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sexta-feira, agosto 29, 2008

Cinquenta


Michael Jackson faz 50 anos hoje. Madonna fez 50 anos no último dia 16. Os dois marcaram a minha geração, com suas roupas únicas, coreografias únicas, estilos únicos, músicas únicas. Ele é o Rei e ela a Rainha do Pop.

Difícil explicar como fui influenciada por eles. Por exemplo, a Diana questionou o meu desejo de ver o show da Madonna e eu não consegui dizer porque é tão importante para mim estar lá. Eu não iria se fosse o show do Michael, porque ele se perdeu com o tempo, mas a música dele permanece. E a Madonna não tem explicação. Ela é absolutamente a maior.

Minha mãe já era fã do Jackson 5 antes do meu nascimento. Ela tem vários compactos do grupo. Então eu já cresci sabendo quem era o Michael Jackson. Quando eu tinha 8 anos ganhei de presente o disco Thriller, que eu tenho guardado até hoje. Eu tentava – e nunca conseguia – imitar os passos do Moonwalk. Eu tinha medo do clip da música Thriller, especialmente daquela gargalhada no final. E eu amava – como ainda amo – a batida triunfal de Beat it, para mim, até hoje, a segunda melhor canção de MJ. Porque a melhor é, sem dúvida, Billie Jean.

Mesmo com tantas esquisitices, Michael ainda teve força de gravar um outro álbum bom. Não tão grandioso como Thriller, mas muito bom. É Dangerous , da ótima Black or White e seu clip revolucionário – mais um – com as pessoas mudando de pele, de cabelo, de cara. Afinal, não importa se você é branco ou negro. Não importa se Michael mudou a cor de sua pele. Ele faz parte da história da música como Elvis, Beatles e Rolling Stones. Ele é música. E da melhor qualidade.


Janaina Pereira

quarta-feira, agosto 27, 2008

O que não é e o que não pode ser


É um caso de apatia ambulante. Não sai do lugar. Não anda. Não tenta. Só reclama. Acha que o que tem é o que merece. Ou, talvez, mais do que merece. Eu detesto isso. Detesto aquela reclamação constante sem fazer nada para mudar. Detesto que as pessoas aceitem as coisas pacificamente como se não pudessem ter nada melhor. Francamente. Como o mundo é cheio de gente vazia.

O número de pessoas que vêem a vida passar pela janela é cada vez maior. Cada um em seu mundinho, sua vidinha quase perfeita. Sem arriscar. Sem ousar. Tudo isso porque êssas pessoas têm medo. Medo de viver.

Como é tedioso ver gente desperdiçando vida. E tanta gente por aí querendo viver.


Janaina Pereira

terça-feira, agosto 26, 2008

Ela está para chegar


Madonna vem aí. Agora é oficial. Em 1993 eu não lutei o suficiente para vê-la. Resultado: vi pela TV ela cantar uma das minhas músicas preferidas, Rain. Agora ela volta, para um show no Rio e outro em São Paulo.

Vai ser complicado para ir. Quer dizer, vai ser complicado comprar o ingresso, porque ir é o de menos. Depois do show desesperado do U2 - o primeiro - eu jurei que só pisaria em um estádio mais duas vezes: para ver o Pearl Jam e para ver a Madonna. O Pearl Jam eu fui, em 2005. E foi sensacional. Nada como ver e ouvir Eddie Vadder - ma-ra-vi-lho-so!!! - cantar "Alive" e "I am mine" ao vivo e a cores. Mas e a Madonna?

Ah, Madonna, leonina, cinquentona, poderosa. Símbolo de todas as mulheres de força. Ousada, determinada, antenada. Cheia de plástica, cheia de estilo. Madonna é tudo. Ela é a melhor, a maior, a absoluta, a única.

Eu não sei o que será de mim se, de novo, ela vier e eu não puder assistir.

Alguém aluga um cartão Bradesco para mim?


Janaina Pereira

segunda-feira, agosto 25, 2008

Mulheres de ouro

Maurren Maggi ouro. Natália Falavigna bronze. Vôlei feminino ouro. O final das Olimpíadas foi... olímpico! Bom demais ver a mulherada ganhando.

Tá, eu não curto o vôlei feminino. Mas o Zé Roberto, mais do que ninguém, merece esta medalha. Ok, ele não levou, mas ganhou o jogo. Sempre à sombra da "família Bernardinho", ele nunca teve seu reconhecimento, mesmo sendo ele o primeiro a levar o vôlei masculino ao pódio. Então é bom vê-lo no topo. Assim como é bom ver a Fofão, que durante anos amargou a reserva da Fernanda Venturini, finalmente, chegar lá. A Hélia - nome verdadeiro da Fofão - é um caso bacana de persistência. Um exemplo de que não se pode desistir facilmente.

E o vôlei masculino? A Diana não deve ter gostado, mas o Brasil - e o Giba - não jogou lá essas coisas. Não entregaram o jogo, de modo algum. Lutaram bravamente. Mas era nítida a superioridade dos EUA, especialmente o tal Stanley, que jogou muito. E não foi por acaso que venceram: eles já tinha jogando um bolão na semifinal contra a Rússia. Eu vi, ninguém me contou.

Se o Brasil, de fato, tivesse jogado muito bem, teria ganho, porque tem jogadores tão bons - ou até melhores - que os EUA. Mas algumas peças-chaves - como o próprio Bernardinho falou após o jogo - não jogaram nem metade do que sabem. Onde estava o André Nascimento e o Dante quando precisamos deles? Devem ter estado no mesmo lugar que a Mari, na fatídica semifinal contra a Rússia em 2004.

Em 2012 tem mais. E com mais glamour, porque vamos combinar, Londres é um luxo. E velhos heróis, derrotados em Pequim, vão brilhar novamente. E outros, que agora brilharam, vão cair. É sempre assim. No esporte, como na vida, não dá para vencer tudo. Mas pode se querer vencer tudo. E é isso que difere os bons dos melhores.

Janaina Pereira

sexta-feira, agosto 22, 2008

Nós


Para Danny, Clauber, Bruno, Cynthia, Zé Luis, André, Jorge, Fê Ângulo, Evandro, Annie, Beth, Marcelo, Karmo, Adriana, Camilinha e todos os leoninos de plantão.


Quinto signo astrológico do zodíaco, situado entre Câncer e Virgem e associado à constelação de Leo.

Seu símbolo é um leão. Forma com Áries e Sagitário a triplicidade dos signos do Fogo. É também um dos quatro signos fixos, juntamente com Touro, Escorpião e Aquário.

Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os leoninos são as pessoas nascidas entre 22 de Julho e 22 de Agosto.

Palavras chaves que definem o Leonino:
Vitalidade, Nobreza , Generosidade, Afetuoso , Arrogante, Vaidoso , Dominador.

Elemento Fogo: este Elemento expressa-se por atividade, energia e busca de conhecimento e identidade. A ação é o fator base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando excessivo.

Quando o Sol está num signo do elemento Fogo a expressão da identidade é naturalmente viva, enérgica e calorosa.

Sol em Leão: "Sou aquilo que manifesto".
O auto-conhecimento passa pela expressão criativa do ego, em função do próprio indivíduo (é auto-referenciado). É generoso e brilhante, mas pode ter um toque de egocentrismo e arrogância.

Interpretação:
Domínio, autoridade e ambição. Integridade, fidelidade e sinceridade. A tendência a liderar é inata. As afeições são profundas e duradouras.



Fonte: www.esoterikha.com.br

quarta-feira, agosto 20, 2008

O que vem pela frente


A Diana ficou surpresa pela minha paixão pelos esportes. Pois é. Quando ela nem tinha nascido eu já acompanhava as Olimpíadas. A primeira que eu lembro foi a de 1980, em Moscou – a do ursinho Micha. Mas eu comecei a gostar mesmo de Olimpíadas em 1984, Los Angeles: Brasil prata no vôlei, Pradinho prata na natação e Joaquim Cruz ouro nos 800 metros. A partir daí eu nunca mais larguei o pódio.

Mas, chegando a reta final de Pequim, o Brasil tem chance de ganhar 11 medalhas. Duas já estão garantidas: temos pelo menos a prata no futebol feminino e no vôlei de praia masculino, com os surpreendentes Fábio e Márcio, que ganharam dos atuais campeões olímpicos Ricardo e Emanuel. A dupla perdedora, assim como Renata e Talita no feminino, lutam, com muitas chances, pelo bronze.

Ainda na luta pelo bronze, a seleção masculina de futebol tenta se redimir do fiasco da semifinal contra a Argentina. E Robert Scheidt, junto com Bruno Prada, com remotas chances de ouro, tentam garantir o terceiro lugar na classe Star da vela.

Sem cor de medalha definida estão Rodrigo Pessoa, lutando pelo bicampeonato olímpico no hipismo; Jadel Gregório, no salto triplo; e Maureen Maggi e Keyla Costa, no salto em distância. Maureen, dona da terceira melhor marca do ano, tem muitas chances graças a eliminação da favorita portuguesa (porque não é só os favoritos brasileiros que ficam de fora do pódio).

E no vôlei de quadra, a luta é pela hegemonia no masculino e no feminino. Elas tentam, pela primeira vez, chegar a uma final. Para isso, vão ter que vencer a China e a torcida chinesa. Com dois bronzes na bagagem e vacilos históricos, as meninas do vôlei são as maiores amarelonas da nossa delegação. Vamos ver se conseguem reverter esta imagem. Eles tentam o incrível tricampeonato olímpico. Depois do arraso de 92, em Barcelona, e de 2004, em Atenas, a seleção perdeu o brilho junto com as derrotas recentes para a Rússia. Mas ainda é a equipe a ser batida.

Fora isso, podemos surpreender com a Natália no taekendo e o Marílson na maratona. Agora só nos resta torcer.


Janaina Pereira

terça-feira, agosto 19, 2008

Os mais queridos


Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz com o ouro do meu querido César Cielo. Ainda bem que eu escrevi aqui que depositava fé no moço, senão seria mais uma a virar fã de última hora. Cielo é, faz tempo, o melhor nadador brasileiro, mas teve seu brilho ofuscado pelo Thiago Pereira, o nosso Phelps panamericano. Mas a justiça divina tarda, porém nunca falha. E Cielo lavou a alma com um ouro, um recorde olímpico, e seu nome na história da natação mundial. Foi demais.

Meu outro querido, Diego Hipólito, caiu no final da apresentação no solo, e lá se foi a medalha. Cai com ele, desacreditando. Que falta de sorte, que passo em falso, que impulso errado. Ainda que fosse perfeito, Diego seria prata – ele não alcançaria a pontuação do pequeno chinês. Talvez tenaha faltado um pouco de ousadia em sua apresentação – que não tinha seu salto mais particular, o Hipólito. Uma pena.

E o futebol feminino? Se não bastasse minha querida Marta, agora tem a Cristiane, espetacular, com dribles para deixar Ronaldinho Gaúcho e cia boquiabertos. O Brasil começou mal, a Alemanha abriu o placar, mas quando achamos o caminho... foi goleada: 4 a 1. Sensacional. E lá vamos nós para outra final olímpica. Essas meninas merecem ouro e minha torcida é toda delas.

Valeu também o bronze das garotas da vela e a semifinal masculina no vôlei de praia – mais uma medalha garantida. Que me desculpem o Márcio e o Fábio, mas eu sou fã de carterinha do Ricardo e Emanuel. A partida das oitavas-de-final, contra os russos, que tiveram 3 sets points salvos pelos bloqueios do Ricardo... sem comentários. Equilíbrio, paciência, perseverança, garra... tudo que a gente precisa ter na vida para ser vitorioso. Adoro essa dupla, desde a época em que eles eram mais uma dupla nas areias de Ipanema.

Ainda temos esperança com o vôlei de quadra – masculino e feminino, o queridíssimo Rodrigo Pessoa com o novato Ruffus – circuito zerado logo de cara –, a dupla sobrevivente do vôlei de praia, Renata e Talita, e – por que não? - meu querido Robert Scheidt, que não está bem na classificação mas... ele tem bônus.

Abro espaço para falar das oito medalhas do Michael Phelps, agora o maior ganhador de medalhas de ouro na mesma Olimpíada. Phelps sozinho é um país, e sem ele os EUA estariam em situação bem pior no quadro de medalhas.

Por fim, os fiascos: Jade, minha querida, se não era para arriscar no salto, porque chegou na final? Para pular o salto básico, numa prova em que a favorita tinha caído e suas chances de medalha cresceram, uma prova mediana, onde só duas atletas – Fei Cheng, da China, e Alicia Sacramone, dos EUA – eram realmente fortes, você se contenta com o sétimo lugar? Que decepção! E mesmo fazendo o básico ainda caiu... de joelhos, para reverenciar a coreana que arriscou e se deu bem. Aprenda que na vida, sem riscos, não chegamos a lugar nenhum. Mas talvez seja isso mesmo que você queria, só participar da final, ver as outras serem melhores, para acreditar que você não é tão boa... ah, Jade, você se contenta com pouco.

Daiane é aquilo que eu sempre digo... amarelou no final, colocou o corpão para fora do tablado... e lá se foi qualquer chance de medalha. Por último, a última: o que foi o 'piti' da Fabiana Murer? Por essa eu não esperava. Tudo bem, a vara sumiu, ela ficou brava, mas duvido que a bonitona da Yelena Isinbayeva se preocuparia com isso. Aliás, a russa foi lá, viu, venceu e ainda bateu seu próprio recorde mundial. Lembra do que eu disse lá em cima do Ricardo e do Emanuel? Equilíbrio, galera... equilíbrio!

Ah, e quase esqueço: Jadel, querido, salta tudo e mais um pouco. Eu não citei ele antes, mas eu me amarro no Jadel Gregório... ele não tem tido boas marcas este ano, mas eu simpatizo pacas com ele. Por isso minha torcida também é sua, Jardel.

Última semana de Olimpíadas... que venham mai emoções e mais medalhas!


Janaina Pereira

segunda-feira, agosto 18, 2008

Lágrimas cinematográficas


A primeira vez que chorei no cinema foi em ET, do Spielberg. Eu tinha sete anos e esse foi meu primeiro filme legendado. Até hoje é o filme da minha infância que eu lembro com mais carinho. Depois de ET, só derramaria lágrimas novamente em Sociedade dos Poetas Mortos, o filme da minha adolescência. E depois disso acho que me tornei insensível, porque hoje em dia raramente choro em filmes. Até posso me emocionar, mas chorar... só voltaria a se repetir duas vezes. E de forma contundente.

O filme que mais me emociona ainda é Cinema Paradiso. Desde a primeira vez que vi – e chorei copiosamente na cena final – e todas as vezes que eu vejo, eu choro, choro e choro. Talvez porque o filme seja a maior declaração de amor ao cinema e o Totó é tudo que eu sonhei ser na vida.

Minhas lágrimas cinéfilas só se derramariam novamente em O carteiro e o poeta, a belíssima história do exílio de Pablo Neruda. O filme é tocante, singelo, daqueles de partir o coração. Assim como Cinema Paradiso, tem como protagonista um dos meus atores preferidos: o ator francês Philippe Noiret. É só eu assistir que as lágrimas estão garantidas.

Outro dia me falaram que não fazem mais filmes bons. Não concordo. A questão é que existem filmes e filmes. Bons, são vários. Mas brilhantes e que me encantam ao ponto de chorar... esses sim são raros.


Janaina Pereira

domingo, agosto 17, 2008

Leãozinho

Caetano Veloso


Gosto muito de te ver, leãozinho,
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho,
Para desentristecer, leãozinho,
O meu coração tão só,
Basta eu encontrar você no caminho.
Um filhote de leão, raio da manhã,
Arrastando o meu olhar como um imã.
O meu coração é o sol, pai de toda cor,
Quando ele lhe doura a pele ao léu.
Gosto de te ver ao sol, leãozinho,
De te ver entrar no mar,
Tua pele, tua luz, tua juba.
Gosto de ficar ao sol, leãozinho,
De molhar minha juba,
De estar perto de você e entrar numa.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Já foi


Já tive cabelos curtíssimos. Já usei óculos. Já andei de avião, mas não gosto de andar de bicicleta. Já dormi com vontade de nunca mais acordar. Já passei noites em claro com vontade de nunca mais dormir. Já perdi meu pai. Já perdi amigos, já ganhei irmãos. Já fiz muita musculação, mas ainda não voei de asa delta. Já amei para sempre. Mas o pra sempre sempre acaba. Já usei lente de contato. Já sai de casa e desejei nunca mais voltar. Já fui demitida e já pedi demissão. Já amei mas não sei se já fui amada. Já fui traída mas nunca trai. Já desisti de aprender a nadar. Já tive catapora e caxumba, cálculo renal e pneumonia. Já quebrei o braço e já fiz cirurgia. Já fui míope. Já fui magra, magrela, magérrima. Já engordei mas sempre emagreci. Já errei mas nunca desisti. Já vi muitos filmes, dancei muitas músicas, conheci muitas praias, visitei muitos lugares. Já sonhei acordada. Já cansei, já gritei, já sofri, já chorei, já me irritei. Já engoli muitos sapos. Já mudei de cidade, mas ainda não mudei de país. Já andei descalça. Já quebrei o salto do sapato. Já tropecei, já cai e já levantei. Já me enganei. Já errei. Já me arrependi do que fiz, mas nunca do que não fiz. Já fiz tatuagens, mas ainda não consegui tirar todas as sardas do meu rosto. Já fui mais tímida. Já me senti mais deslocada. Já fui mais ansiosa. Já me senti mais irritada. Já olhei o mundo com outros olhos. E já tive menos esperança. Já fui embora. E já sei que a minha hora é agora.


Janaina Pereira

quinta-feira, agosto 14, 2008

Vitória


Fiquei chateada com a perda do bronze do novato Eduardo Santos e da veterana Edinanci. Pessoas humildes com histórias de superação, eles mereciam. Mas a vida é assim, a gente não ganha todos os dias, precisa aprender a levantar quando cai e, principalmente, dar a volta por cima mesmo quando todo mundo acha que você já está acabado. Foi triste ver nossos atletas fora do pódio, mas tenho certeza que eles ainda têm coisas boas pela frente. E cehgar até onde chegaram foi sim uma vitória.

Apesar das aparentes derrotas que a vida nos impõe, também temos momentos em que fica claro a força divina sobre nós. Foi o que vi ontem, na final dos 100m livre, quando o desacreditado - pelos outros, jamais por mim, que escrevi neste blog que ele tinha chance de medalha - César Cielo saiu do oitavo tempo para o terceiro, o terceiro do mundo, do pódio, é bronze. Empatado com o fenomenal americano Lezak - aquele que deu o segundo ouro de bandeja pro Phelps no revazamento 4x100 livre - nosso Cesão só ficou atrás do francês Alan Bernard e do australiano Eawan Sullivan, que andam duelando para saber quem bate mais vezes o recorde da prova... brilhante é pouco... foi realmente uma façanha.

Fiquei muito, muito, muito feliz com o bronze do César Cielo. Uma mostra que na vida não importam o que os outros digam ou pensem de você: importa quem você é e o que você faz. Enquanto muitos jornalistas diziam que Cielo teve o pior tempo das semifinais, que os outros nadadores eram imbatíveis, que ele só tinha chances no 50m livre, o nosso nadador foi lá e fez o que tinha que ser feito. Acreditou. Não deu ouvidos a ninguém, a não ser ao seu coração que dizia: faça o seu melhor. E ele fez.

E hoje tem Thiago, com reais chances nos 200m medley. E amanhã tem mais Cielo. E o atletismo vai começar. E ainda tem o Diego.

Ainda temos mais algumas madrugadas insones por aí. E algumas lições de vida para quem insiste em só enxergar os defeitos dos outros, e não vê os seus. Para quem acha que falar mal de outra pessoa é a única diversão que se tem.

Aliás, outro dia ouvi que a única vantagem de saber que te invejam é porque só se inveja quem é bom. Se fosse ruim, ninguém teria inveja. Então, muita inveja para os atletas brasileiros. Porque quem é bom tem mais é que vencer, vencer e vencer. Nem sempre a recompensa no final é uma medalha. Mas a sensação de ter se superado e ter feito o seu melhor é muito boa e, com certeza, vale a pena.



Janaina Pereira

quarta-feira, agosto 13, 2008

Resumo Olímpico



E lá se vai a primeira semana dos Jogos Olímpicos de Pequim. Estou passando quase todas as madrugadas em claro, preferindo me concentrar nos esportes com pouco espaço na televisão fora do período olímpico: natação, ginástica, judô, handebol e futebol feminino. Aliás, eu adoro a Marta. Acho que ela é melhor que o Ronaldinho Gaúcho, além de muito mais simpática.

Nossa situação não está boa em Pequim. No judô, meus judocas preferidos, João Derly e Tiago Camilo, não foram nada bem. Derly nem medalha conseguiu. Camilo, ao menos, foi bronze. Legal mesmo foi o bronze do Guileiro, repetindo o feito de Atenas 2004, e da Ketleyn Quadros, primeira brasileira a ganhar medalha em uma prova individual. Emocionante.

Na ginástica, Jade e cia fizeram bonito ao chegar à final por equipes, mesmo com as derrapadas no solo e na trave. Fiquei surpresa com a Daiane dos Santos que, sem pressão, fez belas apresentações no solo. Mas minha torcida toda está com o Diego Hipólito, finalista no solo. Mas antes dele tem Jade e Ana Cláudia no individual. E depois dele tem Daiane no solo e Jade na trave. Vamos ver no que dá.

Nas piscinas, Thiago Pereira e César Cielo fazem o que pode. Quem sabe dê para roubar um bronze dos japoneses, húngaros, australianos, americanos, russos, franceses... é tanto nadador batendo recorde que eu fico até zonza. Mas gosto mesmo de ver o Michael Phelps nadar. Sempre fui fã dos nadadores-fenomenais que surgem a cada Olimpíada. Torcia para o Alexander Popov e para o Ian Thorpe descaradamente. Só que o Phelps é americano, e por isso eu nunca fui com a cara dele. Ainda bem que a gente pode mudar de opinião. Em suas entrevistas, sempre simpático, ele faz questão de dizer que não é imbatível. Ou seja, é possível ser excepcional sem ser arrogante –e isso faz dele um verdadeiro campeão. Adorei.

E ainda tem o Kobe Bryant. Aquele gigante do basquete americano, fã do Oscar. Ele está em Pequim à passeio: já assistiu do vôlei de praia à natação, e ainda faz umas cestas de vez em quando. Enquanto isso, nosso basquete feminino afunda, levando junto o handebol. Ainda se salvam o vôlei – de quadra e de praia. Tropeçam mas não caem.

Por último, mas não os últimos, vela e atletismo vêm aí. Que bons ventos estejam no caminho dos nossos atletas. Estamos precisando.


Janaina Pereira

terça-feira, agosto 12, 2008

Pílulas


A grande pergunta é: como o Patrick Dempsey ficou bonito depois de mais velho? É inacreditável. Eu vejo Grey´s Anatomy e não consigo entender. Mas talvez ele faça parte da minha teoria de quem envelhecer é mesmo uma dádiva.

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O SBT surpreende e já passa a sétima – e, supostamente, penúltima – temporada de Smallville. A temporada em que Lex, finalmente, vai saber que é Clark Kent.

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E os quatro episódios da segunda temporada de Supernatural, que o SBT havia suprido da primeira exibição - estão indo ao ar nas madrugadas de quarta para quinta-feira.


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Ah, e o inferno... que lugarzinho agradável. Só porque o Dean Winchester está lá ...

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Mas bom mesmo é Ugly Betty. Hilário!

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Faltam 4 meses para o fim do ciclo, o grand finale, the end. Contando os dias para acabar.


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Repetindo a frase do primeiro dia do ano de 2008: nunca desejei tanto que um ano acabasse depressa.


Janaina Pereira

sábado, agosto 09, 2008

Por um piscar de olhos


Relutei um pouco em assistir O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon, França/EUA, 2007). Eu já sabia que a história era pesada, e não queria ficar deprimida. Mas, ao mesmo tempo, sei que ‘filmes baseados em tragédias reais’ têm o seu valor. Meu pé esquerdo, que consagrou Daniel Day Lewis, por exemplo, é espetacular. Então lá fui eu rumo a sessão cinéfila do Espaço Unibanco – cinema a R$2,50 para estudantes, um absurdo de bom – para assistir ao filme de Julian Schnabel, indicado a quatro Oscars este ano – e não ganhou de melhor filme estrangeiro porque não concorreu nesta categoria.

Vamos à história: Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.

O que mais angustia no filme – e esta é a grande sacada do roteiro de Ronald Harwood, baseado em livro de Jean-Dominique Bauby – é ver as coisas pela ótica de Bauby. Isso mesmo: a câmera é colocada do ponto de vista do personagem, ou seja, enxergamos por um olho só, vemos o mundo embaçado e acompanhamos a imaginação de Bauby através da sua locução em off. O final, poético e derradeiro, é um tapa na cara de quem ousar colocar um ponto final na vida... antes que ela realmente tenha terminado. E tem gente que ainda não acredita que cada um tem sua missão a cumprir...
Com uma atuação memorável de Amalric – e a presença da envelhecida, mas ainda bonita Emmanuelle Seigner, esposa de Roman Polasnki (sempre lembro dela em Busca Frenática com o Harrison Ford e no estarrecedor Lua de Fel ... mas o tempo não perdoa e demorei a reconhecê-la, tudo porque ela... envelheceu!) - O Escafandro e a Borboleta nos aprisiona mas também nos liberta. E é praticamente impossível não se emocionar com a liberdade que o filme sugere.


Janaina Pereira

sexta-feira, agosto 08, 2008

Torcida Olímpica


E já começaram as Olimpíadas de Pequim. Adoro. Desde 1984, em Los Angeles, eu acompanho o máximo que posso. Gosto muito de ver a ginástica artística, a natação e o judô, além dos esportes coletivos. Por causa do fuso horário, as madrugadas serão insones, mas é um evento que dura só 15 dias, acontece a cada quatro anos e tem sempre alguma história bacana para contar. Vale a pena.

Minha torcida especial vai para o Robert Scheidt e o Ricardo "Bimba" Winick (ainda mais depois de conhecê-los no Pan do Rio, ano passado) no iatismo; para que a Larissa supere a ausência da Juliana e consiga se sair bem com a Ana Paula no vôlei de praia; para a dulpa fofa Ricardo e Emanuel, lutando pelo bi olímpico nas areias do vôlei; para o Rodrigo Pessoa no hipismo; para o César Cielo na natação (todo mundo só fala no Thiago Pereira, mas é o Cielo quem tem reais chances de medalha); para a Fabiana Murrer e o Jardel Gregório no atletismo; para Marta e cia no futebol feminino; para o João Derly e o Tiago Camilo, bicampeão e campeão mundial de judô em suas respectivas categorias; e a torcida mais calorosa para o Diego Hipólito, bicampeão mundial de solo, na ginástica artística.

O Diego é o cara. Sem titubear, chamou para si a responsabilidade e admitiu, sem medo, que foi para Pequim para ser campeão. Ao contrário da amarelada fenomenal da Daiane dos Santos, em 2004,uma das maiores decepções olímpicas brasileiras. Daiane, então campeã mundial do solo, não aguentou a pressão e errou feio na sua série, amargando um insosso quinto lugar. Destino parecido pode ter a Jade Barbosa, bem mais completa que a Daiane, e muito mais instável que ela. Sem equilíbrio emocional, a Jade só sabe chorar ou fazer cara de choro, se desespera quando erra, e reclama do assédio da imprensa e da torcida. Bem, quem quer ser campeão de qualquer coisa precisa, antes de tudo, ter equilíbrio. Senão, cai da trave mesmo. Gosto da Jade, mas ela me irrita. Assim como me irrita o salto alto visto no vôlei masculino e as amareladas do vôlei feminino. Se ganharem medalha vai ser legal, mas se não ganharem também... não vai ser surpresa.

Por isso gosto do Diego. Ele está lá para ganhar. E a gente precisa párar com esse complexo de inferioridade. Temos alguns campeões mundiais disputando essa Olímpiada, mas do que já tivemos antes... então, por que não esperar o ouro deles?

Que os Deuses do Olimpo abençõem nossos atletas. Porque ser atleta no Brasil, o país do futebol... não é nada fácil.


Janaina Pereira

quinta-feira, agosto 07, 2008

Live and let die


Às vezes a gente tem que dar um tempo para a vida. Parar, respirar, olhar pra os lados e aproveitar o mundo. Lembrar que existe mais do que trabalho e obrigação. É preciso diversão.

A vida nem sempre é divertida. É muita conta para pagar, intrigas, inveja, correria, violência, chateação. Mas tem momentos que valem a pena. Um bom filme, a companhia dos amigos, viajar, conhecer pessoas novas, reencontrar gente que se perdeu pelo caminho, ouvir música bacana... outro dia acordei com meu vizinho ouvindo Amy Winehouse no último volume. Fiquei chocada. Uma pessoa que não escuta pagode, axé, sertanejo, forró universitário. Uau! Que bom gosto. Eu até acordei feliz. Acho que nunca tive vizinhos com bom gosto musical, é a primeira vez.

A vida tem algumas coisas que valem realmente a pena. Banho de mar, andar com pé descalço na areia, comer pizza e tomar vinho, dançar, rir, sair sem saber para onde vai e voltar com um vestido novo comprando numa liquidação e parcelado em 3 vezes sem juros... estou parecendo o redator da propaganda do Mastercard, não tem preço...

Chegar em casa e perceber a alegria de um cachorro ao me ver... às vezes acho que a Princesa passa suas emoções melhor do que ninguém... a alegria que ela sente ao me reencontrar é maior do que a felicidade que minha mãe consegue expressar. Por isso cachorros são o máximo. E crianças. Crianças são sinceras, autênticas, falam o que pensam. Adoro crianças. Sinto falta das minhas.

A vida é esse instante, o agora, este momento... que não vai ser eterno. Mas que seja, sempre, especial.


Janaina Pereira

segunda-feira, agosto 04, 2008

Boas doses de açúcar


As dores de amor parecem gerar os mesmos sintomas para as pessoas: angústia,
tristeza, falta de esperança. Não importa onde você esteja e que língua você
fale, uma traição amorosa sempre vai deixar cicatrizes, maiores ou menores.
Mas, às vezes, uma pitada de imprevisibilidade, um mergulho em suas próprias
emoções e uma viagem sem previsão de volta podem tornar a vida colorida outra
vez. Essa é a poesia por trás de Um Beijo Roubado (My Blueberry Nights,
França/ China/ Hong Kong, 2007), estréia hollywoodiana do diretor chinês Wong
Kar Wai (de Amor à Flor da Pele). Apesar do filme não ser uma produção
americana, foi filmado lá e estrelado por um quinteto glamouroso: a cantora
Norah Jones (se saindo muito bem como a protagonista), o galã inglês Jude
Law, o excelente David Straithairn, a oscarizada Rachel Weisz e a talentosa
Natalie Portman. O resultado é um filme belíssimo.

O esperto roteiro de Kar Wai e Lawrence Block conta a história de Elizabeth
(Jones), jovem que acaba de descobrir a traição do namorado. Angustiada,
encontra refúgio no bar de Jeremy (Law), um simpático inglês que conhece seus
fregueses pelos pratos que pedem, nunca pelos seus nomes. A medida que afoga
suas mágoas nas tortas de blueberry, Elizabeth se torna amiga de Jeremy, e
entre os dois nasce uma profunda amizade. Mas uma noite ela decide partir de
Nova York, e numa viagem sem destino, em que passa por Memphis, Nevada e Las
Vegas, Beth conhece pessoas que vão mudar para sempre a história de sua vida.

A narrativa, suave e precisa, ganha toques de brilhantismo graças à direção
inteligente de Kar Wai, as interpretações sensíveis do elenco, a fotografia
maravilhosa do iraniano Darius Khondji (de Beleza Americana) e a trilha
sonora de Ry Cooder, o mesmo do inesquecível Paris, Texas. Tudo isso faz de
Um Beijo Roubado um filme para a gente ver com carinho. É o verdadeiro – sem
pieguices – filme fofo.


Janaina Pereira

sábado, agosto 02, 2008

As melhores


Comecei a assistir Ugly Betty e Grey's Anatomy. Betty eu nunca tinha visto – adorei – e Grey's eu vi um ou outro episódio em temporadas saltadas, mas o lenga-lenga da Meredith com o Derek "McDreamy" me enjoou. Mas agora acho que vai.

Ugly Betty é divertidíssima. Além da personagem ser uma fofa, a atriz America Ferrera é maravilhosa. Já em Grey's Anatomy, acho que dá para levar agora que sei que Meredith e Derek tiveram um antes do Seattle Grace. Eu ainda não sei como o Patrick Dempsey ficou gato. E mesmo odiando que a dublagem escolheu a voz do Danny, de Without a Trace, para ele, vou encarar os próximos episódios.

Conversando sobre o mundo das séries com minha amiga Vivi, descobrimos a paixão em comum por Supernatural. Acho a série muito legal pela ironia com que trata os assuntos sobrenaturais, ao mesmo tempo que mantém uma visão bacanérrima da relação dos irmãos Dean e Sam no meio de histórias bizarras. Mas minha favorita ainda é CSI, porque o Grissom é o cara e porque eu sempre consigo solucionar o caso. Assim como em Cold Case e The Closer eu também sempre descubro os culpados.

Das séries investigativas ainda destaco Whithout a trace, apesar da antipatia da Elena Delgado. Saudades? Apenas de Friends e Arquivo X, as melhores séries de comédia e suspense de todos os tempos. E do McGyver. E do Casal 20. E das Panteras, Ilha da Fantasia, O homem de seis milhões de dólares, A mulher biônica, O Incrível Hulk...

Uau. Eu gostava de séries desde pequenininha.E olha que eu nem gosto de televisão.


Janaina Pereira

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