a gente se fala pelo telefone e as palavras perdem o sentido, porque somos apenas mãe e filha. E a gente não tem muito o que dizer, só de ouvir a voz do outro lado sabemos se estamos bem ou não.

Bem, vou passar a usar o skype. E isso já vai tornar a nossa vida on-line muito mais real e interessante. Agora já era... minha mãe caiu na rede.


Janaina Pereira

quarta-feira, novembro 12, 2008

Quase no fim


Com o conteúdo da monografia aprovado, e tendo só as chatices das normas da ABNT pela frente, parece que consegui respirar aliviada. Parece. Agora mesmo estou aqui no computador e as lágrimas caindo. Eu sou chorona. E é muito difícil suportar a frieza quando eu espero o calor das emoções.

Eu estou muito cansada. Cansa pra caramba estar longe da minha família, dos meus amigos que me conhecem desde sempre. Longe das pessoas que não me julgam. Das pessoas que realmente me amam.

Eu bem que tento fazer de São Paulo a minha casa. Novos amigos, novos lugares, novos caminhos. Mas não dá. As pessoas aqui tem essa coisa estranha, esse jeito de ver tudo unilateralmente. Confundem suas palavras, suas atitudes, suas ações e até suas emoções. Não adianta: São Paulo nunca será minha casa.

Eu queria muito que as coisas fossem diferentes. Queria um sentido maior do que simplesmente estar aqui. Queria ver o mundo colorido de novo. A sensação de perda é enorme, e é nessa hora que eu sinto uma falta imensa do Rio. Dos lugares que eu estou acostumada a ficar quando me sinto triste.

Dos pés na areia, da brisa, do mar, da onda, do silêncio.

Ainda bem que estou voltando para casa.


Janaina Pereira

segunda-feira, novembro 10, 2008

Eu comecei a brincadeira


Se existe uma coisa que o ser humano não aprendeu ainda é dar valor a quem merece. Eu já devia estar acostumada com isso. Quanto mais eu ajudo, mais eu me aborreço. Nunca fiz nada esperando agradecimento. Mas é claro que a gente acha que está agradando. Nem sempre está.

Dói, dói pra caramba ver as pessoas fazendo de tudo para aparecer as custas dos outros. Dói mais ainda os outros aceitando isso sem pestanejar. Dói passar desapercebido na multidão, ou ser apenas mais um. Dói fazer as coisas pelo bem e receber a indiferença em troca.

Nossa, tá doendo tanto, como eu não achei que seria, como não planejei, como não quis. Não queria que fosse assim. Estou muito triste porque o que recebi foram aborrecimentos, palavras tortas, sentimentos endurecidos. Eu sou muito afetuosa, faço as coisas porque eu realmente gosto das pessoas. Gosto de gente. Mas por que o mundo insiste em ser tão duro, tão cruel, tão insensível?

Eu estou tão cansada de ser essa tola... é exatamente como aquela música do Bee Gees, que o Faith No More regravou, e eu adoro – I started a joke – que me lembra alguém... um alguém que me ensinou que, no mundo, cada um quer aparecer as custas dos bons corações.

Estou cansada de ser a tola. Estou cansada de ficar no escuro, chorando, enquanto os outros fingem ser o que não são.

Eu comecei a brincadeira. E a piada era sobre mim mesma.



Janaina Pereira

sábado, novembro 08, 2008

Passagem das horas

(Fernando Pessoa, a partir de poema de Álvaro de Campos)


Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.



O que cabe no seu coração???

(saudades imensas, Oboré)

sexta-feira, novembro 07, 2008

Meninas da Oboré


Algumas pessoas levam muito pouco tempo para tomar conta da nossa vida de maneira especial. A gente não vai ter mais a Oboré, mas vai ter os e-mails divertidos. Célia, Camila e Diana, vocês fizeram minhas últimas semanas muito mais engraçadas, animadas e festivas.

A Célia foi uma surpresa. Publicitária como eu, sempre doce e simpática, atenciosa e meiga. Eu perturbava tanto ela, e tinha tudo para ser só uma mala na vida desta encantadora Beatriz, mas quis a vida que, papo vai, papo vem, chocolate aqui e acolá, a gente encontrasse afinidade. A Célia é uma fofa, e sem ela, nosso curso teria sido muito menos disciplinado.

A Camila foi o ponto de união da turma. Montou o e-mail coletivo, animava a 'cobertura do café-da-manhã' e tinha sempre um curso para indicar. Um dia eu cheguei cedo para o café e perguntei 'você é a Camila?'. E ali começava a nossa amizade.Entre risadas, piadas e e-mails divertidos, as melhores frases são sempre da Camila - infelizmente existem coisas que não dá para publicar, mas ela vai saber do que estou falando.

A Diana, como boa baiana, é espirituosa e animada. Na primeira aula ela disse que largou o emprego na Bahia para fazer o curso. Pensei: "essa é das minhas". Eu sempre deixo as pessoas se aproximarem de mim, mas com ela foi diferente. Eu fui falar com ela, porque queria saber se ela pretendia ficar em São Paulo. Quando eu a vi com aquela mochila enorme, para mudar de Guarulhos para Pompéia, lembrei da minha chegada em uma madrugada fria a São Paulo. Um filme passou na minha cabeça. Eu só disse: 'se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.'

Eu não sei que rumos nossas vidas vão tomar, mas já me acostumei com os e-mails trocados diariamente. São garantias de boas gargalhadas. Espero, de verdade, que a vida proporcione leveza para o dia-a-dia de vocês. Assim como vocês tornam meus dias mais leves e divertidos.


Janaina Pereira

quarta-feira, novembro 05, 2008

Massa, Rubinho e Senna


Gosto bastante do Massa, e acho que sim, ele será o próximo brasileiro campeão de F-1. Acho também que já estava na hora de cicatrizarmos uma ferida que ainda sangra - a morte do Senna. Então os 38 segundos em que Felipe Massa foi campeão nodomingo significou muito para a torcida brasileira.

E o Rubinho? Sobre ele, prefiro não comentar. Rubens Barrichelo foi pressionado, de fato, depois da morte do Ayrton, mas nunca foi destemido o suficiente para suportar a pressão.

Para mim, particularmente, que nunca mais assistiu a uma corrida depois da morte do Ayrton Senna, e hoje se limita a ver as provas zapeando para olhar o que o Massa está fazendo... podem surgir milhões de pilotos brasileiros vencedores, não vai fazer a menor diferença.O Ayrton sempre será único.

Que o Massa seja campeão, e eu ficarei muito feliz por ele. Acho que a nova geração, nascida no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, precisa mesmo de um ídolo na Fórmula 1. Mas isso nunca, jamais, vai mudar o fato do que representou o Ayrton para este país, numa época em que não ganhávamos nada no futebol e ele era o único a defender as cores da bandeira nacional com muito orgulho.

O Massa vai passar, sabe-se lá quantos pilotos eu ainda vou ver correr... mas uma coisa nunca vai mudar para mim: meu ídolo se chama Ayrton Senna. Minha geração é marcada por isso. Eu sou Sennista até o fim, até a última curva, até aquela derrapada na chincane, até a bandeirada final.


Janaina Pereira

sábado, novembro 01, 2008

Jornalistas de Verdade


Desde a primeira aula na Oboré, o Sérgio Gomes disse que, para a gente ser jornalista de verdade, teríamos que ir ao Prêmio Vladimir Herzog. Compramos a idéia e na última segunda, dia 27, lá fomos nós para o Teatro da PUC, o TUCA, em Perdizes.

Boa parte da galera que fiz amizade no curso estava lá: Rafa, Cristian, Mari, Allan, Ivan e, claro, Diana e Camila. Os jornalistas de verdade também, em carne, osso e muita experiência para contar. Além dos vencedores do Prêmio Vladimir Herzog, alguns jornalistas foram premiados com o troféu Especial de Imprensa ONU/60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos - e Caco Barcellos, Henfil (representado pelo filho, Ivan), José Hamilton Ribeiro, Zuenir Ventura e Ricardo Kotscho levaram o Vlado Vitorioso para casa.

A longa cerimônia, que contou com a ótima intervenção musical do coral Luther King, regido pelo maestro Martinho Lutero, foi cercada de aplausos e gritinhos entusiasmados. Eduardo Suplicy e Caco Barcelos foram os mais aplaudidos, além do Cristiano Borges, um fotógrafo de Goiânia que fez o maior sucesso.

Depois de três horas de aplausos, discursos e prêmios, começou a correria para as fotos e autógrafos. Livro para cá, digital para lá, e uma fila de mulheres querendo um lugar ao lado de Caco Barcelos. Sim, eu tirei foto com ele, até porque já que eu estava lá, não ia sair sem uma foto justo com o Caco.

Os comes e bebes nem foram tantos, mas o suficiente para a gente rir e se divertir. A sensação de sermos jornalistas de verdade era evidente. Tudo agora faz sentido. Como disse o Serjão, já temos o diploma. Aliás, foi muito bom ver a cara de alegria dele ao ver a gente lá. É mais uma turma da Oboré ganhando o título de jornalista de verdade.

Só quem passa pela Oboré sabe o que estou falando. Lá é a casa de quem acredita que vale a pena lutar por uma causa. A Oboré é o nosso lugar de conforto para fugir dos infortúnios e problemáticas das redações. Por isso a gente acredita mesmo que o dia seguinte do Prêmio Vladimir Herzog foi uma nova etapa para um bando de estudantes que, sabe-se lá o porquê, foi parar naquele andar da Rua Rego Freitas.

No final das contas, os anos passam e o Vlado continua vivo. No olhar curioso de jovens que querem ser jornalistas. Ou em alguém como eu, que tenta apenas achar um novo sentido para sua própria vida.


Janaina Pereira

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